NOAH URREA
Olhando aquelas mensagens, respirei fundo e guardei o celular no bolso.
- Como pretendia me trazer aqui? - Falei agora olhando para Liana.
- O quê? - Questionou assustada.
- Ele claramente sabia que eu estaria aqui para ler essas mensagens, então vou repetir, se eu não tivesse vindo, como você pretendia me fazer ter acesso a esse celular?
- Ele... - Ela respirou fundo, tentando decidir se falava ou não. - Pierre sabia que no instante em que você descobrisse que eu estava em Los Angeles, viria atrás de mim pois sou a única pista que você tem...
- Então ele está te usando de isca, está disposta a morrer por ele? - Questionei olhando de forma dura.
- E-eu não... - A interrompi antes que pudesse terminar de falar.
- Porque assim como ele, você sabe que estar aqui comigo é sua sentença de morte. - Ela começou a andar para trás conforme eu avançava para perto dela. - Ele não teve a menor pena de te mandar para o seu fim, mas porque você foi burra o suficiente para vir? E não diga que pensou que eu te pouparia, você sabe que eu não sou assim.
Ela ainda chorava, mas não de forma histérica, agora lágrimas silenciosas molhava seu rosto.
- Você sabe que eu não tive opção, se não viesse ele daria um jeito de me matar.
- Então é morrer pelas minhas mãos ou pelas dele e você escolheu a mim. - Ela parou ao se ver sem saída quando suas costas colidiram com a parede.
- Pelo menos terei como lembrança a visão do homem que eu amei antes de morrer. - Falou olhando para minha boca novamente. - Sei que vai me matar de qualquer forma, então faça algo por mim antes, deite-se comigo.
Ela estava me implorando sexo, implorando ao homem que acabou de dizer que irá matá-la, isso é não ter dignidade e respeito por si própria, eu poderia até ficar com dó e poupar a vida dela, mas minha conta de sentimentalismo atinge apenas um pequeno grupo de pessoas e definitivamente, Liana Jeamonierr não está entre elas. Agarrei sua garganta com a mão direita enquanto tirava da arma do cos da calça.
- Você tem a audácia de me implorar sexo quando tudo o que eu sinto é raiva. - Falei de forma agressiva, mas ela não se abalou.
- Isso deixa ainda melhor, me fode Urrea... - Sussurrou. - Me fode com toda a sua raiva.
Eu comecei a rir, sinceramente essa mulher deve ter algum problema, não é possível.
- Se eu conseguisse sentir algo por você, sentiria pena. - Falei antes de encostar o cano do meu resolver na testa dela e puxar o gatilho.
Soltei o corpo sem vida no chão e fui lavar as mãos, tirando o sangue pobre de Liana de mim. Antes de sair do quarto, dei uma última olhava na mulher morta no chão e pela primeira vez em muito tempo, pedi a Deus que não deixasse que Pierre fizesse tal coisa com Sina, eu preciso encontrá-la o mais rápido possível, não vou parar até que ela esteja segura comigo novamente.
Voltei direto para o casarão, entrei na sala de comando e joguei o celular para Krystian que pegou com facilidade o aparelho, seus reflexos eram ótimos, era um desperdício ele sempre ficar nos computadores nas missões.
- Temos uma pista. - Anunciei. - Pierre se comunicava com Liana por esse telefone, mandava mensagens para ela, acha que consegue rastrear de onde essas mensagens eram enviadas?
- Claro, mas se tinha a intenção de fazer você ter posse desse celular, eu duvido que seja burro o suficiente para não bloquear todas as passagens pra mim. - Falou me mostrando a mensagem que continha meu nome.
- Vamos torcer. - Falei e ele logo foi trabalhar no aparelho.
- Eai, a piranha tinha alguma informação útil? - Perguntou minha irmã que agora estava sentada ao lado de Samuel.
- Não era o que eu queria mas já temos alguma coisa, como o fato de que o desgraçado nem colocou os pés aqui. - Falei e todos franziram o cenho. - Ele contratou uma equipe daqui de LA para fazer o serviço, ele já estava esperando ela no lugar onde pretende mantê-la. - Falei cerrando os punhos.
- Isso explica algumas coisa. - Falou Krys. - Mas se os caras que fizeram o serviço são daqui, fica mais fácil de achar.
- E do que adianta acharmos eles, Sina já deve estar longe uma hora dessas. - Disse Bailey. - Oh merda! Foi mal chefe, eu não queria parecer insensível. - Pediu olhando para mim, revirei os olhos em resposta.
- Eles a enviaram para algum lugar, tem que ter um endereço, um país ou qualquer coisa que nos ajude a ter um norte de por onde começar. - Explicou Samuel, tendo Krys concordando com sua linha de raciocínio.
- Precisamos de Savannah, ela foi a única que viu os caras. - Exclamou Lamar. - Quando chegamos, ela já estava desacordada nos destroços do carro.
- Sabina, vá pra casa e veja se Savannah já terminou de ser atendida e mande que ela conte o que aconteceu com o máximo de detalhes que ela lembrar, qualquer coisa pode ser útil nesse momento. - Ordenei e minha irmã rapidamente foi fazer o que pedi.
Não aguento mais ficar sem fazer nada, precisamos começar de algum lugar e eu não me importo de rastejar por cada canto dessa cidade atrás de que ajudou aquele pedaço de merda a chegar até minha mulher, eu vou encontrá-los e quando me derem a informação que eu preciso, terei o prazer de matá-los, um por um.
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Quase não consegui terminar o cap de hoje, mas estou tentando não sumir kkkk LOVE VOCÊS <3
xoxo,Riv
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𝐇𝐚𝐫𝐝 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭 - 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭
Fanfiction| 𝙽𝚘𝚊𝚛𝚝 | Um coração duro e escuro que se encantou pela mais bela luz... Não há lugar para compaixão e fraqueza, esse é o lema da família Urrea, uma das maiores máfias de Los Angeles. Mas o que aconteceria se o líder encontrasse um ponto franco...