Capítulo 3

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      Estava exausta quando as aulas se encerraram, Zin me seguiu até as bicicletas e recolheu seu patinete jogado na grama, a movimentação ao nosso redor era grande e todos pareciam ansiosos para ir para casa ou qualquer outro lugar.

— Meus pais vão sair hoje, então vou pedir pizza para o jantar. Pode aparecer por lá se quiser, seria legal — convidou enquanto deixávamos o campus juntas.

— Eu iria, mas meus pais vão fazer um jantar — contei pedalando devagar ao seu lado. — É nossa primeira semana na casa nova e ainda estamos desempacotando algumas coisas — expliquei fazendo-a concordar.

— Ok, mas se mudar de ideia, é só bater na porta da frente — declarou me enviando um sorriso.

— Você quer meu número?

— Já tenho — respondeu confiante.

Sorri sem precisar perguntar onde ela o conseguiu, o caminho até nossa casa pareceu mais curto. Zin me mostrou alguns lugares no meio do caminho e me indicou os lugares que os outros gostavam de se reunir para matar o tempo depois do colégio ou nos finais de semana.

— Mas depois da meia-noite vamos para a cabana abandonado no meio da floresta, é divertido, mas não aconselho a ir sozinha — avisou me fazendo imaginar o tipo de ambiente que essa cabana era, mas ao invés de ficar instigada, um arrepio frio subiu pela minha coluna.

— Anotado! — concordei parando em frente a minha casa. — Obrigada por hoje, eu me diverti — falei encontrando seu olhar.

— Eu também — revelou me enviando uma piscadela. — Te envio uma mensagem mais tarde — avisou e foi para casa.

Deixei minha bicicleta na garagem e entrei em casa sendo recebida pelo silêncio. Depois de deixar a mochila no quarto tomei um banho quente e desci para começar a desempacotar. Quando os minutos para o jantar se aproximaram, meu celular tocou. Atendi sem precisar ler o nome.

— Oi, pai — falei apoiando o celular na orelha.

— Como foi o colégio? Conseguiu fazer amigos? — perguntou com suavidade.

— Foi legal, consegui fazer alguns. Vou ter alguns meses interessantes — contei organizando os livros na prateleira.

— Isso é bom, sua mãe vai ficar mais aliviada — disse e parou de repente. — Escute, queria...

— Não vão poder vir para o jantar — completei lendo seus pensamentos.

— Desculpe, isso vai levar muito mais tempo do que planejamos — explicou sem entrar em detalhes.

Suspirei longamente ao alongar as pernas e apoiar as costas no sofá.

— Eu já sabia... tudo bem, eu vou ligar e comprar alguma coisa — falei conformada.

— Nos desculpe — repetiu com carinho, sorri e cocei o sobrancelha distraidamente.

— Talvez, em uma noite, eu possa chegar depois do toque de recolher — joguei e mordisquei o lábio.

— Mais 2 horas e só — aceitou me falando sorrir.

— Fechado — concordei com rapidez. — Eu preciso ir, amo vocês — me despedi.

— Também te amamos, tenha um bom jantar — E finalizou a chamada.

Entediada, olhei ao redor da sala bagunçada e depois para o celular ao senti-lo vibrar. Abri a mensagem do número desconhecido e sorri ao ver a foto de Zin e sua caixa de pizza.

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⏰ Última atualização: Jul 11 ⏰

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