¹⁰ 𝓐𝐦𝐨𝐫 𝐞 𝐝𝐨𝐫

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Pov's Tokito Yuichiro:

Ter visto, meu irmão naquela situação, me fez sentir uma tristeza enorme, uma vontade de o ajudar, mesmo sem saber como, ele era meu irmão, minha responsabilidade, mesmo nos sendo gêmeos, eu nasci primeiro.

Era quinta-feira, amanhã iríamos viajar, todos estavam fazendo suas malas, eu terminei primeiro, peguei meu celular, hesitando, mas adicionei o contato do Genya e liguei.

WhatsApp:

" Genya Shinasugawa? "

"Oi, sim, sim. Quem seria?"

" Yuichiro, irmão do Muichiro." - escutei um breve
silêncio da parte dele, até ele me responder, parecia hesitar, ao falar.

" Conheço, aconteceu algo? "

- eu comecei a explicar tudo, que iríamos viajar,
como o Muichiro se sentia sobre isso, expliquei o motivo de nossos pais não apoiar-los, pedi desculpas pela família, e ouvia a respiração pesada dele na chamada, parecia que estava chorando, continuei falando.

" Amanhã... vocês partem amanhã? " - ele perguntou, sua voz roca, e barulhos de sua garganta engolindo seco.

" Sim... "

" Que horas? "

"

7:30 da manhã... porq- " - ele desligou, achei estranho a pergunta, mas acho que era apenas para ele se acustumar, ou não se esquecer disso. O motivo é desconhecido. E não vou ligar para perguntar.

Pov's Tokito Muichiro:

Arrumava minhas malas, descendo com elas na escada, completamente sem emoção no rosto, mas dentro de mim, eram poças de águas me sufocando, eu não aguentava, coloquei minhas malas no porta mala, do carro.

Meu pai tava no celular, eu na calçada, era 7:56, quase dando as 8:00 horas, logo seria um real adeus de tudo aqui, de todo mundo, lágrimas ameaçavam cair, até eu ouvir alguém chamar meu nome, me levantei olhando para trás vendo Genya.

O mesmo me abraçou tão forte que fomos parar no meio da rua, o céus, não acredito, nisso, o abracei tão forte, meu pai olhava aquilo irritado, apenas não foi lá, por conta da minha mãe, e meu irmão tinha um sorriso tranquilo.

-- porque diabos, não me contou... eu ia te apoiar. - ele dizia chorando, o abracei mas forte, pedindo várias vezes desculpas.

-- eu sei... desculpa, desculpa... mas... eu não queria te ver assim, queria te ver bem, Genya! - eu digo, o vendo me beijar.

-- Tokito, eu estar bem, só depende de você, eu não consigo ser feliz, sem você! - ele gritou.

Parecíamos parados no tempo, após eu murmurar um 'eu te amo', via tudo em câmera lenta, escutei meu pai gritar. 'O CARRO! TEM CARRO VINDO!'

Eu apenas arregalei os olhos, olhando para o lado, ele vinha em câmera lenta, meu pai corria mas não nos alcançaria, Genya me empurrou com força, me fazendo cair na calçada, arregalei os olhos que caiam lágrimas desesperadas, enquanto eu gritava, vendo o carro passar por cima do grande amor da minha vida.

...

Era uma segunda-feira, do outro mês, Genya havia entrado em coma, pelo que o médico disse, havia perdido o movimento das pernas, conheci seus pais, e seu irmão. O pai dele quase quis me bater novamente, mas foi empedida pela mãe, que foi até que gentil comigo, meu pai e o pai do Genya se desculparam, ambos chorando. Meu pai se sentia culpado e o pai de Genya, Kyogo, tinha medo de perder o filho.

Eu passei desde o dia que o Genya estava aqui, com ele, pegando atestado de acompanhamento, faltando em diversas, aulas, hoje a mãe dele não conseguiu comparecer, então ficou eu e o irmão dele, meu rosto vermelho e o do irmão dele, soltando lágrimas.

-- você era oque do G-Genya? - ouvi o homem de cabelos brancos, Sanemi Shinasugawa dizer.

-- namorado... - eu respondo em sussurro.

Sanemi suspirou, apenas assendiu com a cabeça, eu me levantei indo até a cama, colocando a mão sobre a dele,  meus olhos caiam lágrimas. Ouvi meu nome ser chamado, para a troca de acompanhantes, depositei um beijo leve na mão, dele saindo, a mãe dele tava na porta, me deu um abraço forte que eu retribui.

Voltei para a casa de apé. Cheguei lá, meus pais haviam feito almoço, apenas peguei uma água, e fui para o quarto, me jogando na cama. Meu amor, que saudades.

Enquanto ele estava lá, eu escrevia cartas, todos os dias, assim que eu saia do hospital, falava o quanto estava com saudades, do plano que poderíamos fazer quando ele acordasse, o quanto eu o amava. E sobre a minha relação até que boa, com a família dele. Expressei tudo naquelas cartas.

𝓡𝐨𝐦𝐞𝐮 𝐞 𝓙𝐮𝐥𝐢𝐞𝐭𝐚 | 𝐆𝐄𝐍𝐌𝐔𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora