se você é meu rival, porque eu me apaixonei por você? - Pejão

5 - Nick e Charlie

(Pedro)

Meu coração começou a acelerar mais ainda com aquela declaração, minhas bochechas ardendo, como fogo, de tanto que estava corado, talvez estivesse parecendo um tomate.

Um sorriso profundo e bobo veio em meus lábios, minha pupila se dilatou e olhei no fundo dos olhos do garoto.

Mordi o meu lábio inferior, pensando em como o responder, naquele momento, não diria um simples "te amo", obviamente...
Aquilo tudo não estava planejado, mas ‘tava perfeito do mesmo jeito.

– Porra, João Vitor... Não precisava virar meu rival só para querer a minha atenção, seu bobo... Mas... Vou tentar ser breve, eu... Também te amo, e estou apaixonado por você, todo o seu jeitinho, aparência, tudo mesmo!... — Ao terminar de falar, escutei ele soltar uma risada e me colocar sentado no colo dele, continuei com uma mão em seu peitoral, colocando a outra em sua nuca e acariciando a mesma.

– E eu te amo como um idiota ama.. – Aproximei nossos rostos, sentindo as mãos frias dele na minha cintura, minha blusa ficou um pouco levantada, fazendo com que Romania tocasse em minha pele.

Sem pensar duas vezes, nos beijámos de novo, sendo um beijo quente, como se ‘tivéssemos caindo na cama, ocupados com o prazer de se foderem.

Gostaria de ser um vampiro de Crepúsculo, desse jeito não perderia o fôlego com aquele beijo... Por sorte, estávamos sozinhos em casa, os pais dele só chegariam por volta da madrugada e a irmã umas 21:00/22:00 da noite, ou seja, poderíamos fazer o que quiséssemos.

De repente, ele me puxou ‘pra cima da cama e me colocou sentado em cima da cintura dele, fiquei olhando para ele com a minha pupila toda dilatada, sentindo um leve arrepio, ele me puxou ainda mais, fiquei deitado em cima dele ainda com as minhas pernas enroladas na sua cintura.

– Você é tão lindo – lhe disse, o observando daquele ângulo.

–  Você ainda é mais, Pedro Tófani – ele disse e me beijou, continuei o beijo com as mãos no cabelo dele e depois de terminar o beijo, beijei o pescoço dele nas suas áreas mais sensíveis, deixando a minha pegada.

Vi ele fechar os olhos e sorrir, apenas continuei, é muito bom sentir ele todo arrepiado.

– Se você deixar marca meus pais me matam – ele falou e riu baixo.

– Você vai ser morto então – disse, deixando alguns chupões em várias partes do pescoço dele.

De repente ele me vira na cama, me deixando por baixo dele.

– Isso aqui a gente deixa no sigilo, por enquanto, ok? – ele disse, sorrindo de canto, voltando a me beijar, eu novamente senti vários arrepios por todo o meu corpo.

– Ta-tabom – gaguejei um pouco, mas, porra, ele estava tão lindo...

– Gaguejou perdeu o argumento, viu? – ele falou.

– Vai se fuder! - disse brincando, não respondeu, apenas começou a beijar meu pescoço com alguns beijos molhados e demorados.

– Puta que pariu, será que a gente pode contar para a Malu? – pergunto pra mim mesmo, mentalmente.

– A gente só pode contar isso para a Malu – ele interrompeu meus pensamentos.

– Tabom, meu amor – exclamei, puxando ele ‘pra ficar encostado em mim, ficámos abraçados em cima da cama e eu fechei os olhos, eu estava tão bem ali, parecia que estava no céu...

Fiquei acariciando a nuca de João, não conseguia pensar em absolutamente nada além dele naquele momento, aquilo só poderia ser um sonho, o garoto deitou a cabeça dele em meu peitoral, então subi a minha mão que estava em sua nuca, começando a fazer um cafuné nele.

– Pepeu?.... – João disse,  em uma voz um pouco manhosa, então olhou para mim.

– Oi?

– Bora assistir um filme? Assim não fica muito tedioso... Podemos fazer uma pipoca se você quiser, ou alguma outra coisa.. – Ele disse se sentando.

– Vamos sim! E se a gente assistir Heartstopper? Acho que seria algo legal ou divertido de se ver agora... Mas só se você quiser, claro.

– ‘Tá bem, vamos lá fazer uma pipoca, e pode ser Heartstopper mesmo, é tãooo fofo esse romance entre o Nick e Charlie!... – Ele fez um biquinho, então me sentei e dei um selinho no mesmo.

– Eii, isso foi roubado! Faz de novo? – Ele disse com um sorriso no rosto, então soltei uma risada.

– Depois, ‘tá bem? Te prometo que não vou esquecer, mon amour... – Disse em francês, como o Nick falou para o Charlie.

Nós nos levantámos e fomos até a cozinha, fizemos uma pipoca salgada, a doce dava muito trabalho.
Depois de um tempo, voltámos para o quarto e assistimos a série, e eu estava o abraçando pela cintura nem um pouco forte, para não o machucar.

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