Seis.

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Deveria ter ficado em casa, mas inventei de aprontar.

E agora, será que vou morrer?

Aah não, não posso ainda, nem coloquei minha família no lugar dela ainda.

Puta que pariu.

Mas verdade, o que eu tô fazendo aqui?

Burra

Burra

Burra

Angel avisou para não entrar no quarto dos chefões, e ainda assim, eu entrei.

Inferno.

— O que eu tô fazendo aqui? — repito sua pergunta e ele continua a me olhar sério, ai que medo. — Boa pergunta, o que estou fazendo aqui?

— Tá de brincando comigo? — pergunta arqueando a sombrancelha.

— Não, não, não! Jamais. — respondo rapidamente.

Estou nova demais para morrer.

— Olha, não como qualquer putinha, só aquelas que realmente vale a pena, sabe? E você não me parece uma delas. — ele diz zombando.

Putinha? Ele acha que eu quero dar pra ele?!

Assim, não seria uma má ideia.

Mas ainda assim, é uma péssima ideia!

Ele é um criminoso, e eu sou virgem.

E nem estou falando de signo.

— Você acha mesmo que eu quero dar pra você? — ele faz uma cara como se disse que "Sim, obviamente." — Olha aqui sua caixa de lixo decorada, eu nunca iria querer transar com alguém como você. — digo cruzando meus braços por cima do peito e arqueando a sobrancelha.

Eu estava olhando para cima, ele é o dobro do meu tamanho.

Provavelmente estou parecendo um Pincher.

— Como? Não tem medo da morte não. — pergunta, já perdendo a paciência.

E quem não teria, seu burro?

Ah, eu não tenho, pois estou enfrentando um gangster.

Um criminoso.

— Não, não tenho. — falo audaciosa.

Olha que vaca burra.

Você não quer morrer sua égua.

Jumenta.

Rindou avança no meu pescoço e segura com força. — Olha aqui sua vadiazinha de segunda, não sei com que tipo de cara que você já conversou, mas acredite, não sou igual a eles. — diz me encarando com ódio.

Vadiazinha?

Aí porra, eu tô com medo. Inferno.

— Eu não sou vadiazinha, e sim, eles não são igual a você, um criminoso arrogante, que acha que essa vidinha de roubos vai te levar a algum lugar.— meus olhos já estavam lacrimejando, seu aperto estava doendo. — Se bem que vai sim, e esse único lugar vai ser na cadeia.

Aí que porra, minha língua não fica quieta, e minha boca só obedece ela.

— E quem vai me colocar lá? Você? — pergunta e logo em seguida sorri sarcástico. — Você não conseguiria nem mesmo sua família, imagina eu, garota.

Logo ele afrouxa a mão no meu pescoço, respirei aliviada, mas logo em seguida sinto um impacto no meu peito.

Minhas costas bateu na parede com tanta força, que não consegui mais respirar por alguns segundos.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐈𝐕𝐄 𝐋𝐎𝐕𝐄 -Rindou Haitani.Onde histórias criam vida. Descubra agora