Ascensão Negra[Tradução]

Capítulo 2: Sombras da Decepção

Resumo:
Harry começa a suspeitar de seus amigos, notando inconsistências em seu comportamento e suas próprias lacunas de memória. Draco sutilmente sugere que Dumbledore e os Gryffindors podem estar manipulando-o.
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A manhã fresca de outubro amanheceu com uma quietude inquietante que pairava sobre os terrenos de Hogwarts. O sol mal estava aparecendo no horizonte enquanto Harry Potter se dirigia ao Salão Principal para o café da manhã. Apesar do dia fresco, um ar de desconforto parecia se agarrar a ele, um sussurro persistente de suspeita que se instalara desde sua conversa com Draco Malfoy.

De manhã,
o Salão Principal já estava cheio de alunos quando Harry chegou, a mesa da Grifinória cheia com a conversa e risadas de sempre. Ele viu Ron Weasley e Hermione Granger em seus assentos de sempre, absortos em uma discussão acalorada sobre sua próxima redação sobre Transfiguração. Ao se aproximar, Ron olhou para cima, seu rosto se abrindo em um largo sorriso.

"Bom dia, Harry!" Ron gritou, acenando para ele. "Dormiu bem?"

Harry forçou um sorriso, sentindo uma pontada de culpa por sua crescente desconfiança em relação aos amigos. "Tão bem quanto se pode esperar," ele respondeu, sentando-se ao lado de Ron. Hermione levantou os olhos de suas anotações, dando a Harry um olhar preocupado.

"Você tem estado quieto ultimamente, Harry," ela disse suavemente. "Está tudo bem?"

Harry hesitou, sentindo o peso de seus segredos pressionando-o. "Só muita coisa na minha cabeça," ele disse finalmente, pegando um pedaço de torrada. "Nada para se preocupar."

Os olhos de Hermione se estreitaram levemente, mas ela não insistiu no assunto. Em vez disso, ela voltou a conversa para suas tarefas, e Harry se deixou levar pelo ritmo familiar de sua rotina matinal. No entanto, sob a superfície, sua mente estava correndo com dúvidas e perguntas.

Conforme o dia passava, a sensação de desconforto de Harry só aumentava. As aulas passavam em um borrão de palestras meio ouvidas e notas inacabadas, seus pensamentos continuamente retornando à sua conversa com Draco. Quando o almoço chegou, Harry se viu vagando pelos jardins do castelo, buscando solidão e clareza.

Ele estava cruzando o pátio quando sentiu um puxão repentino em sua manga. Virando-se, ele se viu cara a cara com Draco Malfoy, que pareceu igualmente surpreso em vê-lo.

"Potter," Draco disse, olhando rapidamente ao redor para garantir que estavam sozinhos. "Precisamos conversar. Agora."

Harry assentiu, seguindo Draco para um canto isolado do pátio. A expressão do sonserino estava tensa, seus olhos disparando nervosamente. "Eu estive pensando," Draco começou, mantendo a voz baixa. "Há algo mais acontecendo aqui do que apenas as manipulações de Dumbledore."

Harry franziu a testa. "O que você quer dizer?"

Draco respirou fundo, olhando ao redor como se esperasse que alguém saltasse a qualquer momento. "Acho que nossos pais podem estar envolvidos. Meu pai tem agido estranho ultimamente, e eu o ouvi falando sobre você... e Dumbledore."

Harry sentiu um arrepio percorrer sua espinha. "O que ele disse?"

Os olhos de Draco se moveram rapidamente em direção ao castelo, depois de volta para Harry. "Ele mencionou algo sobre linhagens e poder. Algo sobre manter você sob controle."

A mente de Harry correu. As implicações eram surpreendentes, mas elas se alinhavam com o sentimento inquietante que estava crescendo dentro dele. "Precisamos descobrir mais," ele disse, sua voz firme. "Precisamos de provas."

Draco assentiu, um brilho determinado nos olhos. "Concordo. Precisamos cavar mais fundo. Se nossos pais estão envolvidos, é maior do que pensávamos."

Na biblioteca
Naquela noite, Harry e Draco se encontraram de volta à biblioteca, escondidos entre as enormes pilhas de livros. Eles se debruçaram sobre textos antigos sobre herança mágica, feitiços de compulsão e manipulação de linhagens. A luz bruxuleante das velas lançava sombras assustadoras nas páginas, aumentando a crescente sensação de conspiração.

"Eu encontrei algo," Draco sussurrou, apontando para uma passagem em um tomo empoeirado. "Há uma referência aqui a algo chamado 'Ritual de Ligação de Sangue'. É usado para controlar indivíduos com poderosa herança mágica."

Harry se inclinou, seus olhos examinando o texto. "Mas por que Dumbledore...?"

Draco balançou a cabeça. "Eu não sei. Mas se ele está controlando você, deve haver uma razão. Algo sobre sua herança que ele não quer que você saiba."

Enquanto eles continuavam sua pesquisa, o coração de Harry batia forte com uma mistura de medo e excitação. As peças do quebra-cabeça estavam começando a se encaixar, revelando uma imagem sombria de manipulação e engano. Mas quanto mais eles descobriam, mais perguntas surgiam.

Quando estavam prestes a desistir da noite, Draco tirou um pergaminho gasto do fundo de um dos livros. Seus olhos se arregalaram enquanto ele examinava o conteúdo. "Harry, olhe para isso."

Harry pegou o pergaminho, suas mãos tremendo levemente. Era uma carta, escrita em uma caligrafia de aranha, discutindo o uso de poções de compulsão em um jovem bruxo com potencial extraordinário. A carta era endereçada a Dumbledore, assinada por um nome desconhecido: Alaric Prince.

"Alaric Prince?" Harry murmurou, franzindo a testa. "Quem é ele?"

O rosto de Draco empalideceu. "Príncipe... esse é um nome poderoso no mundo bruxo. Se ele está envolvido, isso vai mais fundo do que pensávamos."

Harry olhou para a carta, sentindo uma onda de raiva e traição. "Precisamos confrontar Dumbledore," ele disse, sua voz tremendo. "Precisamos de respostas."

Draco assentiu, sua expressão endurecendo. "Mas temos que ter cuidado. Se ele está disposto a ir tão longe, não há como dizer o que mais ele pode fazer."

Ao saírem da biblioteca, o peso da descoberta pesava entre eles. Eles tinham dado o primeiro passo para descobrir a verdade, mas o caminho à frente era cheio de perigos e incertezas. No entanto, pela primeira vez, Harry sentiu uma centelha de esperança. Ele não estava sozinho nessa luta; Draco estava com ele e, juntos, eles encontrariam as respostas que buscavam.