CAPÍTULO UM - Na feira -

95 35 126
                                    

∞︎︎

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

∞︎︎


 

         𝐃esde jovem, sempre fui fascinada pelo poder das palavras. Escrevi histórias desde que aprendi a segurar uma caneta, foi na escrita que descobri minha verdadeira paixão. As histórias escritas eram intensas, me deixavam cheia de emoção, era apaixonada por escrever cada história e cada personagem. Quando me tornei adulta, passei a publicar meus livros, contos de romance, com aquela pitada de pimenta. Já havia vendido mais de milhões de livros, apesar de ser conhecida por tantas pessoas, eu nunca havia feito nenhuma colaboração em eventos. Sou uma pessoa totalmente antissocial.

Mas havia um personagem em especial que gostava de escrever. Meu amor fictício, escrevia na esperança de encontrar alguém como ele... mas, no fundo sabia que nunca iria existir alguém como ele, sabia que nunca seria como nos livros. Um homem apaixonante, amoroso, atencioso e claro que fosse uma perdição na cama, eu imaginava cada detalhe do meu personagem, cada detalhe mesmo da cabeça aos pés.

Seus traços marcantes, bem definidos. Maxilar forte e uma barba rala que lhe caía bem e o deixava com ar de masculinidade e maturidade. Ele era alto, possuía um porte atlético, seus ombros largos e braços fortes que caem perfeitamente bem com seu rosto, seus olhos e sua postura transmitiam inteligência e maturidade. Seus cabelos escuros, que caíam sobre sua testa, dando-lhe um ar despretensioso e sexy, seu sorriso cativante um pouco torto, o que lhe tornava ainda mais encantador. Quando ele sorria formavam-se covinhas em suas bochechas e seus olhos brilhavam com um calor convidativo.

Eu imaginava sua voz grave e melodiosa, falava com uma calma que tranquilizava e cativava ao mesmo tempo. Era o tipo de voz que você queria ouvir para sempre e qualquer momento, sua postura e suas maneiras refletiam uma educação refinada, ele era gentil. Ele é o tipo de homem que abre portas, puxava cadeiras e fazia questão de tratar todos com devido respeito e consideração, ele fazia qualquer pessoa se sentir especial.

Ele sem vias das dúvidas era meu tipo ideal, era o homem dos meus sonhos. Eu fantasiava todos os dias e todas as noites com meu personagem, queria ele, queria que fosse real, mas ele não era. Não era nenhum pouco real, já havia tido alguns encontros e nada foi como imaginei, eram ruins na cama, mal educado e nenhum pouco cavalheiro. Eram péssimos.

Mais um dia acordando com os cantos dos pássaros, morar em um lugar calmo que tenha uma parte da natureza era a coisa mais linda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Mais um dia acordando com os cantos dos pássaros, morar em um lugar calmo que tenha uma parte da natureza era a coisa mais linda. Tudo isso me deixa leve e feliz, era uma harmonia sem fim, meu café e um bom livro em mãos. Eu me perdia nas leituras, nas palavras belíssimas de Sarah j. Maas e coller houver, são escritas maravilhosas e ler ajudava a encontrar expirações para minhas histórias. Depois de alguns capítulos, me senti revigorada e pronta para continuar a escrever mais um pouco.

Me acomodei em meu cantinho favorito do escritório. Abri o laptop e comecei a escrever, cada palavra fluía com facilidade e logo eu estava mergulhada no mundo de Joonei, meu personagem favorito. Descrevi sobre suas emoções, aventuras e pensamentos, quase perdi a noção da realidade e quando finalmente finalizei mais um dos capítulos.

- trrrim-trrrim -

Oi, mãe.

Não lembra que tem mais mãe não, menina malcriada?

Claro que lembro.

Não parece. Como você está? Está comendo direito, estou com saudades.

Estou bem, eu também estou com saudades.

— Vou visitar hoje, trate se arrumar porque vamos sair. Tchau, filha. — revirei os olhos ouvindo ela.

— Tudo bem, mãe. Tchau

Hoje vai ser o dia que ela não vai me deixar quieta. Mas não fiz pirraça, sabia que ela ficava preocupada por morar sozinha e longe da cidade grande, eu era muito mais parecida com meu pai e meu irmão era mais parecido com ela. Sempre fomos uma família feliz, minha mãe sempre nos deixou livre para fazermos o que bem entendesse e meu pai, era o homem mais gentil que conheci.

.✍️.


Desde que minha mãe chegou, ela não parou de falar, a mulher falava pelos cotovelos. Falou o quanto o jungkook era inteligente, que tinha ganhado alguns prêmios junto com seu time de futebol americano, eu estava orgulhosa do meu irmão, e sabia o quanto ele amava futebol e era dedicado. A feira era vibrante, cheia de cores e aromas deliciosos, havia barracas de frutas frescas, verduras, flores e claro não poderia faltar a barraca de salgados. Mamãe escolhia frutas e verduras, ela sorria como nunca. Eu estava feliz por fazer ela sorrir também, ela era minha grande expiração, uma grande mulher e mãe.

Enquanto observava ela fazendo compras, algo me chamou atenção. Do outro lado da barraca havia um homem que me fez perder o ar, ele tinha as mesmas feições de como imaginava o Joonei. O olhar penetrante, seu físico, tudo era como eu imaginava, meu coração disparou, e por um momento achei que estava alucinando.

Tentei parar de olhar, mas não consegui. Ele parecia tão real, tão próximo da imagem que eu tinha criado, o homem conversava com o vendedor de flores e sorria de um jeito familiar. Um misto de excitação e medo percorria por todo meu corpo, um frio na barriga que não conseguia descrever.

Será que meu personagem ganhou vida? Ou eu estou ficando louca?

Eu não conseguia parar de olhar, não conseguia desviar o olhar. Os olhos do homem encontravam os meus e tinha algo em seu olhar que fez meu corpo inteiro arrepiar, ele continuou olhando e sorriu.

· • • • ✤ • • • ·

Te li em dezenas de livros e finalmente te encontrei.

©Tiana M

COMO NOS LIVROS ✤ Onde histórias criam vida. Descubra agora