A sala de jantar da casa dos Clifford estava impecável naquela noite. A mesa, decorada com uma toalha branca e vasos de flores coloridas, parecia ter saído de uma revista de decoração. O Sr.Clifford, um homem de meia-idade com olhos bondosos e um sorriso caloroso, estava ocupado na cozinha, colocando os toques finais no jantar.
Eros, estava sentado à mesa, mexendo no celular, claramente aborrecido com a ideia de ter Emma, sua vizinha de longa data, jantando em sua casa. Eles parecem que gostaram muito de se conhecer, todo jantar que os pais deles inventam é repleta de provocações e desentendimentos.
A campainha tocou e Eros levantou os olhos com um suspiro. O Sr. Clifford foi até a porta e a abriu, revelando Emma e sua mãe, a Sra. Madeline. Emma, tinha um olhar desafiador nos olhos, mas sua mãe parecia encantada com o convite para o jantar.
"Olá, bem-vindas!" disse o Sr. Clifford, com um sorriso largo. "Entrem, por favor."
"Boa noite, Sr. Clifford," respondeu a Sra. Madeline, sorrindo. "É um prazer estar aqui."
Emma apenas acenou com a cabeça, lançando um olhar rápido para Eros, que revirou os olhos em resposta.
Eles se sentaram à mesa, e a Sra. Madeline. começou a conversar animadamente com o Sr. Clifford sobre a vizinhança e os planos para o futuro. Eros e Emma, no entanto, permaneceram em silêncio, trocando olhares desconfiados de vez em quando.
"Então, Emma," começou o Sr. Clifford, tentando quebrar o gelo. "Como estão os estudos?"
"Estão indo bem, obrigado," respondeu Emma, polidamente. "Estou me preparando para os exames finais."
"Ah, Eros também está," disse a Sra. Madeline, com um sorriso. "Talvez vocês possam ser amigos né, sair talvez juntos algum dia."
Eros e Emma se entreolharam com uma expressão de descrença.
"Eu duvido que Eros queira sair comigo," disse Emma, com um tom sarcástico.
"E você está certa," retrucou Eros, friamente.
"O que está acontecendo com vocês dois?" perguntou o Sr. Clifford, com uma sobrancelha levantada. "Vocês costumavam ter pelo menos respeito um pelo outro."
"Eles cresceram, é natural," disse a Sra. Madeline tentando suavizar a situação. "Adolescentes têm suas próprias maneiras de lidar com as coisas."
O jantar continuou, com a tensão palpável entre Eros e Emma. Eles mal se olhavam, mas a presença um do outro era impossível de ignorar. Quando o Sr. Clifford trouxe a sobremesa, uma torta de maçã fumegante, ele fez mais uma tentativa de aproximar os dois jovens.
"Emma, você gosta de música, não é?" perguntou ele. "Eros acabou de aprender a tocar violão. Talvez ele possa tocar algo para nós depois do jantar."
"Eu prefiro música clássica," respondeu Emma, desdenhosamente. "Não sei se violão combina com isso."
Eros bufou. "Eu também posso tocar coisas complicadas, sabia?"
"Ah, claro," respondeu Emma, revirando os olhos. "Isso deve ser interessante."
"Chega!" interrompeu a Sra. Madeline firmemente. "Vocês dois precisam parar com isso. Somos vizinhos, e vocês vão acabar se vendo todos os dias. Tentem ser um pouco mais civilizados, por favor."
Eros e Emma trocaram um olhar surpreso, mas perceberam que talvez suas atitudes estivessem realmente passando dos limites. O restante do jantar transcorreu em um silêncio tenso, mas sem mais provocações.
Quando a noite terminou e as duas famílias se despediram, havia um sentimento estranho no ar. Talvez, apenas talvez, aquele jantar tivesse plantado uma semente de mudança na relação entre Eros e Emma. Afinal, mesmo com todas as farpas trocadas, algo começava a surgir entre os dois jovens inimigos.
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