A Adotada - Adaptação Sariette

12 - Hospital

Juliette Freire

Beijar Sarah foi uma das coisas mais incríveis que eu já fiz, foi um beijo sem maldade alguma, foi um beijo de carinho, de respeito.

Juliette: Obrigada por isso, você não imagina o quanto isso foi importante e significativo.

Sarah: Eu imagino sim, por que foi extremamente importante para mim também.

A roda finalmente parou para descermos e saímos da grande roda de mãos dadas.

Thais: Se divertiu filha? - As vezes meu coração erra as batidas quando elas me chamam de filha.

Juliette: Sim mamãe, foi incrível.

Carla: Que bom filha, mas agora o que acham de comermos algo? - Eu soltei a mão de Sarah e segurei a mão da mamãe Carla.

Juliette: Quero cachorro quente mamãe, pode?

Carla: Claro que sim minha princesa, vamos lá comprar.

Eu ia caminhando na frente com a minha mamãe Carla, enquanto Thais e Sarah vinham mais atrás conversando.

Carla: Eu vi sabia? - Ela dizia baixinho.

Juliette: Você vai brigar?

Carla: Jamais brigaria com você por isso, eu já esperava na verdade, sempre soube que você era apaixonada pela Sarah.

Juliette: Ma-mas eu nunca contei isso a vocês, como você sabia?

Carla: Seus olhos, você fica inquieta quando sabe que ela vai estar perto de você, quando ela chega parece que o mundo parou em volta de você. - Mamãe parou um pouco e olhou fundo em meus olhos. - Filha, tudo que eu e sua mãe queremos para você é que você seja feliz e se a sua felicidade é com ela, nós também vamos ficar felizes.

Juliette: Eu amo você mamãe, obrigada por me apoiar.

Carla: Eu também amo você minha garotinha.

Passamos o dia no parque, fomos em vários brinquedos, já estava anoitecendo quando decidimos ir embora, eu só precisava passar no banheiro antes.

Juliette: Mamães, vou no banheiro, encontro com vocês no carro.

Thais: Não quer que a Sarah ou eu vá com você?

Juliette: Não, é rapidinho.

Fui correndo até o banheiro que era próximo a entrada do parque, ele estava vazio o que era bom, assim eu iria ser mais rápida e não deixaria minhas mamães esperando.

Assim que eu saí do banheiro, estava distraída arrumando minha roupa, quando bati o corpo em alguém.

Juliette: Descul- Minha voz morreu na garganta quando vi de quem se tratava, ele não, meu Deus, ele não.

Bil: Ora se não nos encontramos novamente?! - Ele disse me travando na parede.

Juliette: Me deixe ir Bil, por favor. - Eu estava começando a entrar em pânico.

Bil: Você não vai sair tão fácil assim. - Ele tinha um riso sarcástico no rosto.

Juliette: Se não me deixar ir eu vou gritar.

Bil: E você vai chamar quem? Aquelas duas sapatonas nojentas? Ou a Maria macho loira?

Juliette: NÃO FALA ASSIM DELAS - Eu estava exaltada, não posso deixar isso acontecer.

Bil: Cala a boca garota, agora vem comigo ou vai ser pior.

Ele começou a me puxar, eu estava fazendo força para não ir, aquilo estava me machucando, mas ele era muito mais forte que eu.