Meu nome é K... Ou K-800, mas todo mundo me chama só de K.
Por algum motivo eu vim parar nesse mundo onde toda a vida biológica foi completamente exterminada.
Eu vim pra cá com uma missão que... Eu não consigo me lembrar. A única pista que eu tenho...
- Não há dúvidas que você atingiu um nível técnico superior. Estamos impressionados com este novo modelo de robô. Mas meus superiores estão um pouco preocupados com algumas peculiaridades do modelo K-800 - Dizia um humano analisando o modelo de drone que estava em exibição.
- Eu não entendo. Esse é um modelo único e definitivo de combate. Sua composição de fibra de titânio resiste aos mais altos calibres, e ela é ágil como nenhuma outra máquina. Além disso, também o projetamos para usar um conjunto de armas a base de antimatéria. Esse é o ápice da tecnologia, um milagre da robótica - Dizia o criador da máquina se gabando da sua criação.
- Sim, e isso impressionou bastante todos nós, mas também percebemos que a Inteligência Artificial é do tipo "Primária" - Dizia o humano responsável por autorizar a ativação daquela máquina.
- Sim. Esse é o modelo mais eficiente pra uma I.A - Insistiu o inventor.
- Diz aqui que ela faz auto-atualizações e tomadas de decisões autônomas, quase como... -
Varias falhas na imagem e nas vozes revelam que tudo aquilo não passava de um holograma pra mascarar algo macabro...
Meus olhos rapidamente se abrem enquanto minha respiração ficava ofegante. Olhando ao meu redor, eu não via mais a oficina onde eu havia sido construído, mas sim um lugar repleto de tubos metálicos e estruturas feitas de metal e... Carne?!
Em choque, eu acabo olhando pras minhas mãos... E meu olhar fica ainda mais assustado. Eu... Eu vi uma versão bizarra de mim mesmo, composto de um misto de carne e circuitos metálicos mesclados em um ser.
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Os tubos daquele lugar se conectavam ao meu corpo, como se eu ainda estivesse sendo "construído".
Ainda em pânico, eu vejo algo se mover nas sombras daquele foço de carne e metal, aquela coisa se revela como uma centopeia gigante robótica com um conjunto de olhos semelhantes a câmeras.
Suas garras se aproximavam de mim enquanto eu me debatia pra tentar me libertar...
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- MERDA! - De repente eu acordo com um susto.
Eu estava sentado na cadeira do painel de controle da cápsula de pouso dos Drones de Desmonte.
- O que... O que houve? - Questiono confuso com o pesadelo que eu tinha acabado de ter.
Parecia tão... Real.
- Que droga! Ele ainda tá vivo - Fala V sentada em outra cadeira com uma corrente prendendo seu pescoço.
- Você! Foi você! O que você fez comigo, babaca?! - Eu acuso V com um tom irritado.
- Olha, eu bem que gostaria de ter feito algo, mas não fui eu, otário! Você tava aí transformado baratas em monstros canibais com aquela sua esquisitice e do nada você só apagou. Eu tava torcendo pro seu cérebro ter fritado - Fala V revirando os olhos.
