One Shorts Bakudeku

Colegas de quarto

As vezes uma ação muda tudo.

Caminho em silêncio até a sala do diretor e bato na porta.

- Entre.- escuto alguém dizer lá de dentro.

Entro na sala e percebo que tem mais alguém lá.

- K: ele?

- Sim.

- D: perdão, mas acho que perdi alguma parte dessa conversa.- digo meio perdido.

- Sente-se Izuku Midorya.

Me sento e espero o diretor me explicar.

- Como você é representante de classe, já deve estar ciente de que vamos receber pessoas do intercâmbio.

- D: sim, já fui informado.

- estamos reformando o 6° pavilhão para fazer novos quartos e enquanto não terminamos alguns alunos serão realocados.

- D: E eu vou ficar com ele.- digo entendendo a situação.

- exatamente, ele precisa melhorar as notas se quiser continuar como capitão do time, como você tem boa notas, pensei em junta-los para que você o ajude a estudar.

- D: contanto que ele tenha comprometimento, eu não vejo problema, mas eu não quero trocar de quarto.

- K: e eu que tenho que trocar?

- D: é você quem precisa de ajuda.

- Tudo bem meninos, já falei tudo o que precisava, vou pedir pra alguém levar seus móveis.

Bakugou se levantou sem dizer mais nada e eu o acompanhei.

- D: quer ajuda pra levar suas coisas pro meu quarto?

- K: óbvio.

Chegamos em seu quarto e logo entramos. Tem uma pilha de roupas jogadas em cima de algumas malas e uma estante com alguns troféus.

- K: pelo visto já levaram os móveis.

- D: por onde eu começo?

- K: termina de fechar as malas e deixa que eu cuido do resto.

[...]

Uma hora e meia depois, terminamos de arrumar as coisas dele no meu quarto.

- K: valeu por ajudar.

- D: então você sabe ser educado?

- K: não enche Deku nerd.

- D: por que você me odeia, se eu nem falo contigo direito? Não faz sentido.

- K: tenho meus motivos pra não simpatizar contigo, mas não te odeio.

- D: quais motivos?

- K: não enche Deku, vou tomar banho.

Bakugou entra no banheiro E eu arrumo minha cama. Vejo algo caído perto da porta, pego e percebo que é um diário do Bakugou. Está aberto, olho e sem querer acabo lendo a pequena e única frase que tem naquela página.

"Será que sentir atração por aquele brócolis de merda me torna gay?"

Fico em choque quando percebo que é de mim que ele está falando. Não tenho tempo de digerir a informação direito, pois ouço a porta do banheiro destrancando, então rapidamente ponho o diário fechado na cama dele e volto pra cama.

- K: um banho era tudo que eu precisava.

- D: me espera tomar um também, e descemos pro refeitório.