Laços do Destino

recordações e recomeços

paris, a cidade das luzes, guardava segredos e histórias em cada esquina. Para Marinette Dupain-Cheng, a cidade sempre foi um lugar de sonhos e lembranças. Observando o pôr do sol da janela de seu quarto, ela se viu transportada para momentos dolorosos e doces que ela tentava enterrar, mas que insistiam em emergir.

No parque, Emma e Lucas estavam levando seus irmãos mais novos, Claire e Hugo, para brincar. Emma, segurando a mão de Hugo, esbarrou em Lucas, que estava acompanhado de Claire. Os dois se trombaram, caindo no chão.

"Ei, olha por onde anda!" Lucas reclamou, levantando-se e ajudando Claire a se levantar.

"Você que devia prestar atenção!" Emma respondeu, ajeitando Hugo. "Desculpe, eu não te vi."

Lucas deu uma risada. "Tudo bem, só estamos aqui para brincar também."

Os adolescentes se encararam por um momento, uma estranha familiaridade se formando entre eles. Eles resolveram deixar a discussão de lado e observaram seus irmãos brincarem juntos, e logo a conversa começou a fluir.

Os risos das crianças no parque começaram a se misturar com os sons de uma memória distante, levando Marinette de volta a um dia ensolarado de sua infância...

Marinette e Adrien, com apenas oito anos, corriam pelas ruas estreitas e charmosas de Paris. O riso deles ecoava pelas paredes de pedra enquanto se escondiam um do outro. Eles tinham um esconderijo especial, uma cerejeira no parque.

"Adrien, aqui!" Marinette sussurrou, puxando-o pela mão até a cerejeira.

"A gente vai ser amigo para sempre, né?" Adrien perguntou, seus olhos verdes brilhando de inocência.

"Claro! Amigo para sempre," Marinette respondeu, entrelaçando seu dedo mindinho com o dele. Eles se sentaram na grama, compartilhando segredos e rindo das piadas um do outro, o sol filtrado pelas folhas criando um ambiente mágico.

As famílias de Marinette e Adrien sempre tiveram uma rivalidade amarga, uma disputa de negócios que se transformou em ódio. Mas as crianças, inocentes de toda essa rivalidade, encontravam no parque um refúgio seguro onde podiam ser apenas crianças.

Os momentos felizes da infância se transformaram em recordações da adolescência, onde a amizade de Marinette e Adrien floresceu em algo mais profundo.

Aos quinze anos, Marinette e Adrien ainda se encontravam sob a cerejeira, mas agora os encontros eram cheios de conversas sérias e olhares tímidos.

"Marinette, você está tão bonita hoje," Adrien disse, seu coração batendo forte enquanto eles se sentavam sob a árvore.

"Obrigada, Adrien. Eu queria que a gente pudesse ficar assim para sempre," Marinette respondeu, aproximando-se.

Adrien a puxou para perto e a beijou sob a luz suave da lua, um beijo cheio de promessas e sonhos. Eles sabiam que o mundo lá fora era complicado, mas naquele momento, tudo parecia perfeito.

As famílias continuavam a se odiar, e Marinette e Adrien mantinham sua amizade – e seu amor – em segredo. Encontravam-se sempre que podiam, debaixo da cerejeira que se tornara um símbolo do que tinham de mais puro.

De volta ao presente, Marinette fechou os olhos, lembrando-se do fatídico baile que mudou tudo.

Marinette estava deslumbrante em seu vestido azul, os cabelos negros soltos em ondas perfeitas. Adrien não conseguia tirar os olhos dela enquanto ela descia a escadaria do salão. Mas ele sabia que aquela noite seria decisiva, e seu coração estava pesado.

"Marinette, você está linda," ele disse, a voz carregada de uma emoção que ele lutava para esconder.

"Obrigada, Adrien. Estou feliz que estamos juntos esta noite," ela respondeu, com um sorriso que iluminava o salão.