Dia com moranguinho

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O tempo estava nublado e o frio reinava nesse dia. Em meio às cobertas o casal dormia calmamente, enquanto aqueciam um ao outro. O barulho irritante do alarme ecoava pelo quarto, eram 10 ou 11 horas da manhã? Nenhum dos dois sabiam dizer. O mais novo se sentou na cama, ainda raciocinando o que estava acontecendo. O garoto desligou o aparelho que estava o incomodando e se deitou novamente nos braços do namorado. Yamaguchi ainda estava com sono, mesmo dormindo a noite toda, sem nenhuma interrupção. Por quantas horas eles haviam dormido? 12 ou 13 horas seguidas? Eles nem se importavam, afinal, era sábado.

Tsukishima, que agora estava um pouco consciente por causa do alarme, reparou que respirava pela boca. O seu nariz estava entupido e isso o deixava desconfortável. Desde o momento em que sua mente o fez perceber que não respirava pelo nariz, a dificuldade de respirar pela boca aumentou, fazendo-o ter falta de ar. O louro tirou Yamaguchi de seus braços e se sentou na cama, esticando a mão direita para pegar o "jatinho do nariz" e um lencinho antialérgico que ficava em seu criado-mudo. O garoto espirrou o líquido do frasco dentro das narinas, logo depois puxou o ar, o mesmo pegou o lencinho que segurava na mão esquerda o botando sobre o nariz, tendo o prazer de finalmente poder respirar melhor ao ver o escarro no papel, dobrou o mesmo e jogou no lixo que ficava do lado de sua cama quando ficava nessas situações.

Kei se deitou novamente, colocou o de sardas na posição que estava antes e fechou os olhos. Com certeza dormiria mais se não tivesse recobrado a consciência.

— Kei. — Murmurrou o menor, o mais velho abriu seus olhos e observou Tadashi, ainda com os olhinhos fechados e babando na manga de sua camisa. — Você está bem? — Perguntou baixinho.

— Sim, Yama. — Susurrou para o de olhos castanho escuro, dando um selar em sua testa.

— Que bom! — Disse devagar, ainda sonolento.

Os dois ficaram deitados por um tempo, Tsukishima acordado e Yamaguchi cochilando abraçado à si. O mais velho admirava o quão o namorado era lindo dormindo, era relaxante o ver dessa forma, agarrado em seus braços e sentindo o mesmo respirar contra o seu peito. Eles poderiam ficar assim o dia todo, eles queriam ficar assim o dia todo, mas nem tudo é querer. Kei escutou batidas na porta, logo ela é aberta. Seu irmão mais velho, Akiteru, estava com a porta entre aberta olhando para o casal deitado na cama.

— Desculpa estar atrapalhando, Kei. — Susurrou o rapaz envergonhado, o Tsukishima mais novo o observava com atenção. — Mas já vai dar meio dia, vocês precisam acordar. Mesmo que não façam nada o dia todo. — Concluiu sua frase, fechando a porta devagar.

Que coisa! Kei não queria ter que tirar Tadashi de seu cochilo, ele estava tão fofo. Mas o irmão tinha razão, eles precisavam acordar, precisavam fazer suas necessidades básicas e comer alguma coisa. O maior tirou uma mecha verde escuro da testa do namorado e botou para trás da orelha, deixando espaço livre para os beijos que seriam depositados lá.

— Amor, nós temos que nos levantar. — Disse o louro, fazendo cafuné no garoto à sua frente, descendo os beijos, passando a deixar selares por sua face cheia de sardas e no cantinho de sua boca, algumas vezes na mesma.

— Tsukki... — Falou coçando os olhos. — Por favor... — Bocejou.

Seria difícil fazer Yama levantar. Afinal de contas, ter um Yamaguchi manhoso abraçado consigo era um dos seus principais pontos fracos.

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— Bom dia, Akiteru! — Falou o esverdeado, se sentando na mesa que o irmão mais velho de Kei estava. Enquanto o mesmo vai para cozinha para pegar algo para os dois comerem.

— Boa Tarde, Tadashi. — Respondeu, tirando os olhos do computador em sua frente. — O que aconteceu? Você e Kei não costumam acordar nesse horário. — Perguntou.

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