Bakersfild parecia gigante para todos os visitantes e até mesmo outros moradores, porém, para Devon parecia pequena, apertada e pacata. Enjoada do seu cotidiano, a jovem planeja sair daquela cidade que à sufocava, sem contar que o que iria expandir...
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O sol se fazia presente em um céu sem uma nuvem, o que me recordava do verão cortante da Califórnia. Porém, se tornava difícil de esquecer quando se trata da sua estação favorita.
— Pronta? — Sasha perguntou ao entrar em meu quarto.
- Acho que sim — Mumurei ao encarar meu reflexo no espelho.
Eu vestia uma mini saia preta, uma regata branca por baixo de uma camisa de botões cinza e justa, com os botões principais abotoados. Nos meus pés eu calçava um all star preto de cano alto, com uma meia de cano alto.
— Está linda como sempre! — Sasha se juntou a mim, se encarando no espelho e deixando um beijo na minha bochecha.
Ri fraco, vendo a garota se afastar. No mesmo instante, escutamos uma buzina alta do lado de fora.
— Deve ser Marco — Ela sussurrou, olhando em seu relógio - Tá adiantado, ainda é 11:50AM.
— Graças aos deuses 'tá adiantado, sempre tá atrasado — Comentei, fazendo a ruiva concordar.
Puxei minha bolsa da cama, saindo do quarto junto da ruiva e indo em direção à porta de entrada da casa. Sasha saiu primeiro, me deixando para trás para poder trancar a porta.
Assim que fiz, me virei e fui em direção ao carro, percebendo que Sasha sentou no banco da frente.
A mesma fez uma careta para mim, me fazendo revirar os olhos e entrar no banco de trás. Assim que fiz, me inclinei para frente e deixei um beijo na bochecha de Marco.
— Oi! — Disse, me sentando e colocando o cinto.
— Oi — Marco respondeu — Prontas?
Ambas concordaram, enquanto Sasha ja fuçava no rádio de Marco.
— Espero que a comida desse Niccolo seja boa mesmo — Disse, provocando Sasha.
— Hm, é maravilhosa! Eu nem agitaria rolê na folga de vocês se não fosse! — Respondeu, ofendida.
— Sei lá, a pessoa quando 'tá apaixonada fica iludida muito fácil... — Respondi.
— Tá vendo isso né, Marco? Ela fica nessa amargura da solidão e fica me ofendendo!
Eu e Marco nos entreolhamos enquanto gargalhávamos. Sasha era realmente uma figura.
— É tudo piada, não fica assim — Respondeu Marco — Vai Sasha, coloca uma música ai.
Sasha concordou, conectando o bluetooth no rádio do carro e caçou alguma música. Encostei a cabeça no banco do carro, abaixando o vidro e sentido a brisa em meu rosto.
Os primeiros toques de Ivy de Frank Ocean, fazendo eu derreter sobre o banco.
— Golpe baixo, amo essa música demais — Resmunguei, suspirando.
