Sombras do Passado: O Legado de Shisui

Capítulo 1: O Começo de Tudo

A lua cheia brilhava intensamente sobre Konohagakure, iluminando as ruas com um brilho prateado enquanto os moradores celebravam uma noite especial. A aldeia estava animada, repleta de luzes e risos, música e conversas. Akari Sawako caminhava pelo centro da aldeia, sentindo-se uma forasteira em meio à multidão. Com os seus longos cabelos castanhos, quase pretos, e olhos verdes brilhantes, era uma figura imponente, mas a sua mente estava distante.

Desde jovem, Akari admirava Shisui Uchiha, um shinobi conhecido pela sua habilidade fascinante. Observá-lo de longe tornara-se um hábito, um segredo que ela guardava com zelo. Naquela noite, porém, o destino tinha planos diferentes.

Enquanto caminhava, Akari avistou Shisui à distância, a conversar animadamente com outros membros do clã Uchiha. Ele parecia descontraído, enquanto ria e desfrutava da companhia dos seus amigos. Então ela sentiu um aperto no coração, era um misto de admiração e desejo, mas ela tratou de afastar tais pensamentos, pois estava decidida a não se deixar levar por fantasias.

Apesar de tudo, os eventos da celebração acabaram por aproximar Akari e Shisui de forma inesperada. Um encontro casual num dos bares da aldeia, um olhar prolongado e algumas bebidas partilhadas transformaram a noite. O álcool fluía livremente, desfazendo as barreiras e alimentando a coragem. As conversas tornaram-se risos, e os risos em toques.

— Não és daqui, pois não? — perguntou Shisui, os olhos negros fixaram-se nela com curiosidade.

— Sou, mas não costumo sair muito — respondeu Akari, sentindo o calor das bochechas ao perceber a atenção dele.

Shisui sorriu, um sorriso que parecia iluminar o ambiente ao seu redor. — Bem, é uma sorte encontrares-me aqui, então.

Akari riu, tentando esconder a excitação que crescia dentro de si. — Talvez seja.

O tempo pareceu passar num piscar de olhos enquanto continuavam a conversar, as palavras fluíam facilmente entre eles. A proximidade entre os seus corpos tornou-se cada vez mais natural, e a tensão no ar já era palpável.

— Vamos sair daqui — murmurou Shisui, com a voz baixa e rouca.

Sem hesitar, Akari concordou com um aceno de cabeça. Deixaram o bar e dirigiram-se para a casa de Shisui, a antecipação pulsava a cada passo. Shisui, apesar de embriagado, foi cuidadoso para garantir que ninguém os visse, evitando possíveis fofocas.

Na penumbra do quarto, os beijos tornaram-se mais intensos, os toques mais urgentes. Shisui deslizou as mãos pelos braços de Akari, puxando-a para mais perto. Sentiam a pulsação um do outro, e o calor crescente entre os corpos. As roupas foram rapidamente descartadas, caindo ao chão em desordem.

— És tão bonita — sussurrou Shisui, enquanto os lábios roçavam a pele macia do pescoço dela.

Akari fechou os olhos, perdida nas sensações. — Shisui...

Os lábios dele percorreram o seu pescoço, descendo lentamente até aos ombros, enquanto ela arqueava o corpo, entregando-se ao momento. A intensidade do desejo aumentava, cada toque, cada carícia.

Shisui pressionou Akari contra a parede, com os corpos colados, sentiu o coração dela bater freneticamente contra o peito. Ele olhou-a nos olhos, a intensidade do olhar dele fê-la estremecer. Sem dizer uma palavra, inclinou-se e capturou os lábios dela num beijo profundo e faminto. As línguas entrelaçaram-se, explorando, exigindo mais.

As mãos de Akari deslizaram pelas costas de Shisui, sentindo os músculos tensos e definidos. Ela puxou-o para mais perto, os corpos moviam-se em perfeita sincronia. Quando ele a levantou, ela envolveu as pernas ao redor da cintura dele, sentindo a excitação crescer.

Atravessaram o quarto, tropeçando nos móveis, sem nunca quebrar o contacto. Shisui deitou Akari na cama, os seus olhos percorreram o corpo dela com admiração e desejo. Ele seguiu os contornos do corpo dela com os dedos, traçando caminhos invisíveis que a faziam arfar.

A intensidade entre eles crescia, cada movimento uma dança de paixão e urgência. Shisui penetrou-a lentamente, ambos soltaram um suspiro alto ao sentirem a conexão profunda. Os movimentos tornaram-se mais rápidos, mais desesperados, cada impulso levava-os para mais perto do clímax. Akari cravou as unhas nas costas de Shisui, sentindo a explosão de prazer a percorrer o corpo.

Quando finalmente atingiram o clímax, os corpos relaxaram, ofegantes e suados. Shisui deitou-se ao lado de Akari, ambos respirando pesadamente. O silêncio fora preenchido apenas pelos sons das suas respirações.

Ao amanhecer, Shisui acordou com a cabeça pesada e a mente turva. A visão da mulher a dormir ao seu lado trouxe-lhe uma onda de confusão e arrependimento. Sem saber o seu nome, e considerando a noite um erro, ele levantou-se e saiu silenciosamente para arejar os pensamentos, deixando-a sozinha.

Quando Akari acordou, encontrou o espaço vazio ao seu lado. A mágoa e o ressentimento começaram a enraizar-se no seu coração. Sentiu-se usada e descartada, como um objeto sem valor. Levantou-se lentamente, a lembrança da noite passada misturava-se com a dor da rejeição. Vestiu-se rapidamente, em movimentos automáticos enquanto tentava processar o que sentia.

Ao sair do quarto, Akari espreitou cautelosamente para o corredor, certificando-se de que ninguém estava por perto. O silêncio na casa de Shisui era quase opressivo. Caminhou silenciosamente até à porta da frente, mas cada passo era um lembrete do que desejava esquecer.

Quando finalmente alcançou a porta, abriu-a com cuidado, sentindo o ar fresco da manhã a envolver-lhe o rosto. Olhou em volta, garantindo que não havia ninguém nas proximidades, e saiu rapidamente, fechando a porta atrás de si.

O caminho de volta para a sua própria casa parecia mais longo do que o habitual. Determinada a seguir em frente, Akari focou-se no seu treino e missões, tentando esquecer aquela noite. Mas o ressentimento e a sensação de abandono não a deixavam em paz.