incondicional, richard ríos

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𝗠𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗟𝗮𝗿𝗮 𝗗𝘂𝗮𝗿𝘁𝗲

— Maria, está pronta querida? — Nego em sinal de resposta ao meu pai. — Laís já chegou, está conversando com sua mãe.

— Avisa que já desço, só vou pegar minha bolsa. — Vejo o mais velho assentir e sair do meu quarto.

Tenho boa relação com os meus pais, um pouco melhor com o meu pai, apesar de ter 20 anos moro com eles, achei mais fácil devido eu fazer academia depois da faculdade e trabalhar a tarde.

Mas como hoje é sexta-feira mereço uma paz. Pego minha bolsa e meu celular, assim que desço vejo Laís, uma das minhas melhores amigas.

— Finalmente, achei que iria morar naquele quarto. — A morena vem até mim e me puxa. — Tchau tios.

Laís é quase uma irmã pra mim, temos pouca diferença de idade, uns possíveis 4 meses, por aí. Inclusive a mãe dela é minha madrinha. O caminho até a tal festa durou cerca de uns 17 minutos? Sei lá.

— Valha, como se localiza? Até nas resenhas do teu ex era mais fácil se localizar Mari. — Resmungava.

Meu ex por ser jogador sempre tinha uma resenha, uma das coisas que desgastaram nosso ex-relacionamento.

Tive um relacionamento de uns 2 anos e meio, era tranquilo em questão de brigas mas bom, ele sempre em uma festa aqui e lá. Não era que eu não confiava no meu namorado mas ele preferia noites de altas festas e farras do que noites comigo.

— Tenho cara de Google maps? Vem, to afim de um drink. — Bufo puxando ela até o barzinho. Ficamos um tempo bebendo até a mesma levantar e se virar pra mim.

— Vou dançar, vem? — Nego. — beleza, só não some. — Assinto e vejo ela ir pro meio dançar.

Sendo sincera? Só topei vir pela Laís, nossa única outra amiga parceira namora então obviamente não arrastamos ela pra esse tipo de lugar, temos noção. Em questão de segundos perco Laís de vista, mas que merda!

Tento achar ela por uns 10 minutos mas nada, nenhum sinal. Melhor ficar onde eu tava, vai que apareça.

Senti um olhar queimar sobre mim e franzi o cenho em ver um moreno todo tatuado me observando, feio não é. Pera que? Foco Duarte, você tem que esperar a Laís.

— Opa, um copo de whisky. — Saio dos meus pensamentos com o mesmo moreno em minha frente, quando foi que ele saiu de um canto pra outro? Eu realmente me assusto com os flashes das pessoas. — Valeu. — O mesmo se senta na cadeira que meia hora atrás Laís ocupava, o silêncio entre nós dois não me incomodava mas ele fez questão de quebrar. — Ta tão sozinha que encara a alma dos outros, mas com todo respeito.

— Falou comigo? — Pergunto enquanto tomo meu drink e percebo ele concordar com a cabeça. — Ah não, tava caçando minha amiga que sumiu.

— Acho que estamos kit's morena, os dois sem os amigos. — Dou de ombros.

— Deve ter ido se pegar com alguém, não sei porque ainda aceito sair com ela. — Deixo meu drink encima do balcão.

— Mudando de assunto, seu sotaque não parece ser daqui. — Já saquei que ele quer puxar assunto, to sozinha mesmo, sem a Laís, não custa nada.

— E não sou, nasci no sul mas com 3 anos vim pra cá por causa do trabalho do meu pai. Já seu sotaque é bem de paulista mesmo. — Ouço uma risada baixa.

— Mas não sou, sou da Colômbia. — Quem em sã consciência saí da Colômbia e vem pro Brasil? Tipo, o Brasil!

— Entendi, o que te faz ser corajoso de sair em uma sexta feira a noite? — Já to rezando 3 pai nosso pra Laís aparecer, chega a ser sacanagem.

— Vim acompanhar um amigo que sumiu, e você?

— O mesmo mas no meu caso fui arrastada. — Bufo.

— Porque arrastada? de vez enquando é de boa sair sextas.

— É o pacto com o capeta que eu to fazendo, minha amiga acha que pra superar meu ex preciso ficar saindo pra espairecer a cabeça. Mas que nada, eu preciso é da minha cama, sorvete e Disneyplus.

— Sei bem como é. Mas então, qual o nome da donzela? — Antes que eu pudesse responder Laís apareceu.

— Finalmente te achei Duarte, teu pai me perguntando de você e tu sumida, mandou ir pra casa. — Ta toda ofegante, certeza que tava se pegando com alguém. — Você eu não conheço. — Sinto o olhar malicioso dela. — Ih, peguete? Já avisando que ela tem mal gosto e torce pro Grêmio.

— Você torce pro Corinthians, tecnicamente não tem opinião. — Pego minha bolsa e levanto. — Se vemos por ai Colômbia.