Madison Ashworth, mais conhecida como Mady, acaba perdendo os pais em um acidente de avião, onde apenas 11 pessoas sobreviveram. Mady teve sua guarda adquirida por sua tia Cristy Parkson, irmã mais nova da mãe de Mady. Cristy é viúva e tem um filho...
Corri o mais longe que pude, meus pés estavam doendo de tanta tensão em cima deles, eu só pude ouvir as vozes das pessoas me chamando e gritando meu nome, aquilo deixava minha mente cada vez mais confusa.
MADY, NÃO! - Gritou Noah, na esperança de que eu parasse de correr para ouvir o que ele tinha a dizer.
[...]
Eu não parei de correr em momento nenhum, até sentir a mão do Noah tocando meu braço, não de uma forma bruta e controladora, mas de uma forma delicada, não segurou meu braço com muita força por medo de me machucar.
Madison... Isso te trouxe lembranças ruins, não trouxe? Eu não imaginava que isso iria te trazer essa sensação tão ruim. Eu e Jack estávamos só brincando, sangue nenhum seria derramado. - Disse Noah, desapontado.
No instante em que virei para ele, ele estava cheio de cortes pequenos em seu rosto, um no canto inferior da boca, outro na testa, outro na bochecha, em diversos lugares.
Uma brincadeira? Você está todo machucado, Noah. Se fosse apenas uma brincadeirinha qualquer, vocês nem teriam o público que tiveram. - Falei, olhando no fundo dos olhos de Noah.
O que importa é que você está bem agora, porra. Estamos no meio da mata, Jack se perdeu pelo caminho e só eu consegui te encontrar. A escola está à uns 4km daqui, como conseguiu ir tão longe? Você não se machucou? - Perguntou Noah.
Eu machuquei meus pés, mas o foco agora é você. Seu rosto está coberto de sangue, isso contradiz o que você tinha dito. Por que você é assim? - Disse à ele, preocupada com a situação.
Bom, isso não importa agora. Só suba nas minhas costas, vou te levar até a escola assim, você provavelmente fraturou algum osso, talvez seja exagero meu, mas não quero arriscar. - Disse Noah, querendo me carregar.
Agora vou aceitar sua ajuda, mas quando chegarmos na escola iremos direto para a enfermaria, mesmo que a aula já tenha acabado. Eu vou cuidar de você. - Disse isso, enquanto ele me olhava profundamente.
Eu amo esse seu jeito de nunca se preocupar com você, e sim em como os outros estão se sentindo. Você é incrível. - disse Noah, enquanto caminhava comigo em suas costas.
Eu apenas o encarei e escorei minha cabeça em seus ombros. Aquilo me deixou sem palavras.
Algumas horas tinham se passado e parecia que estávamos andando em círculos. Por que caralhos eu tive que sair correndo que nem uma louca para o meio da floresta? Eu imaginava que eu fosse virar a branca de neve e que os animaizinhos falassem comigo? Puta que pariu. Noah deve mesmo gostar muito de mim para correr atrás de uma louca.
Naquele momento, Noah me desceu de suas costas e disse:
Mady, senta nessa pedra aqui, eu já volto. - Disse Noah.
Você vai me deixar aqui sozinha? - Perguntei à ele, quase morrendo de tanto medo.
Não, por que eu faria isso? Eu só vou ali no meio daquelas duas árvores de laranjeira, pegar alguns galhos e folhas para construir uma cabana para que possamos dormir, já está anoitecendo. - Disse Noah, num tom firme.
Ah, tá bom então, só me promete que não vai sair da minha vista. - Disse à ele, preocupada.
Te prometo, Madyzinha. - Disse Noah, numa voz dócil. Ele nunca tinha falado assim com ninguém, nem com a Britney, isso foi tão fofo.
Demorou uns 5 minutos para ele voltar. Quando voltou, ele tinha um monte de lenha, galhos e folhas em suas costas.
Cheguei - Disse Noah, sorrindo.
Finalmente, eu hein. - Disse isso a ele, enquanto ria.
Eu o observava enquanto ele fazia uma fogueira, e montava nossa cabana. Ele parecia se esforçar tanto pelo meu bem estar.
Está tudo pronto, Madison. Pode entrar na nossa barraquinha luxuosa. - Disse Noah, com um sorriso radiante.
Estou indo! - Disse à ele, retribuindo o sorriso.
Tendo a presença dele aqui comigo me trás muita segurança. Num momento desses, não seria nem um pouco bom ficarmos tristes e entrarmos em desespero. Ele que me alegra e me trás confiança para prosseguir e acreditar que vamos conseguir voltar para casa.
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