Richard Rios|| Já não bastava a derrota para a Argentina na final da copa América, Richard ainda teria que aturar uma festa chata onde não queria estar, mas ainda bem que ele tinha alguém para fugir com ele daquela lugar, Maya aparece e se aventura...
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RICHARD RIOS "Ninguém vai nem reparar que a gente saiu, riacho rios."
Na minha humilde opinião aquela festa que disseram que teria como intuito "comemorar" que tínhamos chegado tão longe na copa América não tinha sentido nenhum. Porra a gente tinha acabado de perder um campeonato e eles estavam querendo festejar?
A pessoa que teve essa ideia precisava urgentemente de rever as decisões que toma em sua vida.
Como não tinha outra escolha tive que vir, mas a minha real vontade era de estar no meu quarto de hotel nesse exato momento com o fone de ouvido no máximo escutando "vem quebrando". Depois de tantos vídeos que as pessoas faziam comigo com essa música ela passou a fazer parte da minha playlist.
E esse terno ainda estava me incomodando, e já deveria ser a vigésima vez que eu mexia na minha gravata tentando deixar ela um pouco mais confortável. Parecia uma missão impossível.
Agora estou em um canto da festa segurando um copo de bebida enquanto observo as outras pessoas que também não estavam tão animadas, porém pareciam estar gostando mais do que eu de estar ali.
Me pergunto se não daria como sair de fininho sem que ninguém visse. Mas com certeza viriam, ou sentiriam a minha falta.
Olho para o lado e vejo Maya, a fotografa que registra todos os nossos passos pela seleção me encarando de uma forma que me deixou bastante curioso para saber o que ela deve estar pensando sobre mim.
Se fosse arriscar diria que não seria nada muito bom.
Levo meu copo mais uma vez até a boca enquanto continuava encarando a mulher, que também me encarava de volta.
Percebi a mesma virando de uma só vez a sua bebida, e pela sua movimentação parecia estar vindo até a minha direção.
E assim ela fez, e antes de se sentar no banquinho ao meu lado pegou o copo de minha mão e virou tudo de uma vez.
— Vai com calma aí, quem perdeu a chance de levantar uma taça fui eu, não você. — pedi e vi a loira dar uma risada sarcástica.
— Cala boca, eu também perdi a chance de registrar um título da minha seleção. Então estamos na mesma riacho rios. — contestou me chamando por aquele nome ridículo que tinha inventado.
Por conta disso eu já tinha virado motivo de piadinhas dos meus colegas de seleção que tinham escutado e achando engraçado tanto quanto ela.
Eu não via graça nenhuma naquilo.
— Eu já disse que odeio esse apelido? — quis saber e acabei dizendo a mulher ao meu lado rir.
