24 ◆︎ Parte Vinte e Quatro

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Sabendo com quem estava lidando, Taehyung foi sozinho para o local marcado para o encontro com o antigo sócio. Se arriscaria por sua família, não importando consigo mesmo e com o que viria a acontecer quando estivesse diante de seu maior inimigo, a pessoa que ele tinha ajudado a polícia a colocar atrás das grades.

Ao chegar no galpão abandonado, no limite de Daegu, entrou no lugar com as mãos erguidas, simulando rendição. Bastou caminhar mais um pouco e avistou Song Kihyung sentado à uma mesa de chá perfeita. O lugar parecia outro, estava arrumado e limpo, a única diferença eram os vários capachos de Kihyung espalhados pelo galpão, todos empunhando armas contra sua cabeça.

ー É muito bom voltar a te ver, Kim Taehyung. ー Levantou-se para recebê-lo.

ー Não me importo se vai me matar, desde que isso acabe aqui. ー Se aproximou confiante, ainda que por dentro estivesse morrendo de medo. ー Não quero que respingue naqueles que eu amo. ー Ele ficaria satisfeito se tudo terminasse com sua morte.

ー Sente-se e vamos tomar um pouco de chá. ー Afastou a cadeira, se sentando no lado oposto.

ー Está com cianureto? ー Perguntou sarcástico, segurando a xícara pela asa.

ー O gosto do cianureto se confunde muito com-

ー Já li todos os livros de Agatha Christie, vamos direto ao ponto, por favor. ー Sem medo, bebericou o chá, cruzando as pernas. ー O que quer dessa vez? Uma surra? Tiros? Tortura? ー Insinuou, irônico. ー Quanto mais rápido isso terminar, melhor será para todos. ー O mais velho arrastou os cantos dos lábios em um sorriso sutil.

ー Você tem uma ideia errada de mim, querido. ー Foi sua vez de bebericar o chá. ー Nunca parou para analisar sobre o quanto somos parecidos? ー Apoiou as costas na cadeira, colocando a xícara de porcelana sobre o pires.

ー Eu não me pareço com um monstro como você. ー Proferiu irritado. ー Sei sua ficha completa; roubos, mortes, torturas. ー Apoiou os cotovelos na borda da mesa, se inclinando em sua direção, confrontando-o.

ー Na minha família, só morre quem merece. ー Declarou, igualmente impaciente. ー Não são tolerados quaisquer desrespeitos. ー Taehyung movimentou-se desconfortável. ー Sofre quem merece sofrer. ー Seus olhos fixaram-se aos seus.

ー Não estou interessado na sua família. ー Cruzou os braços, olhando na direção oposta.

ー A nossa família, Taehyung. ー Soltou de repente, trazendo a atenção do alfa para si. ー Você é meu filho e como eu sei que não acreditaria na minha palavra, pedi um teste de DNA e o resultado está pronto, veja com seus próprios olhos. ー Deixou a pasta com o exame sobre a mesa. ー Eu não sabia que a sua mãe estava grávida de mim, só descobri anos depois. Você não é filho daquele alfa patético que você acha que é seu pai, eu sou seu verdadeiro pai e está na hora de assumir meu lugar na sua vida. ー Afirmou com uma convicção absurda. ー Eu sou um monstro, um alfa odioso, mas ainda sou seu pai, Taehyung, e você não pode fugir disso. ー Lançou-lhe um olhar límpido, muito diferente do habitual.

ー Não é verdade. ー Protestou, furioso. ー Não pode ser verdade. ー Chiou mais um pouco, inconformado com a notícia repentina.

ー Faça você mesmo um teste de DNA. ー O desafiou. ー Sungwoo não é o santo que você acredita. ー Seu tom se tornou insinuante, provocativo. ー Ele foi o responsável pela morte de Eunwoo. ー Revelou, deixando o outro ainda mais incrédulo.

ー A Soomin pôs fogo na casa. ー Bem, era o que todos acreditavam.

ー Isso foi o que ele fez parecer. ー Contrapôs, apoiando os cotovelos na borda da mesa. ー Ele odiava o Eunwoo, não odiava? ー Perguntou, encarando o mais novo.

Ex De Um Milionário ★ TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora