56 - Não vamos começar uma guerra

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NOAH URREA

- Irmão...não. - Escutei a voz de Josh ao meu lado mas já era tarde, eu estava vendo tudo nublado.

- Cansei dessa porra! - Explodi. - Você tinha razão quando disse que eu estava com medo, mas não pelas razões que você pensa. - Dei um passo para frente encarei meu tio. - Eu estava com medo de ter quer cometer uma carnificina aqui hoje. 

- O que disse moleque insolente? - Rugiu se levantando da cadeira e vindo em minha direção.

Eu não movi um musculo com seu ato, apenas fiquei parado esperando que aquele velhote viesse até mim, meu pai e Josh se aproximaram mais prontos para intervir mas fiz sinal com a mão para o loiro parar onde estava e assim ele fez. 

- Repete o que acabou de dizer. - Ordenou meu tio. - Está insinuando que estaria disposto a começar uma guerra em nosso clã por conta de uma simples mulher?

A entonação de nojo em sua voz ao dizer a palavra mulher que me fez sentir ainda mais raiva, aquele pedaço de merda acha que pode se referir a minha mulher daquela forma? Ele estava muito enganado. 

- Noah... - Sussurrou meu pai como um aviso para eu recuar, mas eu não faria isso.

- A idade ainda não danificou sua audição, sim, foi exatamente o que eu disse. - O encarei de frente. - Se vocês tentassem qualquer movimento para tirar Sina de mim, eu não pensaria duas vezes antes de sacar minha arma e estourar a cabeça de um por um aqui nessa sala. Podemos ter o mesmo sangue mas Sina é minha família agora e família em primeiro lugar, não é essa a regra? 

- NÓS SOMOS SUA FAMÍLIA! - Gritou, sinal clássico de medo.

Meu tio não é burro, ele sabe que eu não estou blefando aqui, eu não teria dó ou piedade, nunca tive nenhuma dessas coisa e todos aqui sabem disso, eu poderia tirar qualquer um do meu caminho caso fosse preciso sem me importar com nada, começar uma guerra entre nossa família não seria problema para mim, afinal, não tem ninguém com coragem o suficiente para retaliar caso essa legião de velhos morresse em minhas mãos hoje, seus filhos e netos se curvariam e obedeceriam a cada comando meu com medo de serem os próximos, mas eu prometi a meu pai que manteria a civilidade e não tomaria nenhuma atitude precipitada em relação a isso e o conselho nunca me causou problemas, até agora.

- Então por que minha família se recusa a acreditar em mim e prefere dar ouvidos a uma informação vinda de fora? - Questionei e ele ficou sem fala. - Afinal, como isso chegou até vocês, hein? Quem é o informante barato que está me espionando?

- Aquela puta que você  come deu com a língua nos dentes, sua esposa a conhece? - Respondeu com um sorriso sínico no rosto. 

- Conhece sim, mas receio que elas não terão mais nenhuma interação. 

- Por quê? Gosta de manter seus brinquedos afastados, sobrinho? - Esse velho desgraçado.

- Sina não é meu brinquedo e Kat já não respira mais. - Seu cenho se franziu. - Sim meu tio, SEU brinquedo quebrou... - Dei de ombros. - Não havia conserto, então eu mesmo joguei fora. 

- Você matou a Kat? Você a matou? - Questionou desesperado. 

- Se algo entra no meu caminho, eu dou um jeito de tirar. - Falei firme. - Mas não se preocupe, ela sofreu bastante antes do último suspiro. 

- Seu...Seu.... - Gaguejou com a raiva transbordando por seus olhos. 

- Termine essa frase e você terá o mesmo fim que ela teve. - Avisei e ele respirou fundo. 

Quando eu percebi que ele não ousaria dizer uma só palavra mais, me afastei e direcionei meu olhar para todos os demais em volta.

- Ouçam bem, eu tenho orgulho de carregar o sobrenome Urrea e faço juízo a ele desde que assumi como capo no lugar de meu pai, não tenho interesse em começar uma guerra mas não medirei esforços para proteger minha esposa, então tentar algo contra ela é assinar uma certidão de óbito. - Todos me ouviam atentamente. - Então vocês tem uma escolha, aceitar Sina e eu seguirei com o mesmo respeito que tive até agora ou me obrigar a fazer algo que não tem volta. 

Aguardei a resposta de todos, Sina se aproximou de mim e segurou minha mão, o olhar do meu bisavô foi direto para nossas mão unidas, então ele me encarou e eu sinalizei com a cabeça respondendo sua pergunta silenciosa.

- Ok, você mostrou que realmente ama essa garota, já não sou mais tão jovem como antes... - Não brinca Matusalém. - Caso contrario te ensinaria um lição por falar conosco desse jeito, então sendo assim, aceitamos o casamento de vocês e legitimamos Sina como uma Urrea.  

Senti o aperto de uma mão macia na minha e a puxei para meus braços, abraçando seu pequeno corpo. 

- Acho que terminamos aqui. - Meu bisavô concordou com a cabeça e eu me direcionei para a porta com Sina, sendo seguido por meu pai e Josh.

Quando estávamos prestes a sair meu tio entra em nosso campo de visão.

- Se pensa que isso acabou aqui, está enganado. - Me encarou com fúria nos olhos. - Está apenas começando. 

Então se retirou assim como os demais que estavam na sala. Estou com um pressentimento ruim em relação à isso, mas não comento nada pois não quero que Sina tenha conhecimento dos assuntos da máfia, ela não precisa estar no meio de tudo isso, quanto menos ela souber melhor.

- Olha, até que foi melhor do que eu esperava. - Comentou Josh batendo a mão no meu ombro.

- Por um momento pensei que você tinha posto tudo a perder quando ameaçou os velhos daquela forma, mas por algum milagre deu tudo certo, então seja bem vinda a família garota. - Disse meu pai olhando para Sina. 

- Obrigada sr.Urrea. - Respondeu timidamente. 

- Agora vamos embora logo, não aguento mais ficar aqui. - Falei puxando Sina pela mão.

Quero chegar em casa logo, apesar de tudo ter dado certo hoje, ainda preciso descobrir quem contratou Kat para me espionar e o motivo que o levou a fazer isso, essa pessoa conhece meu ponto fraco e isso é inaceitável. 

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HELLOOOOOOOO

Gente, me ajudem a escolher o nome para o bisavô do Noah kkkkkkkkkkk Não sei qual colocar.

Até o próximo cap, xoxo Riv

𝐇𝐚𝐫𝐝 𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭 - 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora