𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑:「 ✦ 𝐍𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐥 𝐦𝐚𝐫𝐚𝐯𝐢𝐥𝐡𝐚𝐬 ✦ 」

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Mais tarde, o som dos outros jovens do acampamento chegando pode ser ouvido.

Estavam voltando de suas "tarefas" na floresta que ainda lhe são desconhecidas.

Riley está sentada sobre a cama que Dylan antes indicou, enquanto termina de arrumar pequenas coisas dela sobre uma mesa de cabeceira de madeira escura ao seu lado. Deixando ali um pequeno quadro dos pais que insistiu em trazer.

Entediada, ela resolveu sair um pouco. A porta rangendo enquanto era aberta.

Pela pequena fresta que foi feita entre a porta e a parede, ela viu um grupo de meninas batendo em Kim no corredor:

─ Você me entendeu, azuladinha? ─ A provável líder do grupo perguntou sarcasticamente, segurando o rosto da menina com força, a mesma apertava a mão contra o estômago para aliviar a dor dos socos que recebeu ─ E é bom não contar pra ninguém, você sabe o que vai acontecer.

As meninas riram e foram embora, deixando Kim largada no chão, sem folêgo.

Andersen saiu do quarto e correu até ela, a amparando:

─ Por quê deixa elas fazerem isso com você?! ─ A loira perguntou confusa e preocupada, se ajoelhando e a segurando pelos ombros.

─ Elas são as valentonas do acampamento, uma vez bateram no Dylan... ─ Parou para respirar fundo, antes de continuar ─ Disseram que ele é um covarde por não bater nelas... Porque são garotas... ─ tossiu levemente, se mexendo um pouco, buscando algum conforto ─ Elas mandam aqui quando não tem supervisão... Eles mandam um instrutor diferente toda semana e... Geralmente não ligam pra gente...

─ Isso tá errado... ─ Riley rosnou com tristeza.

─ Quem vai dizer isso a alguém...? ─ A cabeça dela pendeu contra a parede, cansada ─ Estamos num lugar em algum fim de mundo... ─ Sussurrou amargamente.

Riley sentiu os olhos ardendo com lágrimas, foi quando ela ouviu uma voz e viu Ravi se aproximando:

─ O que aconteceu?! ─ O ruivo a olhou, um olhar transbordando angústia.

─ Umas meninas bateram nela! ─ Riley respondeu, não querendo que a azulada se esforçasse mais.

─ Foram aquelas imprestáveis, não foi? ─ Seu olhar se desviou da loira para Kim, esperando por uma confirmação e ele recebeu (um pequeno aceno vindo dela).

─ Por que ninguém nunca faz nada? ─ A loira indagou com raiva.

─ Sempre que uma pessoa bate em alguém do acampamento, ─ Ravi começou a explicar, levantando gentilmente Kim nos braços ─ essa pessoa é castigada, desde de dar cinco voltas ao redor do acampamento, que não é pequeno... Até ficar sem comer.

Os olhos de Riley se arregalaram e a respiração dela ficou presa na garganta.

Ela pensou que estaria num lugar mais fácil de enfrentar do que a detenção, só que não parecia mais isso.

Uma dúvida chegou a língua de Riley, ela se aproximou de Ravi que cuidava de Kim, estando ela sentada na cama dela:

─ Por que elas não são castigadas?! ─ A loira perguntou.

─ Elas são tão problemáticas que até os instrutores evitam elas. Sempre que alguém fala, eles mandam deixar pra lá ou parar de provocá-las, coisa que ninguém aqui faz.

Os punhos de Riley cerraram de ódio:

─ Soube que os pais da líder deles, no caso a Pucky, implorou que ela viesse pra cá, não suportavam ela... ─ Kim murmurou fracamente.

─ E quem suporta? ─ Ravi revirou os olhos

─ Cuidado com elas, Riley... ─ A azulada encarou a loira com fraqueza.

Andersen prendeu a respiração para não soltar as lágrimas de ódio que estavam surgindo devido sua situação, ela correu para o quarto, fechando a porta num pequeno baque, antes de se jogar na cama:

─ ... Você está chorando...? ─ seu colega de quarto (que deve ter chegado depois que ela saiu) se aproximou, vendo o rosto dela enfiado na almofada, produzindo pequenos sons de engasgo ─ O que houve...?

A menina olhou para ele, a visão de seus olhos encharcados amoleceu o coração dele e ele carinhosamente se ajoelhou ao lado da cama:

─ ... Diz pra mim... O que foi? ─ o menino perguntou, a voz suave, estava triste em vê-la assim.

─ Eu... Eu não acredito que vocês passam por tudo isso... E ninguém faz nada! ─ ela fungou levemente ─ Me lembra que... Eu vim parar aqui porque meus amigos... Ou seja lá o que eles fossem... Mentiram sobre mim e ninguém acreditou em mim! E ninguém liga pra vocês também... Não acredito que tenham feito algo errado pra estarem aqui! ─ bateu a mão contra a cama.

─ De fato... Tirando o grupo da Pucky, quase ninguém aqui fez algo realmente errado... ─ Dylan abaixou a cabeça ─ ... A maior parte deles estava só tentando se proteger...

─ ... E você..? ─ Ela sussurrou.

─ ... Eu... 

Ele se interrompeu quando alguém bateu na porta.

"─ Logo agora..." ─ A menina pensou.

─ Dylan... Abre a porta... ─ era a voz de Ivy, soando desesperada.

Dylan abriu a porta e a menina entrou, fechando rapidamente a porta. A respiração acelerada.

O menino e a loira se encararam, antes de desviar o olhar para Ivy, suas expressões pingando confusão.

Passos de corrida foram ouvidos. Aí eles perceberam, eram as valentonas atrás da menina:

─ ... Elas são monstros... ─ Ivy sussurrou.

─ Como a gente foge daqui...? ─ Riley murmurou, encarando os dois.

? ─ Riley murmurou, encarando os dois

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A APARÊNCIA DA PUCKY:

A APARÊNCIA DA PUCKY:

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