O sol já iluminava completamente a torre da Grifinória quando Hermione e Celeste desceram para o salão comunal, conversando sobre os eventos da noite anterior. No salão comunal, viram pessoas deitadas nos sofás, copos de bebidas derramados e as bandeiras vermelhas e douradas no chão cobertas de confete.
- Aqui está uma bagunça. - disse Hermione, rindo.
- Será que os meninos já acordaram? - perguntou Celeste, também rindo.
- Não faço ideia!
As duas garotas riram e seguiram para o salão principal. Ao entrarem, avistaram Draco Malfoy do outro lado, conversando com colegas da Sonserina. Draco olhou rapidamente para Celeste, mas desviou o olhar e passou direto por ela como se não a conhecesse. Hermione percebeu a tensão no olhar e lançou um olhar de apoio para Celeste.
- Você está bem? - perguntou Hermione
- Não. Tenho que falar com ele.
- Mas tem a aula - antes que Hermione pudesse continuar, ela foi interrompida por Celeste.
- Diga á professora que estou doente.
Logo, Celeste saiu do salão indo atrás de Draco. Assim que ela saiu do local, Harry e Ron entraram, mas eles não conseguiram se encontrar.
HERMIONE HARRY & RON
- Onde está a Malfoy? - perguntou Ron, a voz sonolenta.
- Foi atrás do irmão. - disse Hermione, a voz cheia de preocupação.
- O que aconteceu? - perguntou Harry.
- Draco passou por ela como se fosse uma completa estranha. - comentou Hermione.
- Ele é um babaca, até com a própria irmã. - disse Harry.
- É, eu sei. - concordou HermioneDRACO & CELESTE 💭
- Draco! Espere! - gritou Celeste no corredor
Antes que Draco pudesse falar Pansy Parkinson se intrometeu.
- Deixa ele em paz!
- Pansy, você não entendeu que isso é entre eu e meu irmão?!
Draco olhou para Celeste, a expressão dura, a voz fraca.
- Pelo menos, a Parkinson escolheu o meu lado.
- Por favor, vamos conversar. Eu e você. - implorou Celeste.
- Celeste, eu acho que você já falou demais ontem. - disse Draco, indo embora.
Draco e seus amigos foram embora mas Lorenzo ficou, para falar com Celeste.
- Draco pode ser um chato às vezes. - disse Lorenzo, tentando amenizar o clima.
Celeste não respondeu nada, eles ficaram em silêncio.
- Quero conversar com você. Entender o seu lado da história. - afirmou Lorenzo, quebrando o silêncio.
- Olha, Lorenzo. Não tem lado. Não tem história. Draco não entende que eu posso ser irmã dele e amiga do trio de ouro ao mesmo tempo.
- Trio de ouro?
- Esquece. - Celeste continuou, a voz fria. - A única pessoa que eu gostaria de conversar era Draco. Com licença.
Celeste se afastou de Lorenzo, sentindo o peso das emoções acumulando dentro dela. Com passos apressados, ela atravessou o corredor, ignorando os olhares curiosos dos poucos alunos que estavam ali. Quando finalmente chegou à sala comunal da Grifinória, encontrou-a vazia, já que todos estavam em aula. O silêncio era reconfortante, mas também amplificava a solidão que sentia. Subiu as escadas para o dormitório, tentando segurar as lágrimas até estar sozinha. Ao entrar em seu quarto, fechou a porta com um suspiro pesado e encostou-se nela, sentindo o peso do mundo em seus ombros.Ela se dirigiu à sua cama e se deitou, abraçando seu travesseiro. As lágrimas começaram a escorrer livremente, e ela enterrou o rosto no travesseiro para abafar os soluços. Tudo parecia tão injusto. Por que Draco não conseguia ver que ela não tinha intenção de escolher um lado? Por que sempre estava ao lado de Pansy Parkinson?
Os pensamentos rodopiavam em sua mente enquanto ela chorava, relembrando cada palavra cruel que ele dissera.
"Antes era eu e Draco contra o mundo, hoje parece que o mundo nos separou" - era o seu pensamento mais cruel.
Celeste se encolheu na cama, deixando que as memórias virem à tona, lembranças de um tempo em que Celeste e Draco eram inseparáveis. Eles não eram apenas irmãos, eram melhores amigos, confidenciando-se segredos, sonhos e medos. A distância que os separava parecia uma ferida aberta que nunca cicatrizava.
Ela se lembrou de quando eram pequenos e saíam de casa andando de patinetes, sem seus pais saberem. A competição para ver quem era o mais rápido sempre terminava em risadas, e eles se sentavam na calçada, exaustos, mas felizes, conversando sobre qualquer coisa e tudo.
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I'M THE RIVERS DAUGHTER
FanficCeleste Malfoy, a primeira de sua linhagem a ser escolhida para a Grifinória, enfrenta um turbilhão de emoções ao deixar para trás a casa Sonserina, que é tradição em sua família. Crescendo em um lar rigorosamente conservador, ela sempre viveu sob a...