Jenny - taekook

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"Você não vai me dizer, meu irmão,
porque há estrelas lá em cima?
Nós podemos começar a seguir em frente".

Lost in my mind
The Head and The Heart
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O dia amanheceu como qualquer outro no apartamento de Jungkook, mas seu corpo estava próximo ao de Taehyung como nunca esteve antes.

Adormeceu através dos soluços que insistiam em sair de seu peito, por tudo o que passou horas atrás com sua mãe e do ódio que sentia dela e de si mesmo. Ódio dela por ser do jeito que era, e ódio de si por ser do jeito que era.

Jeon acordou com a cara inchada e amassada, com bolsas grandes embaixo dos olhos que entregavam a noite difícil que havia tido. Apesar dela, tratou de acordar Taehyung ficando por cima de seu corpo e abraçando ele um pouco mais forte.

— O que foi, amor? — Perguntou Taehyung com a voz mais rouca que o comum, ainda abatido pelo sono.

— Não quero que você pense que fiquei mal por causa da gente, tive medo que você se sentisse culpado.

— Pra falar a verdade, me senti sim. Se soubesse que ela agiria daquele jeito, nunca teria reclamado de você não se assumir. — Disse Taehyung, agora se sentando, mas mantendo o corpo de Jungkook junto ao seu. — Me perdoa, por favor, eu...

— Não peça desculpas. — Interrompeu, Jungkook. — Nada disso é culpa sua, ela sempre foi desse jeito. E eu não me arrependo de nada, diria à ela sobre nós mesmo que acabasse apanhando de novo.

Continuaram na cama por muito mais tempo sem terem a menor vontade de se levantar, não havia ali nenhuma pressa e nenhuma necessidade de falar nada. O destino parecia turbulento, mas ali naquele quarto tudo estava tranquilo como deveria ser.

No decorrer do dia, Taehyung e Jungkook começaram a guardar as coisas que eram mais fácies de colocar em caixas. Não tinham nem ideia de onde iriam morar e nem o que fariam para pagar o aluguel, já que não ganhavam bem o bastante, mas estavam fazendo o que tinha que ser feito.

Jimin entrou em surto logo que soube o que aconteceu, Jungkook precisou repetir diversas vezes que estava bem e que ele não precisava se preocupar com nada, mas as palavras de Jungkook simplesmente entravam por um lado do ouvido de Jimin e saiam pelo outro.

— Não acredito que aquela senhora teve a coragem de ameaçar vocês assim! — Falava, Jimin, sem a menor vontade de diminuir o tom de voz. — Só de imaginar a cena, juro, me dá nos nervos!

Taehyung só podia concordar com a reação nada exagerada do amigo de Jungkook, ele mesmo não sabia como fez para se controlar tanto diante daquela cena. Se via enchendo aquela velha de socos, parando na delegacia e pegando 10 anos de prisão. Talvez essa ideia de ficar preso e longe de Jungkook foi o que deu forças para ele se segurar.

— Meu pai vai vir em breve. — Comentou Jungkook, mudando o assunto. — Não sei como ele está, faz anos que não converso com ele.

— Eu não lembro de ter conhecido ele, bebê. — Disse Taehyung, puxando o mais novo e o abraçando por trás enquanto apoiava seu rosto no vão do pescoço de Jungkook.

— Você não conheceu, eu mesmo não lembro muito de já ter visto eles juntos. — Respondeu Jungkook, tentando não entrar na melancolia que era pensar naquilo. — Acho que a minha mãe e meu pai se amaram uma época, mas eu não estava junto nessa parte.
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Tudo o que podiam colocar em caixas já estavam quando eles pararam para dar uma volta, o dia estava claro a pesar de frio e parecia ser uma boa ideia sair para uma caminhada.

Andavam tranquilamente no parque pouco movimentado, de mãos dadas, e o olhar dos outros não parecia abalar eles nenhum pouco. Jungkook se sentia bem, porque mesmo após ter sido rejeitado pela mãe que o criou desde sempre, ainda tinha alguém que o amava e que ele amava também.

Há famílias que não escolhemos, mas outras que nos escolhem.

— Vamos dar um jeito, meu bem. — Disse Taehyung. — Acharemos uma casa, um lugar para ficar e chamar de nosso. Encher de vários bebês e gatinhos, viveremos o felizes para sempre das princesas da Disney.

— Não sabia que você curtia esse tipo de filme. — Respondeu, Jungkook, rindo. — Qual a sua princesa favorita?

— Cinderela porque ela é pobre! Ela me representa! Me empresa 1000 wons?!

Jungkook começou a rir até perder o fôlego, sem esperar aquele tipo de resposta. Taehyung se permitia rir junto, amando aquele momento, satisfeito em conseguir fazer Jungkook rir a pesar de tudo o que ele estava passando.

Chegaram em casa perto das 18hs, e pediram pizza para o jantar, comeram no quarto com a porta fechada para evitar a interrupção dos gatos que estavam enlouquecidos pelo cheiro da comida.

— Podemos ficar aqui até o meu pai aparecer. Tentei ligar para ele, mas não me atendeu.

— Você acha que é por que ele está com raiva?

— Eu não sei, meu pai nunca foi de atender o celular, mas do jeito que a minha mãe é manipuladora isso pode ter acontecido.

— Só nos resta esperar para ver...

Dias se passaram e a ansiedade do casal só aumentava, tentaram ligar para o senhor Jeon diversas vezes em muitos momentos, mas não obtiveram resposta.

Também não tiveram sucesso com a busca por um novo apartamento, tudo estava muito caro e totalmente fora do que eles podiam pagar ainda que juntassem seus salários. A última alternativa seria se mudar para algum lugar no interior, onde fosse possível encontrar apartamentos baratos para morar, ainda que colocasse em risco a segurança e a vida social dos dois.

Jeon detestaria ter que se despedir de seu melhor amigo, e o mesmo ocorreria com Taehyung. Só podiam torcer para que não precisassem sair imediatamente, que por alguma sorte o pai de Jungkook pudesse ser mais humano e deixar que eles ficassem onde estavam até acharem um lugar para ficar.

De repente, em mais uma manhã como todas as outras, o interfone do apartamento de Jungkook tocou. O mais novo olhou para ele com o coração acelerando, sentindo um nervosismo e o início de uma crise de ansiedade.

Taehyung não disse nada, a pesar de já imaginar o que seria, gesticulou para que Jeon fosse atender o interfone e aguardou em silêncio enquanto o via falar.

— Sim, pode deixar subir. — Disse Jungkook, devolvendo o telefone no gancho para olhar para Taehyung em seguida. — É o meu pai. Ele está vindo.

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Ooiii gente, como vocês estão??

Eu sei que ando sumida e já peço desculpas, minha vida está a maior correria e eu não recomendo a vida adulta pra ninguém. Sério, aproveitem o tempo de escola quem tiver.

Já já vou atualizar de novo, só não digo quando kkkk to brincando.

Fiquem bem! Obrigada a todo mundo que leu até aqui e por todo apoio que recebo de vocês, me deixa felizona de verdade
❤️❤️❤️