Meu nome é Cameron Sage (Snarry) - | TRADUÇÃO |

Deite-me

“Onde está o bolo?”

“Que bolo?”

“Você sabe…o bolo de casamento.”

“Sage, pelo amor de Merlin. Quantas vezes hoje eu vou ter que te lembrar que isso é um vínculo, não um casamento?”

“Certo. Desculpe. Não sei por que tenho todas essas ideias ridículas sobre como isso deveria ser. Obviamente, nunca fui a um vínculo, mas também nunca fui a um casamento! Como essas coisas entraram na minha cabeça?”

“Eu me faço essa pergunta quase todos os dias.”

Cameron fingiu uma carranca e Snape o guiou em direção ao bar. Sim, álcool era mais que bem-vindo.

Snape colocou um copo de uísque aguado na mão. Cameron virou-o e estendeu-o para o barman para que o enchesse novamente. Eles voltaram para suas posições na periferia, onde Cameron se encostou na parede para observar a multidão e Snape agiu como se ninguém mais estivesse presente e tivesse olhos apenas para seus sapatos.

Cameron determinou que os poucos professores de Hogwarts que ele tinha visto antes devem ter ido embora logo após a cerimônia, então não havia ninguém lá que ele conhecesse. Ele também notou que, embora todos parecessem um pouco embriagados, ninguém estava bêbado o suficiente para fazer algo realmente interessante.

“Então, você já foi a um evento de união antes?”

“Dois. Eu também fui a um casamento, e devo dizer que eles são notavelmente parecidos.”

"Sim?"

“O oficiante fala sobre o significado e a importância de um vínculo ou casamento, o casal faz votos de afeição eterna e fidelidade, então depois todos ficam tão bêbados quanto a propriedade permite. Há danças estranhas, parabéns insinceros e uma superabundância de flores. Notavelmente similar.”

“Exceto pelo bolo.”

Snape inclinou a cabeça. “Exceto pelo bolo. E as bênçãos concedidas pelos atendentes. E, claro, o fato de que metade dos casamentos terminam em divórcio.”

“Bruxos e bruxas tendem a ficar juntos, então?”

“Eles não têm escolha. Não há divórcio no mundo mágico.”

“Uau. Sério?”

“Há certos casos, como um cônjuge recebendo uma sentença perpétua para Azkaban ou caindo em um coma mágico permanente, em que um vínculo pode ser declarado nulo, mas é raro. Como você pode imaginar, vínculos não são feitos levianamente.”

“Não, eu acho que não.”

Cameron tomou um gole de sua bebida. A ideia de estar ligado a outra pessoa para o resto da vida, de ser irreversível, deveria ser aterrorizante. Era o tipo de coisa que o faria estremecer no passado. Ele não sabia quando as coisas tinham virado de cabeça para baixo em sua cabeça, mas agora a ideia parecia... bem, reconfortante.

Ele imaginou algo semelhante a desfrutar de uma xícara de chá perfeita pela manhã — envolvendo as mãos em volta da xícara quente, sentindo o vapor no rosto, saboreando o gosto familiar — mesmo que normalmente não percebesse enquanto pairava na terra nebulosa entre os sonhos e a verdadeira vigília.