Crônicas de Daeho - Alquimia Das Almas

O Sonho - Capítulo 12 -FINAL

Os sonhos de Yul eram turbulentos e se repetiam como em um looping infinito. Havia momentos em que era morto por seu pai, em outros ele mesmo o matava.

Suor escorria pelo seu rosto e sua respiração era acelerada. Naquela noite, a médica Heo havia ficado para observar ambos.

A manhã chegou, e com ela mais e mais pesadelos até que finalmente Yul despertou em um salto, gritando o nome de sua filha.

Yun Ok se aproximou do mago, que nesse momento, sentia as primeiras sequelas do combate. Sem se preocupar com seu estado de saúde, Seo Yul agarrou os ombros de Heo.

- Onde está Ye Jin?! Cadê a minha filha?! - em seus olhos havia pavor.

- Seo Yul, acalme-se! Ye Jin está bem. Ela está na residência Jang.

O jovem pai se acalmou ao ouvir as palavras da médica e então ele olhou para sua direita.

Lá estava o grande general Seo, completamente inconsciente, com alguns ferimentos espalhados pelo corpo.

- Por que ele ainda dorme? -perguntou Seo Yul.

- Ele gastou muita energia nesse combate.

Seo Yul gostaria de dizer ao pai o quanto o achava louco e imprudente. Ao mesmo tempo, sentimentos de culpa e abandono estavam em seu coração.

Os futuros do mago e de sua filha eram incertos, mas Yul havia percebido algo. Se caso fosse preciso, se caso ninguém aceitasse a adoção, ele se desvincularia da Casa Seo, viveria apenas como Yul, pai de Ye Jin.

O mago preparava-se para se levantar, quando Heo o impediu. Seus ferimentos o faziam entrar em um estado onde o mesmo devesse permanecer mais tempo de repouso.

- Eu preciso ver Ye Jin...

Heo o observou com certa compreensão. Era nítido que Seo Yul havia de fato se tornado pai da pequena. O resultado da batalha era a prova disso.

- Eu posso pedir a alguém para trazê-la, mas você deve permanecer aqui. - disse a médica com tranquilidade.

O mago esperou e esperou pela chegada de sua filha. Ele queria vê-la, ter certeza de que nada havia acontecido. Os pesadelos tinham mexido com ele.

Cerca de uma hora mais tarde, magos se reuniam na porta da enfermaria de Songrim, na expectativa de poder ver Seo Yul.

A médica Heo não havia permitido a entrada de ninguém até aquele momento, pois o general continuava inconsciente. A porta da enfermaria abria e se fechava, tendo os assistentes de Heo entrando e saindo a todo momento.

Yul olhava esperançoso, acreditando que uma hora sua filha fosse aparecer lá. Depois de muito esperar, finalmente, Ye Jin surgiu no colo de Dan Gu.

- Ye Jin! - O jovem pai esticava seus braços para alcançar a bebê.
Dan Gu entregou a filha para o amigo.

- Eu a trouxe da casa de Jang Uk. Soube que Heo não estava deixando ninguém entrar...

Yul sentia-se aliviado. Ela estava bem, estava calma e parecia dizer ao mesmo para que ele ficasse também. O mago envolvia sua bebê com os braços.

- Bom, eu vou deixar você aqui com ela, se precisar de algo, não exite em pedir. Songrim está aberta à vocês.

Seo Yul encarou o amigo agradecido.
Sem que pudesse notar, seu pai, o general Seo estava acordado. O patriarca da família observava o filho com atenção, os detalhes e cuidados que ele tinha com a pequena eram recheados de amor.

Heo Yun Ok entrou na enfermaria mais uma vez e então notou que o general estava consciente.

- Vejo que o senhor acordou, general Seo. - disse ela atravessando a sala para ajudá-lo a sentar.