My Alibi Carl Grimes

Prisão?

~Em um apocalipse zumbi você precisa de apenas uma coisa:Sorte de protagonista~

Começo a ouvir choros de bebê e abro os olhos lentamente, pego minha bolsa, que estava em cima de um vaso, pois eu tinha dormido dentro de uma das cabines do banheiro, pego o neném, que estava do meu lado me encarando com os olhos marejados, e balanço ele no meu colo na tentativa falha de acalmar.

Sn: Por favor, neném... Eles vão ouvir, não vou conseguir matar mais de 3 zumbis com você junto.

O neném para por um tempo, observando enquanto eu falo, mas logo depois volta a chorar. Eu nunca cuidei de uma criança antes, não tenho experiência com esses troços.

Vejo que balançar o bebê não o acalmaria e então o coloco de volta no berço. Abro vagarosamente a porta da cabine em que eu estava. No corredor do banheiro havia um zumbi de costas e a porta estava aberta. Saio da cabine com cuidado para não fazer barulho e, quando finalmente fecho a porta, o neném que estava na cabine começa a chorar.

Vejo o zumbi vindo em minha direção e pego minha faca do bolso, cravando-a na cabeça dele. Minha faca fica presa e, na porta, já vem outro zumbi. Tento puxar a faca com mais força, mas ela não saía.

O zumbi se aproxima de mim e chuto ele para longe. Vejo que a faca realmente não iria sair, então pego a cabeça do zumbi e a bato na pia do banheiro até matar o vírus. Vou até a porta do banheiro, chuto um zumbi que queria entrar e finalmente fecho. O choro do bebê começa a me dar dor de cabeça, então vou até ele e minha mochila e coloco os dois em cima da pia.

Sn:Eu não tenho mamadeira... A pessoa que te deixou deve ter deixado alguma coisa, tenho certeza disso. Me espera aqui que eu vou procurar - digo como se o bebê fosse sair andando e vou até a cabine onde o encontrei. Me sinto frustrada por não encontrar nada, mas procuro e dentro do lixo tinha uma sacola.

Abro e ali tinha uma mamadeira e um leite em pó cheio. Pego sorrindo e volto para a pia. Preparo uma mamadeira para o neném com a água que tinha na minha mochila.

O neném parece se acalmar e eu me acalmo junto, vendo ele tomando a mamadeira e me encarando com os olhinhos cheios de brilho e pureza. Talvez nenéns fossem a coisa mais pura do apocalipse, por isso era raro se ver um.

Sn: Olha... Eu vou te levar até um lugar seguro, depois vou embora, então, por favor, não me olhe com esses olhinhos para eu não sentir pena de você - digo, e a neném sorri, e eu bufo em frustração a tudo o que disse. Quando ela termina de tomar tudo, guardo na mochila e pego ela no colo. Aquele berço só iria me atrapalhar; aliás, estamos bem perto da cidade, e correr seria difícil com aquilo.

[Quebra de tempo]
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Estou caminhando pela floresta há uns dois dias. Minha comida acabou e estou tão fraca. O neném continua comigo, mais alimentado que eu. Mal sabia que, ao fazer a promessa de proteger o neném, eu estaria sacrificando minha vida. Começo a ver muros feitos de grade, e o local parecia ser uma prisão. Ao redor, estava cheio de zumbis. O homem que estava vigiando os muros me vê, e ele parece chocado.

Eu certamente nunca vi aquele cara na vida, mas ele é um gato, penso, antes de ver o homem falando com alguém perto dele. Ele e mais uma mulher começam a descer da torre, e ali eu caio no chão, quase inconsciente. Consigo ouvir tiros e o homem gritando "NÃO", e finalmente tudo fica preto.