THE EXCHANGE | Rafe Cameron

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LIA DAVISON

Graças a Deus consegui acordar no horário. Já não estudei para as provas, então não podia chegar atrasada. Visto uma calça legging preta e um moletom verde escuro que encontrei perdido no meu armário.

Quando chego no andar de baixo, vou logo comer uma maçã, já que não estou com tanta fome. Coloco a minha garrafinha e um lanche na mochila para comer mais tarde.

— Bom dia, pode me levar para a escola hoje?
— pergunto a Aron.

— Sim, só vou pegar a minha mochila — ele diz, subindo as escadas.

• • •

— Amber, me ajuda, por favor. Não estudei para nenhuma prova, me passa cola, por favor?

— Passo, mas não garanto nada.

— Tudo bem, melhor que eu você está com certeza.

— Haha, vamos logo — ela vai em direção à sala de aula e eu a sigo.

Entro na sala e me sento ao lado de Amber.

— Bom dia, alunos. A primeira prova será de Sociologia. Quem irá aplicar a prova será a inspetora Samy, ela já está a caminho. Vou entregar as provas, mas só comecem quando ela chegar. Boa sorte.

A professora passa entregando as provas, e minhas pernas não param de balançar. Estou nervosa. Não sou uma aluna ruim, mas tantas coisas aconteceram que não consegui estudar.

— Podem começar — Samy fala entrando na sala.

Começo a prova e não entendo uma palavra do que está perguntando. Sorte que a prova é de assinalar, o que facilita colar.

— Amber, me ajuda — cochicho para ela.

— Calma, a Samy está olhando — ela tenta disfarçar. — A 1 é C.

— Obrigada.

Amber me passa praticamente a prova toda. Algumas coisas consegui lembrar do que ouvi nas aulas, mas outras, não fazia ideia.

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— Amiga, acho que vou embora mais cedo hoje. Não estou me sentindo muito bem e prefiro usar essa tarde para estudar.

— Tudo bem, vou ficar porque prometi para Elena que iria ajudar ela com um trabalho, mas bons estudos. Beijo — Amber me abraça.

— Até amanhã, amiga.

Ligo para Aron e explico o que aconteceu e que estou indo embora. Ele entende e me deixa ir.

Aron amadureceu muito depois que nossos pais faleceram. Ele não me deixa fazer tudo que quero e sempre quer o melhor para mim. Ele é muito responsável para um menino de 17 anos, e entendo porque não deve ser uma tarefa fácil carregar uma responsabilidade tão grande tão novo. O bom é que sempre tivemos amigos em comum, então ele sempre conseguiu cuidar de mim nas festas e quando precisei.

RAFE CAMERON

- Lia é uma gostosa do caralho, sempre quis comer a irmã de Aron. - Não acredito que acabei de escutar isso, que menino babaca.

- Cara, quem você pensa que é para falar assim da Lia?

- Tá com ciúmes irmão? Até parece que aquela gata ficaria com alguém como você.

Sem pensar duas vezes, fui pra cima desse idiota. Dei um soco em seu nariz que o fez cair no chão. Mas ele logo se levantou e deu um soco no meu olho. Senti que que estava sangrando mas fui para cima dele denovo.

- Isso é tudo que tem Rafe?

- Cala a boca seu otário.

- Parem agora mesmo! vocês dois, para a minha sala, já! - A diretora grita furiosa.

Eu estava sangrando e ofegante. Quando me dirigia à sala da diretora, vi Aron me olhando com uma expressão estranha, mas não dei importância.

Entro na sala e sento em uma cadeira ao lado de Lucca, o garoto que falou de Lia.

— O que aconteceu, meninos? No que estavam pensando? Rafe, você não tem um histórico bom na outra escola, isso pode até causar sua expulsão! — Quando ela diz isso, já me vem à mente tudo o que aconteceu em Outer Banks. Não quero manchar minha imagem novamente, mas não podia deixar que alguém falasse assim de Lia.

— Lucca disse que Lia era uma gostosa do caralho. Não posso permitir que alguém fale isso dela! — Digo nervoso.

— Mas nada justifica o que fizeram. Nesse caso, você precisava vir à diretoria e relatar o que estava acontecendo.

— Só falei a verdade, não sabia que Rafe ficaria nervosinho. — Caralho, que vontade de quebrar a cara desse moleque de novo.

— Sem brincadeiras, Lucca. Vou te dar mais uma chance, Cameron, mas isso não pode se repetir. Senão, terei que tomar providências maiores. E os dois, na detenção até o fim da semana.

— Me desculpe, diretora, não irá se repetir. — Me levanto da cadeira em direção à porta, e Lucca vem logo atrás de mim.

Quando saio da sala, vou direto pegar minhas coisas. Não quero olhar na cara dele nem por mais um segundo.