Até onde você iria por "amor"? Estaria disposto a arriscar tudo por essa "paixão"? Quando o amor queima intensamente, como o fogo, ele pode iluminar nossos caminhos ou consumir tudo à sua volta.
☽AVISO: NÃO LEIAse você for sensível a gatilhos pesados.
☽ Este capítulo contém temas extremamente complexos e fortes, podendo causar desconforto a alguns leitores. Ressalto que não compactuo com as ações descritas.
☽ Há uma surpresinha nas notas finais. Boa leitura! 🐦🔥
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"I'd let the world burn Let the world burn for you This is how it always had to end If I can't have you, then no one can..." – Let The World Burn, Chris Grey
23 de julho, um ano depois.
— Oi, mãe — disse ao atender o celular, sem tirar os olhos da estrada. — Acabei de sair de Los Angeles. Vou chegar por volta do meio-dia.
Das poucas tradições que seguia, passar o aniversário com os pais, em San Francisco, era uma delas. Era como um ritual para o Uchiha — e aquele ano, não seria diferente.
— Ok. Até mais! — Ao encerrar a ligação, Sasuke permitiu-se relaxar enquanto dirigia.
Ao olhar o relógio em seu pulso, constatou que ainda era cedo; 05h40 da manhã. A rodovia estava quase vazia e o tráfego calmo; algumas das vantagens de viajar naquele horário. Se continuasse naquele ritmo, chegaria antes do previsto.
Num piscar de olhos, Sasuke viu um carro preto em alta velocidade ultrapassá-lo e se lançar à sua frente. Nervoso e assustado, ele freou bruscamente, deixando marcas de pneu no asfalto recém-colocado.
Do veículo desgovernado, desceram quatro homens mascarados, armados com fuzis. O desespero foi inevitável e, antes que pudesse tentar dar ré para fugir, um dos homens disparou contra os pneus dianteiros do carro do Uchiha.
"Fodeu!", era a única coisa que ele conseguia pensar.
Com um fuzil apontado para o vidro, viu um dos mascarados indicar para que ele saísse do veículo. E assim ele fez.
Em pouco tempo, ele se viu rodeado pelos bandidos, que, com uma agilidade absurda, colocaram um pano preto em sua cabeça e algemas em suas mãos.
— Bora! Entra no outro carro — gritou o homem, empurrando-o em direção ao automóvel. — Agora!
Caminhando a passos apressados, o Uchiha obedeceu.
— O que vocês querem comigo? Quanto querem? Eu posso pagar. Me deixem ir, por favor!
— A única coisa que queremos é que você cale a boca, sua promessinha de merda. — A última coisa que ele sentiu foi uma coronhada em sua nuca antes de apagar. . . . Abrindo os olhos vagarosamente, Sasuke se deparou com uma sala mal iluminada, onde a única luz provinha dos raios de sol que entravam por uma fresta no alto da parede. Ele tentava lembrar o que havia acontecido, mas suas memórias estavam confusas. A única coisa clara em sua mente era a imagem dos homens encapuzados e algumas palavras antes de perder a consciência.
