Kuroo Tetsuro 𝓻𝓮𝓬𝓸𝓷𝓬𝓲𝓵𝓲𝓪𝓬̧𝓪̃𝓸 𝓮𝓶𝓸𝓬𝓲𝓸𝓷𝓪𝓵

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S/n e Kuroo Tetsurou sempre tiveram um relacionamento sólido, cheio de momentos especiais. Todo ano, eles iam com a família de S/n ao acampamento na praia de rio, criando memórias inesquecíveis juntos. No entanto, a dificuldade de S/n em admitir seus erros e falar sobre seus sentimentos levou a várias brigas. Uma noite, a tensão atingiu o ápice.

Eles estavam na sala do apartamento de S/n. O ambiente estava pesado, e ambos sabiam que aquela conversa não ia terminar bem. A sala estava iluminada apenas por um abajur, lançando sombras suaves nas paredes. S/n estava sentada no sofá, com os braços cruzados e uma expressão angustiada. Kuroo estava de pé, andando de um lado para o outro, claramente frustrado.

"Por que você sempre precisa estar certa, S/n?" perguntou Kuroo, exasperado. "Por que é tão difícil para você admitir que está errada às vezes?"

S/n balançou a cabeça, tentando conter as lágrimas. "Eu não estou errada," respondeu com a voz trêmula. "Eu só não vejo as coisas do mesmo jeito que você."

"Não é só sobre isso," ele retrucou, a voz aumentando. "Você nunca fala sobre seus sentimentos. Sempre que algo sério aparece, você se fecha e age como se nada importasse. Eu preciso de mais, S/n. Preciso saber que você se importa, que isso importa."

S/n desviou o olhar, as lágrimas agora começando a escorrer. "Eu sou assim. Não posso mudar da noite para o dia."

Kuroo balançou a cabeça, frustrado. "Eu só queria que você tentasse. Mas parece que você não quer, ou não se importa o suficiente para tentar."

S/n começou a chorar de frustração. "Você acha que é fácil para mim? Eu também estou tentando, Kuroo! Mas às vezes é difícil..."

Kuroo suspirou profundamente, o coração pesado com a decisão que sabia que precisava tomar. "Talvez seja melhor a gente dar um tempo," disse ele finalmente, com a voz baixa e triste. "Eu não posso continuar assim, sentindo que estou falando com uma parede. Eu te amo, S/n, mas isso não é saudável para nenhum de nós."

S/n soluçou, sentindo a dor das palavras dele. "Por favor, Kuroo... eu não quero que isso acabe."

Kuroo pegou suas coisas e se dirigiu para a porta. Ele olhou para trás uma última vez, vendo S/n desmoronada no sofá, chorando. "Cuide-se, S/n," disse ele antes de sair.

Assim que a porta se fechou, S/n finalmente desabou completamente, suas lágrimas silenciosas escorrendo pelo rosto. Ela sentou no chão da sala, abraçando os joelhos e se deixando consumir pela tristeza. A sala, antes um refúgio de conforto, agora parecia um lugar vazio e frio.

Os dias seguintes foram sombrios. S/n caiu em uma profunda depressão e ansiedade. Ela se isolou de todos, mal saía do quarto e raramente comia. Seus pais tentavam de tudo para ajudá-la, mas S/n se recusava a abrir a porta, se recusava a ver qualquer um. As paredes do quarto se tornaram sua prisão, onde ela revivia cada momento do término repetidamente.

Com o tempo, e com a ajuda da família, S/n começou a se recuperar lentamente. Pequenos passos, um dia de cada vez. Começou a sair do quarto, a fazer pequenas atividades e a falar um pouco mais com os pais. A dor ainda estava lá, mas ela começou a encontrar formas de lidar com ela.

Quando chegou a época do acampamento anual, S/n estava hesitante. Não tinha certeza se estava pronta para revisitar um lugar cheio de tantas memórias com Kuroo. Mas, incentivada pela família, decidiu ir. Ela sabia que precisava enfrentar esses sentimentos para seguir em frente.

O acampamento estava tão bonito quanto sempre, com a praia de rio brilhando sob o sol. S/n tentou se distrair com as atividades, ajudando a montar as barracas, nadando no rio, e passando tempo com seus primos. Mas em cada canto, em cada atividade, havia lembranças de Kuroo.

No último dia do acampamento, a família de S/n estava voltando de barco, atravessando da ilha do acampamento para a cidade. S/n sentou-se na ponta do barco, perdida em pensamentos enquanto a música "Snap" tocava em sua cabeça. Ela se lembrava de todas as vezes que eles haviam feito aquela travessia juntos, rindo, conversando e fazendo planos para o futuro. As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto, mas ela rapidamente as limpou, tentando disfarçar.

Ao chegarem ao porto, começaram a tirar o barco da água e a colocá-lo na carreta do carro. Foi então que S/n o viu. Kuroo estava ali, no mesmo porto, chegando. Surpresa, desviou o olhar rapidamente, sem saber o que fazer. Seus pais perceberam o desconforto dela, mas não disseram nada, respeitando seu espaço.

Após recolher o barco, S/n se afastou um pouco, ficando na beira do porto e observando o pôr do sol. As cores do céu refletiam em seus olhos, mas sua mente estava longe, repleta de lembranças e emoções conflitantes.

O coração dela disparou quando sentiu a presença de Kuroo se aproximando. Ele parou ao seu lado em silêncio. S/n respirou fundo, tentando controlar as emoções.

"Me deixa falar uma última vez, por favor," disse S/n, a voz tremendo.

Kuroo não respondeu, mas ficou ali, esperando. S/n tomou coragem e começou a falar.

"Eu não consigo viver sem você, Kuroo. Eu ainda te amo muito. Estava errada de terminar com você. Todos os momentos que tivemos juntos... significam tudo para mim. Eu sei que tenho dificuldade em admitir meus erros e em falar sobre meus sentimentos, mas estou disposta a mudar. Quero tentar de novo."

Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Kuroo se virou para ela e, sem dizer uma palavra, a beijou. Foi um beijo cheio de saudade, carinho e amor. Quando se separaram, os olhos de S/n estavam cheios de lágrimas, mas, dessa vez, eram lágrimas de esperança.

"Eu também te amo, S/n. Nunca parei de te amar," disse ele, segurando suas mãos. "Eu também cometi erros. Não quero perder você novamente."

Ali, com o pôr do sol ao fundo, eles se abraçaram, prometendo que nunca mais deixariam um mal-entendido ou qualquer outra coisa os separar. Era um novo começo para os dois, um começo que eles não desperdiçariam.

Enquanto o sol desaparecia no horizonte, S/n sentiu uma nova esperança crescer em seu coração. Ela sabia que, juntos, poderiam superar qualquer coisa. E assim, de mãos dadas, se dirigiram de volta ao acampamento, prontos para começar um novo capítulo de suas vidas juntos.

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Como sempre as fics do Kuroo são as minhas favoritas!
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