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[...]

Mint Bunmi

Eu estava pronta para mais um dia de aula, não era a coisa mais divertida da minha rotina mas segundo o meu pai era a mais importante na idade que eu tenho.

Sai do meu quarto e fui para a cozinha onde a minha mãe estava, o café da manhã já estava na mesa e ela comia enquanto olhava algo no notebook dela.

Mint: Bom dia, mãe - me sentei na mesa em frente a ela.

Mãe: Bom dia, Mint - desviou o olhar do notebook pra me olhar.

Mint: Onde está o meu pai?

Mãe: Ele tem uma audiência hoje, saiu mais cedo pra se encontrar com o cliente.

Mint: Você vai ficar em casa hoje?

Mãe: Não, eu tenho uma reunião, vou te deixar na escola e ir pro escritório.

O meu pai é um dos advogados mais renomados da Tailândia, ele sempre está ocupado com o trabalho, seja conversando com algum cliente, montando processos ou indo em alguma audiência.

A minha mãe é a próxima herdeira de uma joalheria que existe a séculos, é uma coisa que passa de geração para geração, o trabalho dela é mais tranquilo o que permite que ela passe mais tempo em casa.

Graças ao trabalho dos dois eu tenho uma vida muito boa, nunca me faltou nada, muito pelo contrário eu sempre tive mais coisas do que o necessário.

Eu e a minha mãe tomamos o café da manhã, eu peguei as minhas coisas eu fui pro carro esperar ela, a escola não era tão longe de casa mas sempre que os meus pais podiam me levar eu aproveitava.

Mãe: Não sei se vou conseguir te buscar na hora da saída, mas caso eu não consiga eu te mando mensagem avisando.

Chegamos na escola, eu me despedi da minha mãe, peguei a minha mochila e saí do carro, fui pra sala e me sentei no meu lugar, a sala estava bem vazia, provável que a maioria dos alunos estavam fora da sala ou ainda não tinham chegado.

Fiquei mexendo no celular até a Ploy chegar, a gente se conhece desde o primeiro ano da escola e desde então somos amigas.

Mint: Terminou a sua parte do trabalho de física?

Ploy: Lógico, se eu não terminasse você ia me matar - pegou a mochila dela e tirou uma pasta com o trabalho.

Mint: Que bom que você sabe disso.

Ploy: Você deveria se preocupar um pouco menos com isso, já parou pra perceber que você se cobra de mais em relação às suas notas.

Mint: Eu não me cobro, só não gosto da ideia de tirar notas baixas.

Ploy: Você já tirou alguma nota baixa na vida? - falou rindo.

Mint: Lógico que já, por isso que eu não gosto.

Eu sempre tirava notas altas, eu não me cobrava pra isso, só tinha bastante controle sobre os meus estudos, por conta das minhas notas já era o terceiro ano que eu estava sendo representante de classe, a única coisa de bom que eu tiro disso é que em algumas aulas eu não participo porque tinha que ir em algumas reuniões com os professores.

Eu e a Ploy ficamos conversando até o horário que o sinal bateu, a sala estava bem cheia e pra minha infelicidade eu provavelmente não teria nenhuma reunião pra sair da sala.

[...]

O sinal bateu para o recreio e eu sai da sala dos professores, a aula antes do recreio eu não participei por conta de uma reunião pra falar sobre as notas de alguns alunos.

Todas essas reuniões eram um saco, eu tinha que ouvir que as notas dos alunos tinham que melhorar pra pontuação da escola subir, pra minha sorte não era só eu de aluna que ficava escutando essas reclamações, era um aluno que cada turma.

Olhei a folha que um dos professores tinha me e tragado e percebi que só tinha um aluno, o Yugyeom, o coitado era um aluno bom o único problema dele é com física, ele sempre tira notas horríveis e eu que tenho que ajudar ele.

Como só tinha um aluno na lista eu resolvi falar com ele logo, fui até o quadra que era o único lugar que eu achava que ele podia estar e pra minha felicidade eu estava certa.

Jackson: Quando você vem vindo com essa folha na mão eu já sei que um de nós tá fudido - falou olhando para mim.

Mint: Dessa vez eu só tenho que falar com o Yugyeom.

Yugyeom: Física de novo?

Mint: Sim, se você não melhorar esse bimestre você fica com nota vermelha.

Yugyeom: O ano mal começou e eu já tô tão ruim assim

Mint: Eles mandaram eu te entregar esse papel com o conteúdo da prova desse bimestre - entreguei a folha pra ele - a prova ainda vai demorar, mas se você começar a estudar agora dá pra melhorar.

Yugyeom: Pra você é fácil, mas eu vou tentar.

Sai da quadra e fui para o refeitório encontrar a Ploy, ela estava sozinha em uma das mesas do refeitório, o que é bem estranho já que ela sempre está falando com alguém.

Mint: Tá isolada hoje? - me sentei do lado dela.

Ploy: Tô sem carisma hoje, não tô afim de socializar.

Ficamos o recreio juntas, não conversamos muito até porque a gente senta uma do lado da outra na sala então tudo o que a gente tem pra falar a gente fala na sala.

[...]

Eu já estava em casa, era mais ou menos 16 hrs, eu estou no meu quarto fazendo a lição de casa de filosofia que o professor passou.

Fui interrompida pela gatinha da minha mãe que sentou em cima da folha do fichario que eu estava escrevendo, eu sabia que ela queria carinho e como eu era a única em casa ela iria vir pra cima de mim.

O meu pai deu esse gatinha pra minha mãe quando eu tinha só um 1 ano, ela já era velhinho mas muito bem cuidada, ele já não tinha a mesma disposição de anos atrás mas é de se esperar de um gato de 16 anos.

Mint: Tricia, eu estou estudando - fiz carinho na gata que fechou os olhos.

Peguei a gatinha e coloquei no meu colo, enquanto eu fazia as atividades a Tricia ficava deitada no meu colo esperando eu terminar pra poder dar carinho pra ela.

Continua...

Gravidez Indesejada - BamBamOnde histórias criam vida. Descubra agora