Aquele com o ciúmes

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S/n Ballard

— Como você teve coragem de dizer algo assim? — franzi as sobrancelhas com a pergunta da Olivia. Eu estava a acompanhando no ensaio de seu próximo show que acontece só no fim do mês em Dublin, na Irlanda. Nesse momento ela estava em uma pausa para descansar.

— O que eu disse? — devolvi a pergunta e ela me entregou seu celular, onde havia uma matéria sobre a minha última entrevista — Eu falei algo errado?

— Claro que falou — ela me olhou como se eu estivesse cometendo um crime — Você disse que não tem ninguém em mente para um relacionamento sério, o que obviamente é mentira. Eu me pergunto como a Kendall reagiu a isso, porque eu ficaria muito brava se eu fosse ela.

Revirei os olhos com o drama. Kendall já havia brincado sobre o que eu falei, e não acho que ela tenha se importado com isso, julgando pela forma descontraída que conversamos sobre essa entrevista. Olivia só estava exagerando, como sempre faz, o que é quase um evento canônico na nossa amizade.

— Ainda bem que você não é a Kendall, então — devolvi o celular dela e balancei os ombros — Sinto muito em te informar sobre isso, mas Kendall e eu já conversamos e ela nem ao menos ligou para isso aí.

— Ou ela só fingiu que não ligou — ergueu as sobrancelhas e me olhou como se essa fosse a coisa mais óbvia do mundo. Eu a ignorei — Deixa eu ver a forma que ela falou e eu te digo se ela fingiu ou falou a verdade.

— Não? — sacudi a cabeça. Eu nunca deixaria a Olivia ler minhas mensagens, mesmo que o conteúdo não seja nada mais do que conversas comuns sobre nossos dias.

— Vai, S/n. Por favor — ela me olhou com uma cara de cachorro abandonado, mas isso não me convence mais — Eu sempre deixo você ler minhas mensagens com o Louis!

— Eu nunca pedi para ler — me defendi e ela ficou brava — Nós conversamos por ligação, idiota. Não tem o que você ver nas nossas conversas.

— Chata — me mostrou a língua — Tomara que a Kendall te troque pelo ex só para você aprender a ser mais legal.

— Essa foi surpreendente. Até vindo de você.

— Ok, eu peguei um pouco pesado nessa — ela se levantou a parou na minha frente — Desculpe.

— Tudo bem — aceitei o abraço que ela me ofereceu.

A linguagem de amor da Olivia é toque físico, então em qualquer oportunidade que ela queira demonstrar que gosta de uma pessoa, ela vai abraçá-la, ou segurar a mão, enfim... Eu não sou muito de abraçar, mas já me acostumei com esse jeito dela.

Assisti todo o seu ensaio e até fingi que não gostei muito quando ela me perguntou o que eu achei, mas a verdade é que está tudo muito incrível. Desde toda a estrutura, as luzes e a banda dela, até a voz incrível e a presença de palco que a Olivia tem. Eu tenho muito orgulho dela, só não falo isso para ela porque seria insuportável aguentá-la depois disso.

Saímos juntas para comer logo após o fim do ensaio, em um restaurante italiano, que foi escolha da Olivia. Haviam alguns paparazzi na entrada do restaurante, mas nada que nos atrapalhasse. Um deles até perguntou onde estava o Louis e a Olivia abriu um sorriso enorme, como a grande boba apaixonada que ela é, mas não respondeu a pergunta.

Interesse Mútuo [Kendall Jenner]Onde histórias criam vida. Descubra agora