𝓘𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝓗𝐄𝐋𝐀𝐄𝐍𝐀 𝓣.

Two Souls, Entwined

Helaena suspira quando abre os olhos e pisca, desorientada pela luz da manhã, com a cabeça ainda nublada pelo sono.

“Seu amigo não é um amigo, mas também não é seu inimigo...” Ela sussurra para o vazio de seus aposentos, a frase enigmática já familiar, pois estava se estabelecendo em sua cabeça nas últimas semanas.

Sentando-se com um gemido, ela para na beirada da cama, olhando fixamente para a frente enquanto as figuras nubladas de seu sonho parecem girar ao seu redor ainda. Ela estava ficando frustrada com as formas sombrias, por mais que odiasse admitir — ela não costumava gostar de seus sonhos, eles frequentemente traziam notícias de notícias desagradáveis, segredos que ela sozinha parecia esperada carregar, mas nas últimas semanas seus sonhos tinham sido... agradáveis. Alegres, na verdade. No entanto, eles pareciam muito mais distantes do que os outros, revelando apenas pequenas lascas de informação para ela noite após noite.

Ela sorri suavemente enquanto dá uma última olhada pela janela antes de ir até a penteadeira em seus aposentos, determinada a escovar o cabelo antes que as empregadas tenham a chance, elas sempre estavam muito apressadas e apressadas. Sua mente volta ao sonho enquanto ela passa um pente pelo cabelo claro; ultimamente, esse sonho misterioso parecia ser a única coisa em que ela conseguia se concentrar por muito tempo.

A figura parecia tão familiar, movendo-se ao redor dela como se fosse um velho amigo, alguém seguro. Ela suspirou novamente enquanto pensava, corando apesar de si mesma ao relembrar sua última visão, lembrando-se de como a sombra se movia ao redor dela, como se em uma dança de cortejo, antes de se inclinar para perto, embora se fosse para um beijo ou para sussurrar um segredo que ela não sabia.

“Seu amigo não é um amigo, mas também não é seu inimigo.” Ela repete, como se a repetição de alguma forma revelasse mais.

Isso a intriga muito, os sentimentos de segurança misturados com desejo romântico distinto, um profundo desejo de algum lugar dentro dela. Não há muitas pessoas com quem ela se sinta segura, e menos ainda aquelas por quem ela já sentiu desejo romântico, e uma lista muito menor seguida de pessoas que já sentiram desejo romântico por ela . Ela se sente segura perto de sua mãe, é claro, e seu avô e seus preciosos irmãos mais novos, mas ela não pode deixar de torcer o nariz com desgosto ao pensar em intenção romântica com qualquer um deles.

Ela pisca, abaixando a escova de cabelo e mordendo o lábio enquanto pensa. Eu me sinto segura com Aegon , ela pondera, sobrancelhas franzidas, Ele nunca me deu uma razão para não me sentir segura, mas... Ela suspira, sem se dar ao trabalho de terminar o pensamento. Ela estava bem ciente de que seu casamento era de política, não de amor. Ela se lembra de que houve rumores de muitos pretendentes quando ela finalmente atingiu a maioridade; todos, de Aegon e Aemond aos filhos bastardos de sua meia-irmã, foram considerados, e embora Helaena apreciasse alguns mais do que outros... ela não desejava nenhum deles.

Antes que ela possa se conter, seus olhos azuis voam sobre suas próprias curvas enquanto ela se olha no espelho, desejando, como tantas vezes antes, que ela pudesse alcançar e sentir seu próprio reflexo – sentir uma gêmea espelhada com pele macia similar e carne flexível. Ela deseja que dedos suaves e delicados pudessem tocá-la também; ela havia se cansado de toques ásperos e desgastados pela batalha há muito tempo.

Alguém com quem ela poderia se sentir segura e por quem sinto um desejo romântico, ela pensa novamente, piscando rapidamente quando um rosto familiar imediatamente vem à mente mais uma vez, assim como aconteceu todas as vezes que ela ponderou sobre esse mistério nas últimas semanas, apenas ficando mais frustrada. Não pode ser, ela decidiu isso há muito tempo, muito antes dessa visão começar.

Mas...

Os Deuses pareciam apenas mostrar a ela visões que eram garantidas, que se concretizariam , de uma forma ou de outra. Talvez... talvez isso significasse que v–