Sexo Muda Tudo

O Encontro

Harry olhou para os bruxos e bruxas reunidos na sala à sua frente. Eles não sabiam que ele estava lá, é claro, sua capa de invisibilidade o ajudou com isso, sem mencionar sua habilidade de sempre desaparecer no fundo. Tom estava em outra sala esperando seus seguidores chegarem para fazer uma grande entrada. Ele também teve que colocar glamour para parecer seu eu cobra mais conhecido. Harry fez beicinho lembrando como ele tentou convencê-lo a não colocá-los. Ele entendia a necessidade de uma imagem melhor do que os outros, mas gostava da aparência de seu Tom-tom. Harry sorriu amplamente lembrando do rubor que aquele nome trouxe quando ele o disse, e as maldições que se seguiram perseguindo-o até esta sala esquecida por Deus para esperar pelo homem por quem ele está se apaixonando.

Harry bufou ao chutar o chão com um sapato. Eu queria ainda estar caindo. Eu já caí tanto que estou no Inferno dizendo ao Diabo como fazer seu trabalho. Harry riu de sua analogia e quão perto da verdade ela estava. Ele olhou para cima enquanto a sala se acalmava e uma porta lateral se abria. Ah, finalmente. Hora do show. Tom caminhou até seu trono na frente da sala e zombou de seus seguidores.

– Parece que você é mais incompetente do que eu pensava. Diga-me, por que nenhum de vocês, bruxos e bruxas bem treinados, conseguiu encontrar um garoto simples de 17 anos que fugiu na outra noite,em? – Harry riu baixinho para si mesmo. –Severus!–Tom sibilou, fazendo o mestre de poções dar um passo à frente e se curvar. –Diga-me, o diretor já descobriu sobre seu salvador desaparecido?

–Sim, meu Senhor. No entanto, ele tem certeza de que não precisa procurá-lo e que ele aparecerá eventualmente. Mesmo que tenha que esperar até o próximo ano letivo começar. Vários membros da Ordem, no entanto, estão se unindo e enviando grupos de busca sem o seu conhecimento.

–E como eles descobriram?– Tom sibilou com raiva.

– Outro membro da ordem foi até a casa, meu Senhor, e percebeu que ele não estava lá. Ele foi direto até Dumbledore, que então convocou uma reunião.– Harry não conseguiu evitar e começou a rir.

Era tão profundo e frio que a sala congelou. Muitos dos bruxos e bruxas menores tremeram ao som disso, enquanto os mais poderosos engoliram em seco, mas mantiveram a compostura... por pouco.

–Você achou algo engraçado, Raven?–Tom perguntou cruzando os braços e olhando para trás, para as sombras, enquanto seus seguidores apenas olhavam, sem ver nada.

–Seus devoradores da morte são bem divertidos, na verdade.– Harry deu um passo à frente, tirando sua capa, parecendo ao mesmo tempo estar saindo das sombras, e caminhou até o Lorde das Trevas, observando lentamente as reações daqueles que ele chamava de seguidores.

Ele viu várias emoções por toda a multidão; ódio (de Bellatrix), confusão (da maioria dos membros do círculo interno), mas principalmente medo (de todos os outros). Harry riu novamente, fazendo todos tremerem, até mesmo Tom um pouco, mas isso foi por outros motivos e ninguém percebeu.

–É engraçado o quanto eu consigo ver, e o quanto eles tentam esconder.–Ele olhou para Tom. – E você ainda não me apresentou.

– Bem, se você não tivesse interrompido tão rudemente, eu iria fazer isso depois de descobrir o que aconteceu com o pirralho Potter.

–Você gostaria que eu o encontrasse para você?– Harry falou suavemente, como se tentasse não deixar ninguém ouvir, mas permitindo que sua voz fosse alta o suficiente para que todos pudessem ouvir claramente.

–Não. Eu sei que você poderia, mas tenho coisas mais importantes para você fazer.– Harry riu sombriamente.

–Ah, sim. Posso ver como isso é mais importante.– Tom olhou para seus seguidores e gesticulou para Harry.

–Meus seguidores, o homem que vocês veem diante de vocês esta noite é um grande aliado que eu fiz. Ele é muito poderoso e muito perigoso para qualquer um que cruze seu caminho. Se vocês tiverem o azar de irritá-lo, eu os aconselho a se matarem, pois não importa o quão longe vocês corram, ou quão bom seja o esconderijo que vocês acreditam ter, ele os encontrará e os fará acreditar que a morte era uma opção melhor.–A multidão olhou mortalmente em silêncio. –Agora, sobre Potter. Vocês encontrarão esse garoto e o trarão para mim. Eu não tolerarei falhas e, pelo amor de Deus, se vocês me trouxerem mais um trouxa pensando que é Potter, eu os matarei na hora. Fui claro?

–Sim, meu Senhor.– ecoou pela sala.

–Ótimo. Você está dispensado.– Infelizmente, alguém foi estúpido o suficiente para se apresentar.

–Meu Senhor?–Tom zombou, olhando feio para o homem que deu um passo à frente.

–O quê é?– Tom retrucou com um silvo. O homem se encolheu antes de olhar para alguém, provavelmente um amigo, e se endireitou olhando para cima novamente.

–Encontrei evidências de que Potter foi sequestrado.– Tom olhou para o homem e fez sinal para que ele se aproximasse.

–E que evidência seria essa?– Tom perguntou, sentando-se lentamente enquanto o homem caminhava para a frente

–Consegui seguir sua assinatura mágica. Segui até uma cidade trouxa chamada Little Whinging.– Tom podia sentir Harry tenso ao lado dele, mas não percebeu para não chamar atenção.–Enquanto sentia que estava ficando mais forte, me vi do lado de fora de uma porta para um número 4 da Private Drive. Vi uma mulher parecida com um cavalo no jardim da frente e empurrei meu estômago para baixo o suficiente para conseguir falar com ela. Quando perguntei sobre o garoto, ela me chamou de aberração e correu para dentro dizendo que ele desapareceu e que já era.– Tom estreitou os olhos para o homem que pensava.

–Você tem certeza disso?

–Sim, meu Senhor. Decidi vigiar a casa para ver se algo aconteceria. Depois de algumas horas, um homem-baleia entrou na garagem e saiu com um garoto quase do mesmo tamanho, só que um pouco menor. Quando me aproximei deles e perguntei sobre o garoto novamente, o homem começou a ficar vermelho, depois roxo, e me disse que eu iria embora antes que ele chamasse a polícia e entrasse. O filho dele pegou um pedaço de pau e foi me bater – muitas pessoas engasgaram, –eu o transfigurei em uma cobra e ele gritou correndo para dentro, batendo a porta e trancando-a.– Harry riu silenciosamente do que aconteceu com seu primo.

–Hmm, interessante. Tenho uma nova missão para vocês. Quero que vocês vão e coletem esses trouxas e os tragam aqui. Gostaria de perguntar a eles pessoalmente sobre o sobrinho deles. Dispensado.– Com isso, todos desapareceram com um estalo alto.

Tom saiu da sala, Harry o seguiu, ambos permaneceram em silêncio até chegarem ao quarto. Harry sentou-se na cama, tirando a máscara e olhando para Tom, que estava parado observando-o com os braços cruzados e um pé batendo no chão.

–Então isso é um não ao sexo?–Harry perguntou e foi respondido com um olhar furioso e uma maldição cortante.