Capítulo 2

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🍀

— Jimin, seja sincero, Yoongi trouxe alguém em casa ontem? — A voz de Min Yoongsoo era calma, mas séria.

Jimin não tinha por que mentir; não gostava da casa cheia de gente estranha. Ele lançou um olhar sapeca para o irmão, e antes de responder, seu celular vibrou em cima da mesa, acendendo a tela com uma mensagem do Yoongi.

Guinho hyung:
|Se você contar, eu quebro suas pernas.

Jimin riu, olhando para o irmão e depois para seu padrasto.

— Sabe... eu meio que ouvi um barulho ontem à noite. — Jimin começou a falar manhoso.

O celular vibrou mais uma vez.

Guinho hyung:
|Eu te levo aonde você quiser. Serei seu motorista por uma semana.

— Eu meio que escuto esse barulho há um mês... — Jimin continuou.

Guinho hyung:
|Serei seu motorista por um mês.

— Mas é que meu irmão querido está sofrendo de insônia, então ele vem bebendo há um mês para tentar dormir. —Jimin fez um bico manhoso e tocou nas mãos do irmão sobre a mesa, fazendo um carinho.

— Isso é verdade, filho? — O senhor Min nunca desconfiaria do afilhado, Jimin era um excelente garoto.

— Sim, papai. — Yoongi entrou no jogo, também fazendo um bico e colocando sua outra mão sobre a mão de Jimin.

— Não acho que seja uma boa ideia usar a bebida como solução, isso pode se tornar um vício. Procuraremos um psicólogo. — Dito isso, o senhor Min voltou a encarar sua refeição.

Yoongi apertou as mãos do loiro com força e se inclinou para o lado, cochichando em seu ouvido:

— Seu merdinha, agora vou ter que ir a psicólogos! Não tinha outra desculpa?

— Tenho uma ótima, posso contar agora mesmo — Jimin riu travesso, puxando sua mão de volta para si. — Sabe, o Jeo...— Antes que pudesse falar, Yoongi enfiou um pedaço de carne em sua boca.

— Coma, maninho, você está muito magrinho. — O de olhos felinos alisou as bochechas gordinhas do irmão mais novo.

O senhor Yoongsoo continuou a comer, ignorando a cena à sua frente, mas a senhora Park conhecia o filho muito bem e sabia que ele estava encobrindo Yoongi. Porém, ela nada fez e nem iria fazer; gostava de ver como os dois eram cúmplices. Isso a deixava feliz; eram uma família.

[...]

Do outro lado da cidade, a refeição de Jeon Jungkook era uma estrangeira ruiva, Emma, uma líder de torcida que movia céus e terra pelo moreno. Porém, o combinado entre eles era só sexo, nada mais.

Jeon mexia em suas redes sociais enquanto a ruiva saía do banheiro usando apenas uma toalha.

— Ei, ei. O que você pensa que está fazendo?—Jeon tirou os olhos do celular e levou até a ruiva.

Ela havia pegado o conjunto de moletom do Jimin, o qual estava dobrado em cima da mesa.

— Vestindo? — Ela respondeu como se fosse óbvio.

— Pois tire suas mãos daí! — Jeon se levantou, tacando o celular na cama.

Ele pegou as peças da mão da mulher e levou até o nariz para ver se ela não tinha deixado seu cheiro sobrepor o cheiro doce do moletom. Não que ele gostasse do cheiro do Jimin em si, mas o perfume era bom, doce, e isso era calmante. Não sabia explicar; só era um cheiro bom pra cacete. Perguntaria ao loiro depois qual era a fragrância, para poder espirrar em seus travesseiros e melhorar sua insônia.

Na sua Janela - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora