a monster will always be a monster

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Gotham City: 2010

"Wine era um garoto de 10 anos. A vida não o tratara bem desde que nasceu nos anos 2000, filho do maior criminoso de Gotham City. O menino não conhecia sua mãe e nem sabia ao certo se era filho do Coringa. Alguns imaginavam que ter um filho poderia mudar o Coringa... mas um monstro sempre seria um monstro.

Nenhuma luz penetrava naquele galpão sombrio e gelado onde Wine era mantido escondido. A polícia tentara resgatá-lo das garras do Coringa por uma década, sem sucesso. O Coringa sempre o recuperava, transformando sua vida em um inferno.

A aparência de Wine lembrava muito a do Coringa: pele pálida, cabelos negros e olhos castanhos. Desnutrido para sua idade, estava claro que não recebia os cuidados adequados sob a tutela do Coringa. Quanto ao nome "Wine"... foi uma escolha aleatória de uma prostituta; se dependesse do Coringa, o garoto nem teria um nome.

Devido à loucura e à obsessão do Coringa por Batman, Wine era forçado a usar uma máscara semelhante à dos antigos Robins. O rosto do garoto sempre sujo sob a máscara; uma vez tentou removê-la e foi brutalmente espancado, tendo o braço quebrado pelo pai.

Naquele momento, Wine dormia em um colchão no galpão que o Coringa chamava de "casa". Ao acordar sonolento, foi até uma pia improvisada no canto do galpão para lavar o rosto sem remover a máscara. Repentinamente, um barulho alto ecoou, fazendo-o voltar para o colchão, aguardando a entrada do "pai" com seu riso maníaco ou gritos após mais um assassinato. Mas algo diferente aconteceu: vozes estranhas preencheram o ar.

Pov Wine:
Aquelas vozes não eram familiares; não eram dos capangas habituais do meu pai. Quem invadira aquele lugar? A lembrança do último invasor que encontrou seu fim ali ainda me dava arrepios. As vozes cresciam em intensidade. Espiei cautelosamente e finalmente identifiquei dois homens altos, vestidos de maneira peculiar, semelhante ao meu pai. Um usava uma roupa azul e uma máscara, parecida com a minha! Nunca vira algo assim fora da televisão. O outro, em trajes preto e vermelho com um capacete que ocultava completamente o rosto, me causava medo; lembrava-me das indumentárias estranhas do meu pai, e eu sentia muito medo.

Os homens se aproximavam. E se aquilo fosse outra armadilha do meu pai? Capangas eram frequentemente enviados para testar. Decidi não sair do meu esconderijo, permanecendo em silêncio, esperando que eles partissem.

"Parece tudo tranquilo aqui. Não tô vendo nada errado", disse um dos homens.

"E aquelas caixas? Devem ter algo escondido nelas", apontou o outro.

Apontando para as caixas que bloqueavam meu "quarto", senti um medo crescente. Se me encontrassem ali, meu pai me castigaria.

"Vem, me ajuda a abrir essas caixas", disse o primeiro homem.

Os estranhos foram até as caixas, desmontando meu modesto esconderijo. Eu estava indignado; tinha dado muito trabalho montá-lo.

"Mas que porra!?", exclamou um deles.

"O que foi?", perguntou o outro.

"Tem uma criança aqui, caralho!", respondeu o primeiro.

Pov narrador:
Capuz Vermelho retirou as caixas restantes, revelando o garotinho com cabelos negros e olhos assustados.

"Ei, garotinho, está tudo bem?", perguntou Asa Noturna, abaixando-se para ficar na altura dele.

"Não conta pro Papai!", implorou Wine, escondendo o rosto e já chorando de medo das consequências.

"Calma, estamos aqui pra ajudar", tranquilizou-o Asa Noturna.

"Quem é seu pai, garoto?", perguntou Capuz Vermelho, aproximando-se lentamente.

"O-o Coringa! M-mas não conta pra ele que vocês me acharam!", suplicou Wine.

Os Batboys ficaram em silêncio ao ouvir a revelação do garoto. Seria ele mesmo o famoso filho do Coringa? Contrariando as histórias, ele não parecia um pequeno psicopata assassino. Como poderia aquele garoto pálido e magro representar ameaça para alguém?

"Qual é o seu nome, garotinho?", indagou Asa Noturna.

"O-o meu pai me chama de Wine...", confessou o menino, entre soluços.

"Wine? Sério isso? Quem dá um nome desse pra uma criança...", comentou Capuz Vermelho.

"Um nome à altura de um louco como o Coringa", completou Asa Noturna.

"Vamos te ajudar, Wine. Vem com a gente", estendeu Asa Noturna a mão para o garotinho, que chorava.

"A-ajudar?", perguntou Wine, incerto.

"Sim, você gosta do seu pai, Wine?", perguntou Asa Noturna.

Wine ficou em silêncio por um momento, ponderando suas palavras.

"Eu não gosto do papai... ele me assusta e me bate muitão assim oh..", confessou Wine, abrindo os braços para mostrar os hematomas.

"Você prefere ficar aqui e apanhar ou vir com a gente?", questionou Capuz Vermelho, de forma direta.

"Capuz Vermelho, não seja tão bruto com ele", repreendeu Asa Noturna.

"Vocês vão me levar?", perguntou Wine, esperançoso.

"Sim, querido. Vamos levá-lo para um lugar seguro. Lá, você vai conhecer outro menininho da sua idade", assegurou Asa Noturna.

"O papai deixou?", perguntou Wine, preocupado.

"Ele deixou. Vamos logo, não podemos perder tempo", apressou Capuz Vermelho.

Com cuidado, Wine se levantou. Vestia roupas simples: uma calça larga preta e uma pequena blusa branca, manchada com sangue seco. Dick tomou a iniciativa de pegá-lo no colo.

"Durma um pouco, garoto. Vai demorar um pouco para chegarmos", disse Dick, acalmando-o.

"Sim... mas me acorda depois, titio, por favor", murmurou Wine, antes de fechar os olhos para descansar.

"Claro, vou te acordar. Durma bem, garotinho."

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Continua

Refeito em 08/Jul/24

Revisado

❗Alerta ❗
Essa história contém temas sensíveis para algumas pessoas como: Agressão, bullying, Assédio, Abuso.

Não traduzir,copiar ou se inspirar sem permissão

Autor original: Mochyytoon

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