capitulo 17

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Aquela voz continuava me chamando porém eu não sabia que de onde vinha, até coloquei minha mão em minha testa, para ver se eu não estava com febre, até que escuto barulho de galho
Quebrando, olho para frente e vejo um menininho em cima de uma árvore

Xxx- moça!!, você poderia me ajudar?

Sn- ah, então era você que estava gritando por ajuda- digo me aproximando da árvore e logo olho para o garoto

Xxx- sim, você poderia me ajudar a descer?

Sn- oh, é claro- digo subindo na árvore e logo pegando a criança no colo, o garoto se agarrou em meu pescoço e em instantes nós já estávamos no chão

Xxx- obrigado moça

Sn- você está sozinho?, cadê sua mãe?, é perigoso andar sozinho por aqui

Xxx- minha casa não é muito longe, você poderia me acompanhar até lá?

Sn- bom...eu estava indo ah outro lugar, mas posso sim te levar lá, me mostre o caminho- digo sorrindo

A criança sorri pra mim e logo pega minha mão e sai me puxando rumo a uma estrada aleatória, passamos o caminho em silêncio, o menino andava olhando para mim com os olhos brilhando enquanto eu apenas pensava em deixar o garoto em casa e voltar para procurar o submarino, andamos um pouco mais, até que eu avisto uma pequena casa logo no fim daquela estrada de terra que estávamos

Sn- você mora ali?

Xxx- sim, nossa família não tem dinheiro pra comprar uma casa na cidade

Sn- ah...mas a sua casa é linda

Xxx- sim, eu amo morar lá

Sn- seus pais devem estar preocupados

Xxx- minha mãe só, meu pai me abandonou quando eu nasci- diz cabisbaixo

Sn- que canalha, mas não esquenta não, sua mãe deve ter cuidado muito bem de você

Xxx- sim, minha mão trabalhou muito pra me criar

Sn- sim, e você deve sempre ter orgulho disso- digo sorrindo gentilmente

Logo depois de um tempinho nos chegamos em frente a casa, a mesma era bem modesta, era uma casa de madeira, não muito grande, ao analisar por fora ela devia ter no máximo 2 Cômodos

Xxx- voltei mamãe!!- Gritou o menino enquanto soltava minha mão e corria rumo a dentro da casa, eu fiquei apenas parada no lado de fora, até que uma moça aparece

Moça- olá senhorita

Xxx- mãe, foi essa moça que me ajudou a descer da árvore

Moça- é mesmo meu filho, a senhorita não quer entrar, eu estava retirando um bolo do forno agora mesmo

Sn- não, não quero incomodar

Moça- não vai ser incômodo algum, por favor, não vou aceitar não como resposta

Sn- ok, acho que comer um pedaço não faz mal- digo sorrindo e logo seguindo a moça rumo a dentro da casa

Eu não sabia o motivo, mas eu estava com uma sensação ruim no peito, mas decidir ignorar isto, a mulher me levou até uma mesa que ficava no centro da sala daquela casa

Moça- sente-se nessa cadeira, vou buscar o bolo e já volto- disse enquanto sorria, eu logo sorri de volta e me sentei

Eu comecei a analisar o local e como eu havia presumido, só havia dois Cômodos na casa, a decoração era bem simples, havia algumas prateleiras com panelas, pratos, copos, logo no canto tinha um fogão, e um pequena geladeira, no outro lado daquele Cômodo tinha um sofá meio velhinho, e uma estante com livros e outros objetos de decoração, logo volto minha atenção quando escuto a voz da mulher me chamando

Moça- trouxe uma fatia de bolo para você, espero que goste- disse enquanto me entregava um pratinho com bolo, juntamente com um garfo

Eu peguei tudo e logo agradeci, a mulher logo se sentou na cadeira e minha frente e ficou me observando, ao princípio eu estranhei, mas logo sorri sem graça e levei um pedaço do bolo até minha boca

Moça- e então?, como está?, o sabor está bom?

Sn- está sim, tá uma delícia- digo sorrindo enquanto comia outro pedaço de bolo, olhei para a mão da mulher e percebi que a mesma estava tremendo, o por quê eu não sei

Depois de alguns minutinhos eu terminei de comer o bolo, logo olhei para a mulher e vi sua cabeça baixa enquanto ela tinha um olhar triste

Sn- o que f....- senti minha cabeça girar e minha vista escurecer, então logo me segurei na mesa

Moça- me desculpa...ele me ofereceu dinheiro, eu não queria fazer isso, mas as coisas está difíceis, e eu preciso alimentar meu filho- disse chorando

Sn- o que você...fez?- digo tentando levantar, mas logo minha cabeça pesa e eu finalmente apago, eu só conseguia escutar as vozes da mulher e da criança em um som bem baixo, então logo perdi minha consciência....

Dark romance (trafalgar e sn)Onde histórias criam vida. Descubra agora