Aquela voz continuava me chamando porém eu não sabia que de onde vinha, até coloquei minha mão em minha testa, para ver se eu não estava com febre, até que escuto barulho de galho
Quebrando, olho para frente e vejo um menininho em cima de uma árvoreXxx- moça!!, você poderia me ajudar?
Sn- ah, então era você que estava gritando por ajuda- digo me aproximando da árvore e logo olho para o garoto
Xxx- sim, você poderia me ajudar a descer?
Sn- oh, é claro- digo subindo na árvore e logo pegando a criança no colo, o garoto se agarrou em meu pescoço e em instantes nós já estávamos no chão
Xxx- obrigado moça
Sn- você está sozinho?, cadê sua mãe?, é perigoso andar sozinho por aqui
Xxx- minha casa não é muito longe, você poderia me acompanhar até lá?
Sn- bom...eu estava indo ah outro lugar, mas posso sim te levar lá, me mostre o caminho- digo sorrindo
A criança sorri pra mim e logo pega minha mão e sai me puxando rumo a uma estrada aleatória, passamos o caminho em silêncio, o menino andava olhando para mim com os olhos brilhando enquanto eu apenas pensava em deixar o garoto em casa e voltar para procurar o submarino, andamos um pouco mais, até que eu avisto uma pequena casa logo no fim daquela estrada de terra que estávamos
Sn- você mora ali?
Xxx- sim, nossa família não tem dinheiro pra comprar uma casa na cidade
Sn- ah...mas a sua casa é linda
Xxx- sim, eu amo morar lá
Sn- seus pais devem estar preocupados
Xxx- minha mãe só, meu pai me abandonou quando eu nasci- diz cabisbaixo
Sn- que canalha, mas não esquenta não, sua mãe deve ter cuidado muito bem de você
Xxx- sim, minha mão trabalhou muito pra me criar
Sn- sim, e você deve sempre ter orgulho disso- digo sorrindo gentilmente
Logo depois de um tempinho nos chegamos em frente a casa, a mesma era bem modesta, era uma casa de madeira, não muito grande, ao analisar por fora ela devia ter no máximo 2 Cômodos
Xxx- voltei mamãe!!- Gritou o menino enquanto soltava minha mão e corria rumo a dentro da casa, eu fiquei apenas parada no lado de fora, até que uma moça aparece
Moça- olá senhorita
Xxx- mãe, foi essa moça que me ajudou a descer da árvore
Moça- é mesmo meu filho, a senhorita não quer entrar, eu estava retirando um bolo do forno agora mesmo
Sn- não, não quero incomodar
Moça- não vai ser incômodo algum, por favor, não vou aceitar não como resposta
Sn- ok, acho que comer um pedaço não faz mal- digo sorrindo e logo seguindo a moça rumo a dentro da casa
Eu não sabia o motivo, mas eu estava com uma sensação ruim no peito, mas decidir ignorar isto, a mulher me levou até uma mesa que ficava no centro da sala daquela casa
Moça- sente-se nessa cadeira, vou buscar o bolo e já volto- disse enquanto sorria, eu logo sorri de volta e me sentei
Eu comecei a analisar o local e como eu havia presumido, só havia dois Cômodos na casa, a decoração era bem simples, havia algumas prateleiras com panelas, pratos, copos, logo no canto tinha um fogão, e um pequena geladeira, no outro lado daquele Cômodo tinha um sofá meio velhinho, e uma estante com livros e outros objetos de decoração, logo volto minha atenção quando escuto a voz da mulher me chamando
Moça- trouxe uma fatia de bolo para você, espero que goste- disse enquanto me entregava um pratinho com bolo, juntamente com um garfo
Eu peguei tudo e logo agradeci, a mulher logo se sentou na cadeira e minha frente e ficou me observando, ao princípio eu estranhei, mas logo sorri sem graça e levei um pedaço do bolo até minha boca
Moça- e então?, como está?, o sabor está bom?
Sn- está sim, tá uma delícia- digo sorrindo enquanto comia outro pedaço de bolo, olhei para a mão da mulher e percebi que a mesma estava tremendo, o por quê eu não sei
Depois de alguns minutinhos eu terminei de comer o bolo, logo olhei para a mulher e vi sua cabeça baixa enquanto ela tinha um olhar triste
Sn- o que f....- senti minha cabeça girar e minha vista escurecer, então logo me segurei na mesa
Moça- me desculpa...ele me ofereceu dinheiro, eu não queria fazer isso, mas as coisas está difíceis, e eu preciso alimentar meu filho- disse chorando
Sn- o que você...fez?- digo tentando levantar, mas logo minha cabeça pesa e eu finalmente apago, eu só conseguia escutar as vozes da mulher e da criança em um som bem baixo, então logo perdi minha consciência....