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Não acredito que vou sair de casa após hibernar às férias inteiras aqui dentro do meu casulo inabalável - meu quarto. Mamãe estava começando a falar que eu só tinha que ser enterrado, já que eu não fazia nada.
Já estou todo pronto, blusa social branca, bermuda igualmente clara, os cabelos loiros recém cortados penteados para trás, um leve batom cor cereja nos lábios carnudos, também uso algumas miçangas nos braços e um pequeno colar de prata ao redor do pescoço.
Calço meu chinelo que tinha seus respeitáveis, tamanho trinta e cinco. Pego o perfume mais cheiroso que eu tinha – Malbec Ultra Bleu –, passo por meu pescoço e nuca, agora sim, cheiroso e bonito.
Ando até a cabeceira de minha cama, buscando meu celular, entro no contato de Ester, ligando para a garota.
— Ester? — Pergunto ao saber que a ligação fora atendida.
“ Oi Ji! ” — Escuto sua voz animada do outro lado da linha.
— Já 'tô pronto, tá saindo já?
“ Tô mais ou menos, falta o batom. Mas pode ir descendo, já te encontro lá com o seu Zé! ” — A garota estava concentrada em algo, sua respiração era atrasada e pesada.
— Passe batom direito, Ester! — Provoco, escutando seus resmungos e xingamentos baixinhos, desligo a ligação.
Dou uma última olhada em minha aparência, arrumando alguns fios rebeldes em minha cabeleireira loira. Guardo meu celular na pequena bolsa que eu carregaria comigo, passando um protetor labial antes de sair de meu quarto.
Desço às escadas, avisando minha mãe com antecedência que já estava saindo. Pego minhas próprias chaves e tranco a porta do apartamento, indo até a portaria do condomínio.
— Ji! — Escuto o grito fino e estridente de Ester, me viro rapidamente em sua direção. Vejo a garota acenando para mim, animada.
Ester corria como um pinguim, era extremamente engraçado. O velho ao meu lado que parecia carrancudo, ria da atitude da menina, resmungando de que ela era "exagerada".
— Ah, Ester! Se gritar assim pensarei que quer chamar o garoto do outro lado do mundo — Ele bagunça o cabelo da menina que havia acabado de chegar, arrancando risos baixos de mim.
— 'Pô, tio! Acabei de dar um jeito na juba e 'cê faz assim? — Teté rapidamente puxa um pequeno espelho e começa a ajeitar seu cabelo que foi bagunçado.
— Bora 'guria, tá muito amostradinha 'pro meu gosto! Vai encontrar alguém lá? — Pergunto, sorrindo ao sentir o leve tapa em meu ombro e me viro para o senhor ao nosso lado. — E você senhor Zé, como tá indo? A vovó tá bem?
— A 'muié tá bem, pequeno Ji! E o velho aqui, duro na queda! — Ele sorri, apesar da face carrancuda, o senhor Adeilson era um homem muito gentil.
— Quando puder leve a vovó para dar um rolê lá em Copacabana! A gente volta pra dar o feedback! — Digo, vendo o Uber que pedi chegar na frente do portão.
Nós nós despedimos e confirmo corrida antes de entrar no Uber, sendo acompanhado por Ester. Era a primeira vez que eu ia em uma dessas festinhas dela, não era uma idéia muito confortável para mim, mas, era isso ou assitir "Matilda" pela quinquagésima vez, durante todas as férias!
— Tá animado para conhecer outras pessoas? — Ela pergunta, e eu prontamente, nego. — Ah, você nasceu com quantos anos Jimin, oitenta? — Resmunga, me dando um beliscão em minha coxa.
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Miçangas Do Amor [JIKOOK] REESCRITA.
FanficVocê já ouviu falar da "Dama e o Vagabundo"? Park Jimin e Jeon Jungkook, dois opostos com vidas e traumas diferentes mas, com uma coisa em comum, o amor. Jungkook um favelado do Rio de Janeiro com experiências e sabor do mundo em que vive, Jimin...