Chamas do destino

A dança das chamas

A cafeteria estava aconchegante e iluminada, um contraste com a escuridão que começava a cair lá fora. Isabela e Ethan sentaram-se em uma mesa no canto, onde a luz das velas dançava suavemente sobre a mesa, refletindo o brilho em seus olhos."Então, Isabela, me conte sobre você", disse Ethan, sua voz era calma, mas carregada de um interesse genuíno.

Isabela hesitou por um momento, não acostumada a se abrir tão facilmente, mas algo em Ethan a fazia querer confiar. Ela começou a falar sobre sua paixão pela arte, sobre como cada pincelada era uma parte de sua história. Ethan ouvia atentamente, cada palavra dela alimentando a chama de curiosidade que ele sentia.

À medida que a conversa fluía, eles descobriam mais sobre os mundos um do outro. Ethan compartilhou sobre os desafios de gerenciar um império empresarial e o peso das expectativas que vinham com seu sobrenome. Isabela ouvia, percebendo que por trás da fachada confiante havia um homem buscando algo mais na vida, algo que talvez ela pudesse entender.

O tempo parecia distorcido, passando rápido demais e ainda assim, cada segundo era eterno. Quando a cafeteria começou a esvaziar, eles perceberam que não estavam prontos para se despedir."Você gostaria de dar uma caminhada pela praia?" Ethan perguntou, um convite que Isabela aceitou sem hesitar.

A areia fria sob seus pés, o som das ondas quebrando na costa, e a lua cheia no céu criavam o cenário perfeito para o desdobramento de um romance. Eles caminhavam lado a lado, às vezes em silêncio, outras vezes compartilhando risadas e sonhos.

Ethan apertou a mão de Isabela, um calor compartilhado entre eles que parecia desafiar a brisa fresca da noite. "Você sabe," ele começou, sua voz baixa e introspectiva, "eu sempre achei que sabia o que queria da vida, mas agora, não tenho tanta certeza."

Isabela olhou para ele, seus olhos refletindo a luz da lua. "Às vezes, o que pensamos que queremos não é o que precisamos," ela respondeu, sua voz tão suave quanto a espuma do mar. "E às vezes, o destino tem seus próprios planos para nós."

Eles se viraram para encarar o mar, observando as ondas que vinham e iam, como os momentos de suas vidas. "E se o destino nos trouxe aqui?" Ethan perguntou, mais para si mesmo do que para ela.

Isabela sorriu, um sorriso que falava de possibilidades e novos começos. "Então vamos descobrir juntos o que ele quer nos mostrar."

Eles continuaram a caminhar, deixando pegadas na areia que seriam apagadas pela maré, mas o que eles compartilhavam naquele momento era algo que nem o tempo nem as ondas poderiam apagar. Conversa após conversa, risada após risada, eles teciam uma tapeçaria de cumplicidade e afeto.

Quando a noite se aprofundou e o frio se tornou mais intenso, Ethan tirou seu casaco e colocou sobre os ombros de Isabela. Ela se aninhou no calor do tecido, sentindo-se protegida e cuidada.

O capítulo termina com eles parados em frente ao farol, o feixe de luz girando ao redor deles, um farol para os navegantes perdidos. Ethan olhou para Isabela, e sem uma palavra, ele se inclinou e a beijou, um beijo que selou o início de uma história que apenas começava a ser escrita.