CAPÍTULO 27 - O ENIGMA DA CORVINAL

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*Hey, pãozinhos de mel, voltamos, espero que gostem (nos perdoe o atraso, mas fizemos nosso melhor😔). Corvinos, este é pra vocês*

AVISO ESTE CAPÍTULO PODE CONTER CONTEÚDO SENSÍVEL QUANTO A RELACIONAMENTOS FAMILIARES.

Neji respirou fundo naquela manhã. Inalou a brisa de verão e sentiu o cheiro da fuligem que saia do expresso de Hogwarts. Voltar para casa era sempre um turbilhão de sentimentos, um misto de saudade e apreensão, aconchego e desconforto. Com a mala das irmãs em mãos, subiu no vagão da primeira classe, e se despediu de Sasuke e Temari ao longe com um aceno de cabeça, cada um se dirigindo à cabine de suas famílias. Se sentou de frente para suas irmãs e observou o silêncio que pesava no ar, denso; podia ser cortado com uma faca, se houvesse uma ali. Nos olhos das meninas era possível ver a tristeza, e uma pitada de raiva nos de Hanabi.

Aquilo sempre o incomodou. Mas agora. Depois de tudo que aconteceu naquele ano, tudo parecia muito pior. As dores de sias irmãs lhe doía na alma e no corpo, suas mãos suavam de leve mas tentava levar a mente para longe, mas só pensava nela. As longas horas de viagem o fazia voltar no tempo. Diretamente para aquela noite do jogo de quadribol.

*Começava a chover. Logo depois que a salvou, o céu se desfez em água. Como se chorasse antecipadamente por aquilo que viria a seguir. O uniforme ensopado respingava sobre o chão de pedra. Chamado às pressas ao escritório improvisado do Primeiro-Ministro da Magia, Neji não pôde trocar de roupa, e molhado, tremia das plantas dos pés até os fios de cabelo. Seria o frio? Pavor? As duas coisas certamente, mas só podia acreditar na primeira. Ele não podia tremer de medo do próprio pai. Poderia?

Antes que batesse na porta, as duas irmãs saíram de lá. Ele não fazia ideia do que se passara ali dentro.

— Os Hyūgas são a elite mágica. Sangue bruxo límpido por gerações, sem máculas. O Poder ancestral corre em suas veias. Vocês são mais capazes do que qualquer outro bruxo ou bruxa nessa escola, independente se são mulheres ou não. Somos abençoados com a aparência perfeita e a nobreza.

Ambas as meninas de pé rígidas ao lado do pai não ousavam olhar para ele e apenas movimentavam de leve a cabeça em concordância.

— Vocês são meus filhos. Uma extensão de mim. Se algo acontece a vocês, quem também é afetado?

— Você, papai – elas respondem em coro.

— Isso, e por consequência?

— Toda a casa Hyūga.

— Exato. A perfeição é uma benção. Mas também é um fardo. E a vida é dura, mas só para quem quer moleza e eu os amo. Quero que vençam todas as batalhas que tiverem que enfrentar. – fez uma pausa, e analisou a filha que lhe parecia mais racional – Porém, Hanabi, você sabe me dizer o que acontece quando uma fruta podre entra em contato com as demais?

— Apodrece todas as outras. – a voz dela era firme.

— Isso! E quem é ela? – ele faz um sinal para que elas o encarasse.

— Ela quem? – Hanabi responde em tom baixo, mas com o nariz empinado. Seus olhos assumíam um tom prateado. Afiados. Como Hinata a admirava. Era a mais nova mas ninguém nunca suspeitava disso.

— A fruta que seu irmão ameaça trazer para nossa cesta de espécimes perfeitas.

— O senhor quer saber da Tenten?

— Tenten… – ele pronunciou o nome lentamente. – quem é ela?

Antes que Hanabi pudesse dizer qualquer coisa. Hinata entra em transe. Byakugan. E vislumbra o futuro. Toda a variedade de respostas que poderiam dar ao pai e o futuro do irmão por consequência.

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