Apenas uma assinatura

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O garoto parado a porta suspirava fundo. O nervosismo era palpável, as mãos suadas se esfregavam contra a calça branca do terno de noivo. O dia tão esperado havia chego, hoje ele se casaria com o amor de sua vida. O homem pelo qual esteve apaixonado desde a infância e agora se tornaria seu marido pela eternidade.

A felicidade tomava seu rosto ao ponto de cegar momentaneamente os olhos, mas talvez fosse melhor ter cegados de forma permanente, pelo menos não doeria tanto quanto a cena que se fazia à sua frente.

O homem sentado no estofado de couro preto, era tão sexy quanto ele lembrava, porém estava seduzindo um outro alguém. Na verdade a parte da sedução já havia passado, pois sem sombra de dúvidas ele já estava mergulhado no corpo daquele outro, que se fosse um aleatório qualquer, a mente de Gulf talvez pudesse sofrer uma amnésia seletiva, mas sendo aquele intruso seu melhor amigo, não havia habilidade psicológica que pudesse dar conta de sua dor. Ele queria gritar, quebrar algumas taças, talvez algumas cabeças, mas antes que conseguisse pôr aquilo em prática, seus pés corriam para longe, deixando por todo caminho as lágrimas do coração traído.

Os olhos turvos mal viam o caminho por onde ele passava, seus pés andavam a esmo, buscando sem saber onde, um lugar pra aliviar a dor. Pensou em se afogar, mas o rio mais próximo era longe demais, fazendo assim Kanawut optar pelo afogamento alcoólico no bar mais próximo de onde estava. As luzes baixas e ruídos do local, eram perfeitos para esconder o choro e soluços do garoto. - What will you want ? (O que vai querer?) - o impacto da situação tinha sido tanta, que Kanawut até esqueceu estar na américa - Anything strong
(o que tiver de mais forte) - o barman apenas acena com a cabeça, já preparando um copo com gelo. O copo mal foi colocado sobre o balcão, e já fora completamente esvaziado por Gulf - another (mais um) - a pequena frase foi repetida até que Kanawut não soubesse mais quantas vezes foram. A inibição pela descoberta, havia se tornado furia, fazendo com que a indignação gritada em Tailades, chamaesse atençao de todos no bar - Aquele idiota, ele me jurou amor ainda hoje pela manha! Que tipo de cafajeste é tão ardiloso assim! Uma cobra naja que eu mamei durante anos. Shiiia, eu devia ter dado pro amigo dele quando ele me procurou - resmungando alto e já enrolado, o garoto tropeça ao se afastar do balcão.

Os olhares e cochichos ja estavam todos sobre ele, mas Kanawut estava em um mundo proprio - Humm tavez não seja tarde... Porra , eu não tenho o numero dele...Hum, não precisa ser exatamente ele - os olhos pequenos começam a examinar o local, vasculhando por ali qualquer um que fosse minimamente aceitavel, tudo que ele quera era esquecer as memoria do que viu ainda a pouco.

Os pés tropeços caminham em direção a um alvo. Um corpo de ombros largos que trocava uma conversa calma com outra pessoa em uma mesa mais reservada - Você - se aproximando nada discretamente, Kanawut toca o corpo do homem - Você parece ter um corpo bom e - a mão atrevida desliza sobre a camisa preta, até alcançar a calça jeans e sem pudor nenhum, apalpar o meio das pernas do desconhecido - E parece maior que ele... É, você vai servir - sem mais nem menos, Kanawut se lança sobre os lábios do homem...



Com muita dificuldade, os olhos se abrem, sentindo a ardência pela claridade dos raios do sol, que já invadiam o quarto. Com os cabelos sobre o rosto e os olhos ainda crispados, Gulf observa tudo ao seu redor. O quarto de hotel que claramente não era o seu, era muito bonito e obviamente caro. A mesa de café da manhã já podia ser vista próxima janela. Puxando um pouco a coberta, a fim de cobrir o corpo desnudo, alguns flash de memória lhe retornam a cabeça:

" Ao fundo só o som da porta se fechando foi ouvido. Os sentidos de Gulf estavam mais focados nas mãos e na boca que lhe enchia de marcas. Sua cintura era firmemente segurada, enquanto o homem lhe erguia para cima, o prensando na parede. A boca faminta alternava entre os lábios já inchados e os mamilos agora expostos - Ahh devagar, assim dói - o gemidos manhoso divergia das mãos que puxavam o homem ainda mais em direção ao peito - Não foi você que praticamente me devorou na frente de todos!? Agora me pede que vá devagar, quem afinal é você garoto!?- ainda que parecesse levemente ofendido, o homem tinha um sorriso nos lábios. As mãos ágeis e cheias de anéis já despiam Kanawut com pressa.

Apenas eles 🛐 MewGulfOnde histórias criam vida. Descubra agora