﹟𝐔𝐌 . . .♥︎

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☀️⋆˙❚ a primeira carta

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☀️⋆˙❚ a primeira carta.

Querido leitor, espero que você sinta-se à vontade ao ler minha trágica história.

Para início de tudo, me referir a você como “leitor” não é algo muito agradável ou atraente ao meu ver, mas, como eu não sei se um dia essas cartas serão entregues a alguém, irei deixar dessa forma, sem me especificar muito ou transformar isso em uma leitura íntima, como se eu estivesse realmente escrevendo a alguém existente.

De qualquer forma, me chamo Alexander Farrel, ou Alex, para os mais íntimos.

Eu não sei realmente como começar a contar a trágica história da minha vida, provavelmente deveria ser pelo meu nascimento, onde minha mãe tentou me enforcar com o meu cordão umbilical, ou pelo dia em que fugi de casa, mais conhecido como semana passada.

Bem, acho que semana passada é mais interessante, principalmente porque nisso eu tive livre arbítrio.

A cerca de cinco dias atrás, tomei a melhor, talvez pior, decisão da minha vida: abandonar o bordel em que eu vivo desde pequeno. Obviamente, não vivo lá por opção, minha mãe é uma prostituta e meu pai… Não faço ideia, ele só sumiu da nossa vida, não sei seu rosto, seu caráter ou sequer sua aparência.

Desde a minha fuga, pessoas (no caso, monstros) um tanto quanto esquisitas vêm me perseguindo: um homem barbudo, um velhote míope, uma mulher ranzinza, uma cabra que desaparecia e um louco que tentou me matar várias vezes.

Veja bem, eu nunca fui um adolescente muito inteligente, então fugi sem comida alguma, o que me obrigou a roubar uma padaria com enfeites rosas e fofos.

Na padaria, roubei comida (obviamente) e acabei por encontrar um conjunto de papel para cartas e um taco de beisebol, peguei o taco por segurança e o papel por puro capricho. E então, escondido entre dois latões de lixo em um beco de alguma rua perigosa, eu comia um bolinho de morango com meu taco no meu lado direito enquanto ao meu lado esquerdo, temos uma convidada incomum, Annabeth, uma garotinha de sete anos de idade.

Encontrei ela algumas ruas atrás, chorando assustada, depois de um tempo, ela se acalmou e se convenceu de que eu não era um monstro, decidindo confiar em mim. Nós fomos andando até o beco de agora e, ao sentar, a cena foi quase essa:

— Você tem certeza absoluta de que você não é um monstro? — Ela perguntou relutante enquanto comia um dos meus bolinhos roubados.

— Tenho sim, e você, é um?— Perguntei, tentando dar um tom mais leve à conversa.

— Não sou.— Ela afirmou, olhando em volta.— Você tem certeza que ficar aqui é seguro?

— Certeza absoluta, Anne, nenhum monstro vai vir atrás de nós.— Prometi, mesmo sabendo que aquilo iria se tornar uma mentira em breve.— E, se vierem, eu vou te proteger.— Adicionei apontando para o meu taco de beisebol com um sorriso.

— Não acho que é o suficiente.— Annabeth murmurou, encarando o taco com um olhar apático.

— Bem, então…— Falei revirando os lixos do beco, encontrando um martelo.— Se sente mais segura com um martelo em mãos?— Perguntei divertido, entregando o martelo a ela. Ela acenou com a cabeça, encarando o martelo encantada.— Veja, ficamos mais seguros com duas armas.— Indiquei, com um sorrisinho.

Depois daquilo, ela ficou visivelmente mais tranquila, adormecendo encostada no meu braço. Eu já não iria dormir, medo dos policiais ou dos trombadinhas daquela área, mas ter Annabeth ali foi só um lembrete a mais, se eu adormecesse, algo de ruim poderia acontecer com ela. E isso seria horrível, ela é uma garotinha adorável, nunca irei deixar qualquer um encostar um dedo nela. Ela confiou em mim, meu único dever então é retribuir cuidando dela como minha própria família.

“Minha família” não faz muito sentido, já que eu não tenho uma, não de verdade, pelo menos. Então talvez eu deva considerar Anne como minha primeira família, minha irmãzinha.

Com grandes chances de desaparecer e nunca mais voltar, Alexander Farrel.

Ps: Anne fez esse desenho na parte de trás da carta, espero que não se importe

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Ps: Anne fez esse desenho na parte de trás da carta, espero que não se importe.

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⏰ Última atualização: Jul 18 ⏰

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𝐍𝐎 𝐓𝐈𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐄, 𝑙𝑢𝑘𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑡𝑒𝑙𝑙𝑎𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora