Entrelaçados pelo Destino

Ecos do passado

- Preparação para o Evento -

Clara se preparava para o workshop de piano, realizado em um espaço separado, mas disponibilizado pela igreja. Nervosa e animada, ela revisava suas anotações e o repertório. Apesar de seu foco ser a pediatria, a música ainda ocupava um lugar importante em sua vida. A preparação para o workshop era um lembrete de sua paixão pela música.

*Flashback - Aulas de Piano no mesmo local do evento*

Gabriel, com 13 anos, estava ao piano, enquanto Clara, com 14 anos, tentava aprender a tocar uma peça específica para um recital. Gabriel mostrava paciência enquanto Clara lutava para acompanhar o ritmo.

Gabriel: "Vamos, Clara. Apenas siga o ritmo e concentre-se nas notas."

Clara, frustrada, tentava tocar a peça, mas cometia erros. Ela ajustava suas mãos no teclado, mas a melodia parecia escapar dela.

Clara: "Eu não estou conseguindo. Nunca vou aprender isso."

Gabriel: "Não se preocupe. Com prática, você vai conseguir. Não desista."

Apesar da paciência de Gabriel e do apoio constante, Clara ainda tinha dificuldades. Após uma aula, Clara e Gabriel conversavam no parque local. Clara expressava suas inseguranças, enquanto Gabriel a incentivava a seguir em frente.

Clara: "Eu realmente quero conseguir, mas às vezes sinto que não tenho talento para isso."

Gabriel: "Você tem mais talento do que imagina. O que importa é a sua paixão e esforço. Eu estarei sempre aqui para te apoiar."

*Retorno ao Presente*

Gabriel chega ao local do workshop, um espaço separado disponibilizado pela igreja. Ele chega um pouco atrasado, cansado das semanas intensas de compromissos e apresentações. Gabriel chega observando a preparação e o entusiasmo no ar. Ele vê o palco montado e o público começando a se acomodar.

Gabriel percebe que Clara seu primeiro amor está no palco, se apresentando com a mesma música que ele tentava ensinar a ela anos atrás. Ele fica surpreso ao reconhecer a música e a presença de Clara. Gabriel não sabia que a "garota que tocava piano muito bem" era Clara. A visão dela tocando a peça que ele havia tentado ensinar no passado traz uma onda de nostalgia e emoção para Gabriel.

-Primeiro Contato-

Clara só vê Gabriel quando ele começa a ministrar no workshop. O evento prossegue e, ao final, quando o workshop termina, apenas os organizadores e os convidados que foram tocar ou ensinar permanecem no local.

Clara: Então você que é o responsável por esse workshop?

Gabriel: Não sabia que você seria uma das convidadas. Fiquei surpreso ao ver você tocar.

Clara: Achou mesmo que eu não fosse aprender né?

*Fala na intenção de quebrar o cilma*

Gabriel: Sempre acreditei no seu potencial, e na verdade estou orgulhoso, assim posso acreditar que fui um bom professor.

Clara refletia sobre como Gabriel estava mudado, mas ainda familiar. A presença dele a fazia questionar suas escolhas e sentimentos atuais.

Gabriel observava Clara com um misto de nostalgia e interesse, refletindo sobre como o tempo os havia moldado e o que o futuro poderia trazer. Ele lembrava das aulas de piano e da evolução de Clara.

- Celebração -

Os organizadores, convidados e alguns amigos decidiram sair para comemorar o sucesso do evento. A animação estava no ar enquanto o grupo se dirigia a um restaurante próximo, conhecido por sua comida deliciosa e ambiente acolhedor. O restaurante estava decorado com luzes suaves e tinha uma música ambiente animada. O grupo se acomodou em uma grande mesa reservada, e logo a conversa começou a fluir naturalmente. Risos e sorrisos se espalhavam pelo grupo enquanto todos compartilhavam suas experiências e impressões sobre o workshop.

Clara e Gabriel se encontraram ao redor da mesa, onde começaram a conversar mais descontraidamente. Clara estava cercada por alguns amigos e colegas que a parabenizavam pela apresentação, enquanto Gabriel conversava com os organizadores e músicos.

Gabriel: Foi um prazer ver a sua apresentação. Eu não esperava encontrar você aqui.

Clara: E eu não esperava ver você ministrando o workshop. Foi uma surpresa, mas foi boa, eu acho.

Durante a comemoração, o grupo pediu uma seleção de bebidas. Vinho, coquetéis e algumas cervejas foram servidos. A bebida ajudava a manter o clima festivo, com muitos brindes ao sucesso do evento e à reunião de velhos amigos. Com o passar do tempo, Clara começou a demonstrar sinais de embriaguez, suas palavras se tornando um pouco arrastadas e seus movimentos desajeitados. Gabriel, que estava acostumado a beber, notou que Clara estava visivelmente alterada.

Gabriel: Você está bem? Parece que não é muito acostumada a beber.

Clara: E eu não sou, mas hoje foi uma exceção e eu me sinto muito bem!!

Gabriel: Já tá tarde e é perigoso pegar táxi sozinha a essa hora, ainda mais desse jeito.

Clara se nega e diz que está muito bem, mas logo em seguida acaba ficando apagada, e Gabriel com cuidado, ajudou ela a se levantar e a se apoiar enquanto a conduzia para fora do restaurante. Ele chamou um táxi e a acompanhou até o carro, ajudando-a a entrar. Durante o trajeto, o motorista fez uma curva acentuada, fazendo o carro balançar. Clara, desorientada, acabou caindo nos ombros de Gabriel. Ele a segurou com firmeza, tentando garantir que ela estivesse confortável e segura.

Gabriel: Está tudo bem, já estamos chegando.

Clara, com um sorriso embaraçado, murmurou um agradecimento e tentou se recompor, mas continuou se apoiando em Gabriel. Ele a escutava com um sorriso compreensivo. Ao chegar na casa de Clara, Gabriel ajudou Clara a sair do táxi e entrou com ela. Ele a ajudou a se acomodar no sofá, certificando-se de que ela estava confortável antes de ir.

Gabriel saiu, sentindo-se aliviado por ter garantido que Clara estivesse segura. No caminho de volta para o hotel, Gabriel ficou pensativo. A noite havia sido repleta de emoções, e ele refletia sobre tudo o que havia acontecido, especialmente sobre Clara. A forma como ela havia reagido ao reencontrá-lo e como a noite havia se desenrolado deixavam-no ponderando sobre os sentimentos que tinha por ela e o que o futuro poderia reservar para ambos.