Capítulo 3

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"Me leve para a cama. Agora."

Miranda não precisou dizer mais nenhuma palavra. Peguei-a pela mão e a guiei até a enorme cama que se fazia presente no centro do quarto.

"Deite-se" - pedi e ela seguiu o meu comando, primeiro sentando-se na beirada da cama e então arrastando o seu corpo até a cabeceira, tudo isso enquanto mantinha os olhos fixos em mim. A visão na minha frente era de tirar o fôlego, e eu precisei me concentrar para simplesmente não pular em cima da minha chefe. Eu queria tomar o meu próprio tempo com Miranda, fazê-la implorar pelo o meu toque, chamar o meu nome daquela maneira tão característica que só pertencia a ela. Eu me certificaria que Mirada jamais esquecesse o que estava por vir, que ela não fosse mais capaz de estar com alguém sem me ter em seus pensamentos. E para isso, eu faria tudo muito lentamente, com cuidado e atenção à cada respiração da editora.

Ela me esperava com desejo no seu olhar, sua respiração estava pesada, eu podia constatar pela forma como seu peito se movimentava com rapidez. As mãos se fechavam em punho ao lado do seu corpo. Miranda, como sempre, estava impaciente. Ótimo, era assim que eu a queria.

"Você vem ou não?" - Miranda me perguntou com a voz rouca e com certa dificuldade em pronunciar a última palavra.

Estranhamente, a Andrea nervosa que sempre aparecia na presença da sua chefe havia dado lugar a uma pessoa confiante. Saber que Miranda fucking Priestly me queria tanto quanto eu a queria, serviu como um grande  combustível para a minha auto estima, sem contar o delicioso oral que ela havia me dado há apenas alguns minutos atrás. O que quer que tenha mudado em mim mesma, me fez ter a naturalidade em me colocar de quatro e engatinhar até Miranda como se estivesse prestes a atacar a minha presa.

Quanto mais eu me aproximava de Miranda, mais ela se deitava na cama, até que eu finalmente estivesse completamente acima do seu corpo. Por Deus, ela era tão bonita, tão gostosa, tão... Com uma das minhas mãos apoiada no colchão ao lado do seu rosto, usei a outra para percorrer o corpo de Miranda, começando pelo seu colo, passando pela cavidade entre os seus seios e finalmente chegando em sua cintura, lugar que eu notei ser sensível, uma vez que a minha chefe deu um pequeno sobressalto com o meu toque. Voltei meu olhar ao seu rosto, ela estava de olhos fechados, as bochechas vermelhas e mordia o lábio inferior como se para evitar que um gemido escapasse.

"Abra os olhos, Miranda." - pedi, mas dessa vez ela não me obedeceu. Levei minha mão até o seu seio direito e o apertei, Miranda arfou. Um som delicioso que eu precisava ouvir mais vezes.

"Abra os olhos." - pedi novamente, desta vez com mais firmeza.

"Eu-" - ainda de olhos fechados, Miranda tentou falar, mas sua voz parecia estar presa na garganta. Depois de engolir em seco, ela continuou - "Se você continuar me provocando assim eu não sei se serei capaz de suportar."

Sua frase me tirou um grande sorriso. Então eu estava fazendo Miranda Priestly perder a compostura? Que informação adorável.

Voltei minha atenção ao seio de Miranda, massageando e dizendo a mim mesma que ainda não era o momento de chupa-lo, primeiro eu queria deixar a mulher abaixo de mim completamente desorientada.

"Sabe..." - comecei a dizer, sentindo-me cada vez mais poderosa, mais certa do que estava fazendo - "Eu já havia imaginado você assim muitas vezes, mas não sabia que ficaria tão ... abalada."

Assim como eu sabia que iria acontecer, minha provocação fez Miranda abrir os olhos e me encarar com um sentimento que eu não sabia dizer se era raiva ou tesão. Provavelmente os dois.

"Você está tão cheia de si mesma, não é?" - me indagou a editora, e então, com os meus dedos médio e indicador, apertei o mamilo da minha chefe, algo que a fez novamente arfar.

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