O demônio dos segredos

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Aviso: o conteúdo a seguir é sensível, e trata de temas que podem ser gatilho para você. Se você não gosta de temas pesados, por favor, não leia. 


(...)


Enquanto a missão secreta de Mia-ri ocorria de um lado do país, do outro, a equipe oficial de Jeon Jeongguk embarcava em missão sob a liderança de Jung Hoseok, tendo a ilha de Jeju como destino final. A partida da equipe foi adiantada, e Minho os despachou para a missão naquela noite de sexta-feira.

Reunidos no avião particular da sede sul coreana do Vaticano, ele repassou a chamada com todos os oficiais da equipe, e viu a necessidade de conversar com os dez novatos que faziam parte da turma:

— Preciso que todos prestem atenção em mim, agora — Ele disse em tom alto, e as conversas paralelas pararam imediatamente. Os olhos se voltaram para Hoseok, que trajava seu terno de caçador e tinha os cabelos castanhos baixos, despenteados, parado no meio do corredor da aeronave. — Vocês sabem identificar um demônio?

— Eu! — Um dos garotos do fundo ergueu a mão imediatamente, e quando Hoseok apontou em sua direção, ele se pôs de pé. Ele vestia um terno similar ao do Jung, e seus cabelos eram castanho claros, penteados em um topete típico de ator coreano. — Senhor, um demônio é uma criatura formada a partir de uma das almas perdidas, que escaparam do véu. Segundo o Vaticano, Lúcifer os criou para formar um exército que lhe daria a vitória sobre os anjos do céu e sobre Deus.

— Tá... E como você identifica um demônio no mundo humano? — Hoseok cruzou os braços, esperando a resposta.

— Senhor, basta observar comportamentos estranhos. Onde houver desastres ambientais, ou onde os batizados sentirem o cheiro de enxofre e podridão, é onde os demônios estão, mas apenas os batizados conseguem identificar os demônios infiltrados no meio dos humanos com precisão.

— Ótimo. Foquem-se nisso: vocês precisam de mim para saber onde os demônios estão e exorcizá-los. Não criem alarde desnecessário, a ilha é o paraíso turístico do país e existem milhares de idosos locais que vivem da pesca. Por ordens do bispo, vamos nos apresentar como policiais ambientais enviados pelo governo, para averiguar as mortes dos peixes.

— Senhor, e se um de nós for vítima de demônios? — Outro dos garotos perguntou, e parecia preocupado. Este tinha cabelos pretos bem lisos e compridos, que sempre estavam presos em um coque bem alinhado, durante suas missões.

— Bom... Vocês vão enviar um sinal de SOS através dos dispositivos móveis de vocês. — Hoseok enfiou a mão no bolso interno de seu paletó e puxou um pequeno retângulo de cor preta, com botões em sua superfície. — Não se esqueçam, o sinal funciona via satélite, então é o primeiro recurso que vocês devem usar quando estiverem em perigo extremo. Ele vai me guiar até vocês.

— Nunca usamos os dispositivos móveis com o senhor Jeon antes, senhor... — O garoto murmurou em resposta, e pareceu chateado ao finalizar sua frase.

Bom, Hoseok também estava. Com o poder de Jeongguk, ninguém da equipe sofria riscos. Ele sempre estava um passo à frente, e sentia quando os estagiários ou os oficiais estavam encurralados, mas agora ele estava em missão, longe demais para ajudar sua equipe. Era o dever de Hoseok zelar pela segurança de todos os membros ali e devolvê-los intactos para o Jeon.

— Bom, comigo, vocês vão ser obrigados a usá-los. Sei que não é difícil para vocês, já que nós fomos treinados para usar cada um de nossos equipamentos. — Ele suspirou e desviou o olhar por um breve momento, antes de voltar a encará-los — Bem... Se tiverem mais alguma dúvida, vocês podem me procurar. Voltarei para meu lugar agora.

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⏰ Última atualização: Jul 18 ⏰

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