𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕴𝕴 - 𝐖𝐞𝐥𝐥𝐞𝐫𝐦𝐚𝐧.

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Porto Escarlate – Feirinha da esquina

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Porto Escarlate – Feirinha da esquina.

O tempo passa rápido, como o vento que açoita o navio dia após dia. Em meio ao balanço constante das ondas e à vida insana dessa tripulação, acabo me pegando pensando em casa – minha família, os amigos que talvez sintam minha falta. Mas fugir da rotina, das lições intermináveis e da pressão sufocante do mundo que deixei para trás, é um alívio, mesmo que temporário.

Alastor, claro, implica comigo sempre que pode. Parece um hobby. Ele lança olhares repletos de sarcasmo e um sorriso travesso que me lembra que a pior humilhação já vem da própria vida, então, as provocações dele acabam virando só barulho de fundo. Descobri também que, neste mundo, promessas não se selam com dedinhos entrelaçados, mas sim com cortes na pele, garantindo que fiquem ali marcadas – uma cicatriz para a eternidade.

Até então, eu nunca tinha uma tatuagem, mas como vou passar um bom tempo – talvez até a eternidade – com essa tripulação estranha, acabei "ganhando" uma. Ou melhor, fizemos um “contrato”. Se eu quebrar o trato ou tentar fugir... é fim da linha para mim.

Charlie, sempre paciente e curiosa, me explicou algumas coisas sobre este lugar. Este mundo é chamado Luminus e é cheio de magia, de artefatos antigos e de águas encantadas. É como se os Deuses daqui invejassem os mortais, tornando nossa jornada cheia de obstáculos. Aquela chave que eu roubei e que foi roubada de mim era, na verdade, a chave dos portais. Até que eu a recupere, estou preso aqui, sem volta para casa.

Descobri também que Alastor possui um artefato, um anel de caveira, embora Charlie tenha feito questão de não revelar o poder dele. Existem sete artefatos mágicos no total, cada um com um poder único, e outros itens menores, usados principalmente por nômades e bruxos. Isso parece ser comum aqui – ou pelo menos comum para eles.

— E, afinal, o que estamos fazendo neste lugar? — pergunto, olhando para o porto que se aproxima, com o cheiro salgado do mar preenchendo o ar.

— Reabastecer o navio e comprar provisões. A última luta contra Pentius foi uma loucura, e, você deu sorte de estar longe nessa — Vaggie me responde, com um sorriso ligeiramente sarcástico. — Só para deixar claro, se tentar fugir, eu mesma acabo com você.

— Por que eu fugiria? Temos um contrato, e não derramei sangue à toa — respondo, inclinando a cabeça.

Ela me olha de lado, e há um brilho desconfiado em seus olhos.

— Você diz que perdeu a memória, mas ao mesmo tempo, não parece ser deste tempo. Tem algo estranho em você, só não sei o quê... Humpf, deve ser paranóia minha.

— Também acho — resmungo, rindo para mim mesmo.

Antes que possa responder, a voz de Charlie corta o ar, vibrante e animada, com um toque de comando que cativa todos.

𝗔𝘁𝗲́ 𝗮̀𝘀 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗲𝗹𝗮𝘀 𝗱𝗶𝘇𝗲𝗿𝗲𝗺 𝗡𝗮̃𝗼 - 𝕽𝖆́𝖉𝖎𝖔𝕬𝖕𝖕𝖑𝖊Onde histórias criam vida. Descubra agora