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Marília Mendonça


Acordo com o despertador tocando e estico meus braços para desligar. Maraisa resmunga com isso e cobre seu rosto, não querendo acordar agora.

- Amor...

- Não quero acordar - Ela nega abraçando a minha cintura - Quero carinho.

- Temos que arrumar nossas coisas para a viagem, Isa...

- Quero carinho, amor - Maraisa resmunga totalmente manhosa.

Reviro meus olhos e levo minhas mãos para a sua cabeça, acariciando seus cabelos, sentindo Maraisa grudando tanto em mim que quase fundi nossos corpos em um só. A morena deita a cabeça no meu ombro e eu sinto sua respiração quente batendo na minha pele, com nossos corpos nus se tocando. Deixo um beijo na sua testa e ela sorri sem mostrar os dentes com os olhos fechados.

Noite passada tivemos uma discussão dolorosa para mim, foi difícil ter que colocar em palavras o quanto eu tenho medo de perdê-la, porque em questão de semanas Maraisa, mesmo pequena, virou a maior coisa que eu já tive. Quando me levaram para longe da minha família e me usaram como escrava, eu perdi a vontade de viver, até porque não fazia sentido algum, mas ao encontrar a morena, eu encontrei um novo propósito. Entre bilhões de pessoas no mundo, encontrei um alguém especial que me prova todos os dias que viver vale a pena.

Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle e eu me sinto assim, como se eu não controlasse o amor que eu sinto por ela, como se fosse algo maior que a minha própria existência.

- Te amo - Falo baixinho - Te amo muito, muito, muito.

- Eu te amo mais...

Maraisa levanta a cabeça e deixa um selinho na minha boca, arrancando um sorriso bobo dos meus lábios.

- Temos que ir arrumar nossas coisas para a viagem - Falo baixinho - Se não vamos chegar muito tarde na casa da sua irmã.

- Eu... eu estou nervosa - Maraisa admite deitando no meu ombro - Faz mais de dez anos que a gente não se vê, já que eu fui embora quando tinha dezoito.

Sempre esqueço que nos duas temos a diferença de cinco anos de idade, principalmente porque temos uma conexão tão grande que a idade acaba sendo apenas um número.

- Vai dar tudo certo, amor...

- É... eu só fico calma quando estou com você.

- Eu não vou para lugar nenhum, meu amor...

Deixo outro selinho na sua boca antes de levantar da cama para ir tomar um banho. Vou totalmente nua até o banheiro e quando vou fechar a porta, vejo Maraisa secando meu corpo, seus olhos tão vidrados em mim que chega a me dar fraqueza nas pernas.

- Eu vou ir tomar banho - Falo para provocá-la - Você pode entrar comigo.

Diferente das outras vezes eu apenas encosto a porta e não fecho, mostrando para Maraisa que ela pode entrar comigo. Vou para o chuveiro e deixo a água quente cair sobre o meu corpo, limpando da noite passada que eu e Maraisa tivemos.

Levanto meu rosto e fecho meus olhos, sentindo duas mãos passando pela minha cintura e Maraisa me abraçando por trás.

- Oi, meu amor... - Ela fala no meu ouvido.

Me viro nos braços da morena e seguro seu rosto, olhando a mulher que eu sou tão apaixonada. Desço meus olhos para a sua boca e deixo um selinho longo na sua boca, mas rapidamente Maraisa faz questão de intensificar o beijo. A morena me coloca contra a parede gelada e desce seus beijos para o meu pescoço, chupando meu ponto de pulso, marcando a minha pele branca com a boca, marcas que provavelmente vão ficar roxas no próximo dia.

- Maraisa...

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⏰ Last updated: Jul 24 ⏰

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