Amor proibido - Swanqueen

Trabalho novo

A sensação da brisa de verão e o cheiro amanhecido de café foi o que invadiu as narinas de Regina que acabara de acordar. Sua cabeça doía, o sol que entrava pela janela queimava suas pernas cobertas e incomodava seus olhos. Afinal, o que havia acontecido na noite passada?

Era como se tivesse pegado uma doença pegajosa. Ainda com as roupas de uma noitada, um cheiro irreconhecível se espalhava por todo o seu corpo. Robin já não estava mais na cama, era fato. Quando se virou para o lado, procurando aconchego, percebeu que ele havia descido para fazer sabe-se lá o que. Será que era ele ou a empregada que passava o café naquela hora?

Seus pés pálidos fraquejaram ao sentir o chão frio sobre suas solas. Não queria nem ver como seus cabelos estavam, provavelmente muito bagunçados. Suas olheiras fortes, incapazes de serem cobertas por um corretivo ou maquiagem. A melhor – e única – solução seria um belo banho e um dia de preguiça.

De toalha, foi até o closet, pensando qual seria a melhor opção de vestimenta. As roupas de sempre ou um conjunto de moletom? Definitivamente moletom.

No momento, torcia para ninguém lhe perturbar com perguntas, só queria tomar seu café e voltar para a cama. Mas suas preces não foram ouvidas.

Robin havia dispensado a única pessoa suportável naquele momento daquela casa, porque queria fazer uma surpresa à esposa, que era composta de café na cama e sermões infinitos sobre a noite passada.

– Robin? – Perguntou, procurando pelo homem.

– Na cozinha! – Ela foi até sua presença

– Caiu da cama, amor? Estava indo te levar o café.

– Onde está a dona Eugene?

– Eu a dispensei, queria te fazer uma surpresa. – Se aproximou e beijou sua testa – Dormiu bem?

– Como pedra. – Regina sentou no banco da ilha da cozinha, esperando ser servida.

– Onde você estava na noite passada? - Apesar do tom calmo, sua pergunta foi sugestiva. O conhecia tão bem que sabia que, dependendo do que respondesse, ouviria até 2035.

– Zelena me levou à uma festa de um conhecido dela. Encontramos Mal, Ella e Jones.

– Você chegou acabada demais para apenas uma festinha. – Sua fala fez os olhos de Regina revirarem.

– Tinham bebidas lá, apenas passei do limite. – Passou a mão nos cabelos recém escovados, implorando por um pingo de paciência – Olha, Robin, não estou com saco para ouvir sua lorota à esta hora da manhã, me deixe tomar café em paz e depois de noite conversamos. – O homem assentiu.

– Certo. Tenho que ir trabalhar, te vejo de noite. – Depositou um selinho rápido nos lábios dela e saiu em direção à porta, antes que Regina pudesse dizer algo.

A verdade era que Regina definitivamente não gostaria de falar, até mesmo lembrar, da noite passada. O que havia acontecido foi ruim, mas aconteceu e terá de ficar no passado. Guardado com ela e mais ninguém.

Enquanto desfrutava do café que Robin havia feito e rolava o feed de seu instagram, Regina foi despertada por um toque em seu celular, um e-mail.

“Regina Mills,
Os testes para a adaptação do livro “Delilah Green não está nem aí” começam este sábado e gostaríamos da sua presença na audiência para interpretar Delilah Green, uma personagem determinada, encantadora, incrível, ótima fotógrafa e extremamente invejável.
Chegamos à conclusão que você seria a escolha perfeita, pois se encaixa em todos os requisitos. Caso decida aceitar, responda a este e-mail até sexta-feira, dia 20.

Roteiro teste:
Delilah Green roteiro.pdf ”

  Regina soltou o celular sobre o balcão e olhou para o nada por tempo suficiente para processar o que havia acabado de ler. Ela não recebia um trabalho novo há mais de cinco meses, estava começando a ficar angustiada. Apesar de não ser muito conhecida por seus trabalhos, seu marido é um dos maiores atores dos Estados Unidos, o que faz que a tenha fama. Esta era a oportunidade perfeita para reconhecerem suas obras.

Sem pensar duas vezes, respondeu o e-mail confirmando sua presença e voltou a comer, mas com uma enorme alegria em seu corpo. Este papel já pertence a ela.

Como planejado, foi direto para sua cama aconchegante. Regina poderia dizer que seu quarto é o cômodo favorito de sua casa, um lugar que a traz paz.

Seus pensamentos vieram á tona. Noite passada. Por que havia feito aquilo? Foi ridículo de sua parte. Ela gostaria de voltar ao passado para mudar tudo.

Então assim, adormeceu, sabendo que mais tarde teria que ouvir um falatório, extremamente chato, de seu marido.

– Bom dia, bela adormecida. – Regina sentiu beijos em sua bochecha. Robin havia chegado.

Ela resmungou sem abrir os olhos, mas Robin, para sua felicidade, acendeu a luz. Sentiu vontade de jogar ele da janela, mas decidiu não ouvir seus pensamentos intrusivos, obviamente.

– Por que você ligou a luz? – Se sentou na cama e passou a mão em seus olhos. Já estava de noite, havia dormido demais.

– Se você continuasse, não iria dormir depois. E nem pense que eu esqueci da conversa que não terminamos. – Ela resmungou.

– Não tem o que terminar, Robin. É simples. Eu fui para uma festa com Zelena, Mal, Ella e o Killian, acabei bebendo uns 4 shots a mais, fiquei simplesmente acabada, então Zelena me deixou em casa, me joguei na cama e dormi, pronto.

– Eu espero que seja só isso mesmo, se não você já sabe. – Regina permaneceu com uma expressão plena, mas ela sabe o arrepio em que sentiu ao ouvir a última frase. Ela estava mentindo, não contou a história  inteira.

– Pois fique tranquilo e não fale mais disso. Queria contar uma novidade para você. – Sorri.

– O que?

– Recebi uma proposta de trabalho para atuar em um novo filme. Os testes começam sábado agora. – Um entusiasmo sai da voz de Regina.

– Nossa, que bom. Fico feliz por você. – É tudo o que ele diz – Quer jantar fora?

– Não, obrigada. Podemos pedir alguma coisa, já que você dispensou Eugene.

– Não reclame, Regina. Mas tudo bem, pedimos o que você quiser. – Um tom forte na voz dele ecoou pelo quarto.

O jantar foi extremamente estranho. Regina nem Robin trocaram palavras enquanto comiam. O único ponto positivo foi a comida japonesa do melhor restaurante da área que eles pediram, era o favorito de Regina.

Ela estava cansada daquele clima. Robin havia ido para a cama antes dela, e quando tinha chegado no quarto, que estava com o ar condicionado no talo, ele já estava dormindo. Então Regina foi dormir com os mesmos pensamentos na cabeça. Não conseguia esquecer a noite passada. Mas pelo lado bom, coisas boas estão por vir.

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Ai gente, espero que não tenha saído tão ruim viu.
Como eu disse, essa é minha primeira fic, então vamo colaborar KKKKKKKKKKKKK