O começo

8 0 0
                                    

Estou no meio da floresta correndo de uma multidão de zumbis famintos, minha perna dói pela facada que levei escapando de um abusador. Minha mochila se torna mais pesada do que nunca e meu coração começa a acelerar, não sei se vou conseguir aguentar tantos sofrimentos e dor sozinha. Se eu apenas desistir... não, eu prometi a minha mãe que nunca desistiria.

A adrenalina sobe em meu corpo rápido, como um arrepio entre as árvores da floresta. Vejo uma estrada com um pequeno posto e olho rápido ao redor do posto, vendo que havia apenas três zumbis. Não consigo pensar muito com o barulho dos errantes atrás de mim e apenas corro. Seguro o grito que queria dar, mas não era apenas de dor, era de medo e de raiva. Mais tarde ou mais cedo, eu surtaria com tudo o que vem acontecendo. Os três zumbis que estavam ao redor do posto começam a vir na minha direção, empurro a porta do posto, mas ela estava trancada.

Grito um palavrão soltando todo o ódio de mim e começo a andar cambaleando ao redor do posto, percebendo outra manada de zumbi me cercando. A opção mais obvia seria correr, mas, com o ferimento na perna, eu não conseguiria nem chegar até a esquina correndo. Precisava de um lugar pra desmaiar o mais rápido possível. Pego a faca que estava guardada na mochila e quebro um vidro, pulo a janela e alguns vidros entram na minha mão. Uma lágrima escorre do meu olho, mas não era uma boa hora pra chorar nem pra sentir dor. Pego minha faca rápido preparada pra caso tivesse algum zumbi no posto, mas não havia. Sem pensar muito, corro para empurrar o armário que estava perto da porta para a janela que quebrei.

Mato alguns errantes que já tentavam entrar pela janela. O armário não seguraria muito, mas me daria um tempinho a mais pra pensar. Olho ao redor e vejo que o posto havia uma pequena dispensa. Ouço o armário cair e depois, a única coisa que consigo ouvir, são zumbis querendo me matar na hora do desespero. Corro para a dispensa o mais rápido que pude, e assim que abro a porta, um errante cai sobre mim tentando me morder. Fico tonta com a queda e minha visão fica turva. Enfio uma faca em sua cabeça e o empurro pro lado, ainda no chão, com a visão turva, me empurro rápido pra dentro da dispensa e fecho a porta, já consigo ouvir os zumbis tentando derruba-la. Forço a visão pra olhar a porta e vejo que havia tranca. Não consigo me levantar, mas levanto o braço ate a tranca. Bem devagar, quando minha mão alcança a tranca, eu desmaio.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Abro o olho e vejo que estou no meio de um campo sem entender nada. Olho ao redor e vejo uma moça de costas com uma aura tranquila. Ela vestia um vestido branco, com sangue nas partes íntimas. Ela balançava os braços como se tivesse carregando algo, ela cantava baixinho uma canção de ninar.

Sn: Licença, sabe me dizer que lugar é esse?- Digo me afastando da moça, caso ela fosse zumbi. No mundo de hoje, todo cuidado é pouco. Observo que a ferida na minha perna tinha sumido. A mulher se vira e percebo semelhanças de zumbi em seu rosto, mas, ela parecia viva e estava chorando.

Mulher: Eu fiz tudo que podia... Por favor, proteja meu neném- A moça diz com um olhar de desespero. Eu a observo dos pés à cabeça, julgando-a. Eu nem sequer sabia se estava viva e ela me pede para cuidar de uma criança.

Sn: Desculpa moça, cuidar de mim já é difícil imagina de uma criança- Ela me olha com um olhar triste e uma leve pontada de raiva."

Mulher: Sei que você vai encontrar um lugar seguro... apenas leve-a e deixe ela lá, por favor, ela é apenas um bebê. Eu não pude protegê-la, mas você pode por um curto período de tempo, depois, apenas deixe-a com outros vivos.
Ouço um barulho como se viesse do céu e eu e a moça olhamos até que ela se vira para mim com um olhar de desespero implorando para eu prometer aquilo a ela. Começo a ficar nervosa com toda aquela pressão.

Sn: TA TA.... Eu prometo que vou leva-la ate um lugar seguro mas depois, isso não é mais da minha conta e eu vou embora desse tal "lugar seguro"- A mulher me olha como se eu tivesse lhe contado a melhor coisa do mundo e, logo depois, um barulho de algo quebrando sai do céu. A moça me olha com desespero e começa a gritar comigo falando que era para eu ir embora.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Abro lentamente o olho enquanto minha visão vai esclarecendo-se e começo a ouvir barulhos de zumbis. Essa situação desperta-me totalmente e percebo que nesta dispensa havia uma janela pequena e um zumbi tentava entrar por ali, metade do seu corpo já havia passado. Seja lá o que foi aquilo aquele "sonho" salvou minha vida. Levanto lentamente, me apoiando nas prateleiras da dispensa

Você vai servir como uma ótima tapagem aí", digo, pegando uma faca e matando o zumbi. O cheiro dele ali seria bom para impedir outros zumbis de tentar entrar pela janela da dispensa.

Eu paro por um momento para respirar e começo a observar as coisas que tinham na dispensa. Procuro por band-aid ou pano qualquer coisa que tapasse minha ferida na perna e achei álcool e uma faixa de curativo. Sento no chão e jogo uma tampinha de álcool no machucado e mordo meu braço para tentar aliviar a dor. Quando a dor ameniza, eu pego a faixa de curativo e enrolo na minha perna machucada. O posto e a dispensa já haviam sido furtados, então não havia tantas coisas nas prateleiras. Sentada no chão observo ao redor, procurando por comida, mas não havia nada. Meus olhos se voltam para baixo em tristeza e observo um pacote de biscoitos e uma pequena lata de leite em pó. Fico tão empolgada com a descoberta que esqueço-me completamente da dor e rapidamente pego os biscoitos, abrindo-os e devorando-os.

Depois de comer os biscoitos, eu tiro minha garrafa de água da minha mochila e dou um gole, guardando a garrafa em seguida. Eu pego minha faca e abro lentamente a porta da dispensa, não vi nenhum zumbi. Ando em direção à janela que tinha quebrado mais cedo e observo as prateleiras. No outro lado do posto, tem uma porta eu entro e vejo que é apenas um banheiro. Na última pia do banheiro, havia uma zumbi mulher de costas, amarrada na pia com uma corda. assovio e ela se vira pra mim percebo que era a mulher do meu sonho talvez a criança seria ela pedindo misericórdia caminho lentamente ate ela enquanto sua carcaça tenta me morder

Sn: Quando eu partir, dou a você misericórdia- Falo me sentindo triste com o que aconteceu com a mulher. Olho para cima da pia e tem uma bolsa ali. Antes de poder abrir, eu ouço um barulho vindo da cabine atrás de mim e congelo: era um bebê.

My Alibi Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora