cap 32 de volta ao lar

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Sn

- Mamãe posso ir no castelinho? - Maitê pergunta.

- Claro, meu amor.

Ela corre para o brinquedo e me deixa na presença de Nick, aproveitamos para conversar mais sobre o passado e algumas coisas que ele estava curioso.

- Então sua relação com seus pais adotivos... - parou esperando pela minha resposta.

- Os meus primeiros pais adotivos que pensei serem os verdadeiros me tratavam muito bem e foram eles que me incentivaram a estudar e seguir uma profissão, nós nos dávamos muito bem, eu realmente gostava deles, mas aí teve o acidente. Já os outros dois que me adotaram nossa relação foi péssima, porém de que no começo, quando eu ainda era uma criança, a nossa relação até que era boa. Eu não presenciava tantas brigas e como não entendia dos seus "assuntos de adultos". Mas aí comecei a crescer e cheguei na minha adolescência, além de presenciar brigas e violência... Aquele verme me assediava... Até parei de usar roupas curtas ou algo que ele achasse provocante na tentativa de que ele não me tocasse, porém era em vão. Minha "mãe" nunca reparou nós abusos e também acho que ela não ligaria, a única coisa que ela se importava era com ele... Então teve um dia que ele chegou em "casa" muito mais bêbado do que o normal e eles começaram a discutir, barulhos de vidros quebrando podiam ser ouvidos de longe até que os barulhos cessaram. Então eu fui até a cozinha e ela estava morta no chão, me desesperei e corri para meu quarto tentando fechar a porta, mas foi em vão...  Ele entrou e... ele fez tudo o que queria e depois cuspiu palavras me humilhando. Quando eu consegui uma brecha para fugir corri o mais rápido que pude até a cozinha... Peguei a mesma faca que ele usou contra aquela mulher e o acertei em cheio depois fugi... E esse, esse foi meu único crime o resto que está na minha ficha foram só boatos que deixei que circulasse por aí, assim ninguém iria me enfrentar ou algo do tipo.

Me recompuz.

- Nossa... Desculpe por ter perguntado.

- Não tem problema.

- Se eu soubesse da sua existência antes poderia ter evitado.

- Isso é passado agora são apenas lembranças.

- Sn, aquele teste não importa, para mim você é minha filha e eu sei que não tem como mas quero recuperar esse tempo perdido se você quiser obviamente.

-  Nick vou ser sincera, não prometo que de repente irei te chamar de pai e falar coisas do tipo, mas eu vou tentar e quero ter uma boa relação com você e que um dia sejamos uma família.

Ele assentiu, continuamos a conversar tanto sobre coisas de mim quanto dele. Enquanto isso Maitê ia em todos os brinquedos do parque.

...

Voltamos para o prédio, ao abrir a porta vejo Loki sentado na poltrona socando o controle da televisão.

- Tá tudo bem aí?

- Como desliga isso!? Não aguento mais essa porca tagarela!!

Não aguentei e comecei a rir, me aproximei e peguei o controle de suas mãos antes que ele terminasse de quebrar e desliguei a tv.

- Finalmente! Como foi o passeio?

- Foi ótimo eu fui em todos os brinquedos! - Maitê diz euforia.

- Vá tomar banho para dormir, meu bem. - esperei Maitê sair para continuar. - Conversei com Nick um pouco do passado e ele disse que não importa o teste ele me considera sua filha.

- Que bom, e você o considera como pai?

- Sinceramente, ainda não. Não é tão fácil, mas pretendo ter esse sentimento por ele... Bom vamos ajeitar as malas, amanhã mesmo nós vamos voltar para casa. - digo me jogando no sofá.

Loki se senta ao meu lado, se aproxima e acaricia meu rosto. Quando estamos quase nos beijando...

- Eca!

Maitê sai do banho com seu conjunto de moletom para dormir.

...

O outro dia chegou, acordamos cedo. Eu estava louca para voltar para casa.

Tudo já estava pronto então pegamos a estrada, eu fui dirigindo, Loki no banco do passageiro e Maitê na cadeirinha atrás.

A base não era muito longe, mas demora uns trinta a quarenta minutos de viagem. Em dez minutos Maitê dorme.

Finalmente chegamos, entro na recepção para pegar a chave do apartamento enquanto Loki trás Maitê nós braços já que está dormindo e um dos funcionários do prédio me ajuda com as malas.

Subimos pelo elevador, as portas se abriram e seguimos o corredor até meu apartamento.

- Ainda precisa da minha ajuda, senhorita? - o jovem pergunta.

- Não Pedro, obrigado. Tome como agradecimento.

- Obrigado!

Pegou a gorjeta e saiu.

Abri a porta e dei espaço para Loki entrar primeiro. Ele adentrou o cômodo, seus olhos passeavam por toda extensão do ambiente.

- Você não mudou nada. - diz.

- Só algumas coisinhas. Ainda se lembra onde era o quarto de hóspedes?

Ele seguiu caminho ao quarto, entrou e colocou Maitê na cama.

- Ficou linda a decoração.

- Vem, vamos colocar suas roupas no armário.

Quando terminamos de arrumar as roupas e o apartamento nós jogamos no sofá.

- Estou morta!

- Então eu faço o almoço.

- Não precisa, eu peço comida. Você também está cansado.

Ele concordou, fiz o pedido, pedi comida italiana, e continuamos conversando até que nosso almoço chegou. Logo eu e Loki abocanhamos aquelas delícias.

Quando terminei de comer fui tomar um banho. Vou para meu quarto, pego uma tolha e vou para o banheiro.

Aproveito para matar a saudade da banheira, ligo para encher e vou a procurar dos sais de banho.

Deixo a água pronta para entrar e me despido por completo.

Entro na banheira sentindo a sensação maravilhosa da água na temperatura perfeita me causando relaxamento.

Após alguns minutos ali estava prestes a dormir quando:

- Posso te fazer companhia?

- Tá bom! Vem.

Em um passe de magica suas roupas sumiram.

- Mas não vou fazer nada estou cansada.

Ele entrou na banheira ficando atrás de mim. Se acomodou e envolveu seus braços na minha cintura.

- Sn... Posso te fazer uma pergunta?

- Claro.

Senti um pouco de hesitação em sua voz.


Continua...
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𝐏𝐚𝐬𝐬𝐢𝐨𝐧 𝐀𝐧𝐝 𝐂𝐫𝐢𝐦𝐞 - 𝐋𝐨𝐤𝐢 𝐋𝐚𝐮𝐟𝐞𝐲𝐬𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora