De Mãos Atadas [Em breve]

⛓️ II ⛓️

Elisa:

Suspiro no balcão pegando mais uma bebida que um cliente pediu.

É a minha terceira semana trabalhando neste local, ultimamente tenho me sentido sendo observada, mas considerando o fluxo de pessoas daqui, deve ser uma mera impressão minha.

Hoje está mais movimentado do que nunca, até porque é uma sexta-feira de feriado.

Saio do balcão para entregar o que pediram.

_Aqui está sua bebida, senhor! -Digo depositando a bebida na mesa.

_Senhor? Isso soa tão sexy saindo da sua boquinha... -Diz o homem com malícia.

Ele é um cara branco, forte e deve ter uns 40 anos.

Não o respondo e tento me retirar, mas sou impedida pelo homem que puxa pelo braço.

_M-me solte, por f-favor... -Peço trêmula.

Em duas semanas eu ainda não tinha lidado com nenhuma situação parecida.

Estou com medo!

_Por que? Vamos nos divertir um pouco!

_E-eu não q-quero!

Me remexo para me soltar e acabo derrubando a bebida que eu havia acabado de trazer.

Caiu nele, já que ele estava sentado.

_Sua puta! Veja o que fez! Manchou toda a minha camisa! -Reclama.

Sua camisa que antes era branca, ficou com uma enorme mancha avermelhada.

Ele reclama e chama a atenção de várias pessoas ao nosso redor.

O gerente do estabelecimento vem até nós.

_O que houve? -Ele pergunta.

_Essa preta imunda acabou com a minha camiseta cara! -O homem esbraveja apontando para mim.

_Peço desculpas pelo inconveniente senhor, terá bebidas grátis pelo resto da noite como forma de compensar pelo ocorrido. -O dono fala.- _E você, venha comigo!

Ele sai e eu o sigo.

Será que eu levarei a culpa? Mas eu não fiz nada... Só me defendi...

Ao chegar na sala dele, ele fala:

_Trabalhou aqui por três semanas, correto?

_Sim...

Ele pega abre uma gaveta em sua mesa e pega um envelope pequeno.

_Aqui está o pagamento, está demitida.

Pensei em contestá-lo, mas só aceitei a demissão.

Peguei o envelope de suas mãos e me retirei da sala.

Vou até o banheiro dos funcionários e retiro o uniforme vulgar que as garçonetes são pagas para usar.